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Universidade Estadual do Norte do Paraná | UENP

IES estaduais discutem falta de pessoal e de recursos

Sexta, 10 Agosto 2012 11:17 por Rogério Matsui Guenta

Os diretores dos centros de estudos da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus Cornélio Procópio, Sérgio Roberto Ferreira (CCSA), Ricardo Campos (CCHE) e Vanderléia Oliveira (CLCA), participaram, no dia 8 de agosto, de uma reunião que envolveu representantes das sete universidades estaduais paranaenses – UEL, UEM, UEPG, Unicentro, Unioeste, UENP e Unespar. A reunião, que foi realizada na UEL, discutiu as dificuldades comuns às instituições em busca de soluções diante da falta de recursos financeiros, devido à redução da verba de custeio, e dificuldade de reposição de pessoal das instituições. Segundo eles, existe uma demora do Governo do Estado em autorizar contratações de docentes e funcionários e em liberar recursos com previsão orçamentária aprovada para este ano.

Os participantes da reunião, cerca de 30 pessoas, na maioria diretores de Centros de Estudos ou de faculdades, com assento no Conselho de Administração das instituições, representam todas as IES do Paraná, já que hoje não existem mais faculdades isoladas – a ainda recente criação da Unespar agrupou as últimas numa Universidade.

A professora Silvia Galvão de Souza Cervantes, diretora do Centro de Tecnologia e Urbanismo da UEL, explicou que a iniciativa da convocação da reunião surgiu num encontro realizado na semana passada entre representantes da UEL e da UEM, no qual se discutiram problemas comuns às duas instituições. "Percebemos que os obstáculos que o Governo do Estado vem criando para que as universidades cumpram suas obrigações para com os alunos e a comunidade atingem todas as instituições. Por isso decidimos chamá-las para conversar hoje e tentar estabelecer estratégias comuns em busca da solução".

O fato é que grande número de professores e técnico-administrativos vem se aposentando, ou deixando o serviço por outro motivo qualquer – e desde o ano passado não é aprovada nenhuma contratação. "Veja bem: não se trata de pedir pessoal novo, não é para aumentar, e sim para manter o quadro para prestar o mesmo serviço que sempre prestamos, para dar as aulas a que os alunos que já estão aqui têm direito", diz a professora Silvia.

De acordo com Eder Rossatto, representante dos técnico-administrativos no Conselho de Administração da UEM, até o ano passado, a contratação para substituir os aposentados era realizada pelas próprias instituições, sem a intervenção do Governo do Estado. "Mas um ato do governador passou a exigir que as contratações só sejam feitas após a anuência do Governo. No entanto, nenhum processo enviado pelas universidades recebeu anuência dele".

Para Rossatto, o sentido da atitude do Governo é o de "precarizar" o ensino superior. Segundo ele, existem departamentos inteiros na UEM – em especial na área das Engenharias – que só têm professores temporários e nenhum efetivo. O mesmo acontece com docentes e técnico-administrativos do Campus de Ivaiporã.

Quanto à liberação do orçamento, a situação é semelhante: não têm sido pagas às instituições as parcelas de custeio de suas atividades que constam do orçamento estadual em vigor, e elas vêm vivendo do que arrecadam na rubrica de recursos próprios.

Agência UEL

Última modificação: Quarta, 15 Agosto 2012 10:56

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