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Universidade Estadual do Norte do Paraná | UENP

II Ciclo de Debates reúne professores para discutir docência no ensino superior

Quinta, 14 Fevereiro 2019 15:58
Autoridades, organizadores e palestrantes do II Ciclo de Debates posam para foto ao término do evento no Campus Luiz Meneghel, de Bandeirantes Autoridades, organizadores e palestrantes do II Ciclo de Debates posam para foto ao término do evento no Campus Luiz Meneghel, de Bandeirantes

A segunda edição do Ciclo de Debates da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) reuniu professores, agentes universitários e representantes discentes para discutir a docência no ensino superior e outros assuntos importantes para a universidade. O evento ocorreu no Auditório Thomaz Nicoletti do Campus Luiz Meneghel, em Bandeirantes, durante os dias 12 e 13 de fevereiro.

Com o tema central “A docência no ensino superior: ampliando saberes”, o Ciclo de Debates contou com a presença expressiva da comunidade acadêmica, sobretudo dos professores que compareceram em bom número. O evento propiciou, aos presentes, perspectivas distintas sobre as demandas da docência universitária, por meio de conferências, mesas-redondas e palestras que oportunizaram discussões profundas provocadas pelos professores convidados.

Na terça-feira, 12, o evento teve início com a mesa diretiva composta pela reitora da UENP, professora Fátima Aparecida da Cruz Padoan; pelo vice-reitor, professor Fabiano Gonçalves Costa, e pelos diretores de campus e pró-reitores. Na ocasião, a reitora proferiu as boas-vindas aos presentes e tratou sobre a importância do II Ciclo de Debates, o primeiro evento realizado pela Universidade em 2019.

“Por que estamos aqui neste Ciclo de Debates? Porque precisamos nos desconstruir para construir e sempre temos muito o que aprender. Estamos aqui para pensar estratégias para a docência e para a Universidade. São dois dias em que nos reunimos para contribuir com a UENP, mantendo a nossa instituição forte e em crescimento”, afirma.

A coordenadora geral do evento e pró-reitora de graduação da UENP, professora Ana Paula Belomo Castanho Brochado, destacou o processo de concepção do II Ciclo de Debates e agradeceu a equipe que empregou esforços na promoção do encontro. “Captamos as demandas das avaliações realizadas na primeira edição do evento e, desta forma, começamos a planejar a de 2019. Assim, buscamos contemplar temas importantes para a Universidade e assuntos que são relevantes para a docência acadêmica”, relata.

Palestras e mesas de debate

A primeira atividade do evento foi conduzida pelo o professor-mestre José Pacheco com a conferência intitulada “Novas Construções Sociais de Aprendizagem”. O docente, que foi um dos fundadores e coordenadores da Escola da Ponte, em Portugal, defende uma educação em que não haja um modelo único de aprendizagem, mas sim, uma experiência pedagógica baseada na subjetividade, autonomia e responsabilidade.

“Aula não ensina e prova não avalia. Um dos maiores defeitos do modelo mais praticado de educação é o fato de considerar todos os alunos de maneira igual. Os estudantes têm diferentes características, sentimentos e potenciais, que devem ser aprimorados, estudados e ampliados de maneira individual”, afirmou o pedagogo em meio a respostas a questionamentos feitos pelo público.

Já no período da tarde, a professora-doutora Maria Aparecida Crissi Knuppel, a professora-mestre Mariana Prado Guaragni e a professora-mestre Marta Clediane Rodrigues Anciutti, da Unicentro, promoveram a mesa redonda “Não temos mais a mesma cabeça: Educação e Tecnologia”, que foi mediada pela professora-mestre Manuela Pires Weissbock Eckstein, também da Unicentro.

As docentes atuam no Núcleo de Educação a Distância (NEAD/Unicentro) e trataram com o público presente sobre as iniciativas de aprimoramento da qualidade na educação por meio de inovadoras tecnologias. Além disso, discutiram sobre o potencial da educação à distância para ampliar horizontes no ensino superior e integrar de maneira mais completa a experiência de aprendizagem, sem deixar de lado a importância da figura humana do professor.

Na manhã do segundo dia, 14 de fevereiro, as atividades foram abertas pela fala do Superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, professor-doutor Aldo Nelson Bona. O docente tratou sobre a transição da extinta SETI (Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) para o patamar de Superintendência na nova gestão estadual. Falou também sobre a realidade do sistema público de educação superior do Paraná e os esforços dos órgãos governamentais para ampliar investimentos no setor.

Ainda no período matutino, a professora-doutora Elenita Conegero Pastor Manchope (Unioeste) e a professora-doutora Vera Lúcia da Rocha Maquêa (Unemat) realizaram a mesa redonda “A Evasão no Ensino Superior em Perspectivas”, com a mediação do vice-reitor da UENP, professor Fabiano Gonçalves Costa.

As docentes, que já integraram a direção da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), falaram de maneira científica sobre a evasão no ensino superior, as motivações deste fenômeno de natureza interna e externa ao âmbito universitário, as alterações que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) trouxe à realidade das universidades brasileiras e as medidas que têm sido tomadas para minimizar a evasão estudantil.

Ainda no mesmo debate, o professor Fabiano Gonçalves Costa fez considerações sobre o contexto da evasão universitária na UENP, os esforços de assistência estudantil e as modificações dos processos seletivos da Universidade a fim de reduzir o número de vagas ociosas na instituição.

Para finalizar, durante o período da tarde, foi apresentada a conferência “Novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação: Concepção e Impactos Sobre a Universidade”, pelo professor-mestre João Eduardo Lopes Queiroz, da Unesp, mediada pelo professor-doutor André Luis Menolli, da UENP. O docente paulista tratou sobre as experiências de produção inovadora em ciência e tecnologia pelas universidades estaduais de São Paulo, e como as instituições se aproximaram da iniciativa privada considerando interesses comuns.

“É benéfico às universidades públicas se aproximar do mercado e da iniciativa privada. O Novo Marco Legal permitiu que estas relações pudessem ser aprimoradas de forma regulamentada, sem prejuízo de nenhum dos entes envolvidos e com grandes resultados para universidades, entidades de fomento, pesquisadores, professores, alunos e investidores”, comenta.

 

 

Última modificação: Quinta, 14 Fevereiro 2019 16:11

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