Nesta edição da Semana Educacional do Curso de Pedagogia, os atos: refletir, posicionar e desenvolver agência em favor da educação pública, ainda que apresentem e proponham objetivos em comum com aqueles das edições passadas. Em face dos dias vividos, mediante anúncios de cortes de verbas destinados às universidades, declarações governamentais descreditando o conhecimento proporcionado pelas ciências humanas, assim como, a destruição dos programas e conquistas feitas ao longo dos últimos 40 anos. De fato, propõem-nos um tipo de paralisia em função da agenda de “destruir o que já se fez” – uma ideia força que quer traduzir-se como e enquanto consenso. O Estado fragmentado ou que vem sendo fragmentado em favor de tais pressupostos, isto é, aqueles relativos à liberdade individual enquanto equivalência de garantias da tríade: mercado, comércio e consumo, cuja melhor representação para os dias coevos encontrar-se-ia, talvez, na descrição dada por Homero ao se referir aos nativos do país dos lotófagos em a Odisseia. Nesta 28ª edição da Semana Educacional, portanto, traz-se à tona o que desde o final da segunda grande guerra constitui-se em uma problemática central e que veio ganhar novos desdobramentos e temas a partir do final do século XX, especificamente no Brasil, “quando novos personagens entram em cena” sob a mira e o efeito da recomposição orgânica do capital, desde os anos de 1970, ocorrida nos países centrais. Ou seja, o papel e o sentido da educação na produção e reprodução de uma sociedade de classes a partir do trabalho pedagógico, enquanto legitimação das desigualdades lidas pelas diferenças de gênero e étnico-racial.
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