Mais de 800 alunos da Universidade se inscreveram para acompanhar o evento. A média de público do Festival foi de 250 participantes por apresentação. Tendo parte de suas apresentações ao vivo, as atrações contaram com a interação dos espectadores no chat.
Talita Theodoro, aluna do 1º ano do curso de Letras, emocionou-se com as apresentações. “O Festival estava impecável, incrível. Me deixou com a sensação de ‘quero mais’. Parecia que estava acontecendo presencialmente. Graças ao Festival, tive a oportunidade de conhecer alguns artistas que até então eu não conhecia. Parabéns à organização”, agradece.
De São Luís do Maranhão, a atriz e arte-educadora Cris Campos Sereia, nome artístico de Cristiani Gonçalves Campos, interagiu com o público do Festival ao contar “Histórias da Jornada da Sereia”. A atriz e também mestre em Artes comentou sobre a importância do festival neste período de isolamento social.
“Nesse momento das nossas vidas, há vários curadores atuando: os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, toda gente da área da saúde. Mas também está sendo mais nítido que nunca o quão curadores são os artistas. Se estivéssemos isolados em casa ser vem filmes, novelas ou lives. Sem ouvir músicas, ler livros, sem nos conectarmos ao lúdico, ao imaginário, essa doença estaria atacando não só o corpo, mas a alma”, disse Cris Campos.
A agenda contou também com a fala da aluna do mestrado profissional em Educação, Meline Lopes. A escritora reuniu em sua live amigos ligados à esfera da literatura e que contribuíram com a sua mais nova obra poética “Convenções Desvairadas”. O professor Luís Eduardo Veloso, prefacista da obra, e a egressa do curso de Letras da UENP, Nair Ferraz, editora do livro, compartilharam a tela com Melina, que contou ainda com a presença de Natália Borges Polesso, autora da obra “Amora” e vencedora duas vezes do prêmio Jabuti.
“O Festival me proporcionou a realização de um sonho que era conhecer a autora do livro "Amora", Natalia Borges Polesso. Achei que um dia, isso seria possível na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), mas aconteceu no meu Instagram. Literatura encanta, surpreende e ainda reúne amigos virtualmente em um dia tão especial. Eu sinceramente não imaginava um encontro tão intenso num período como este. E tudo aconteceu graças ao Festival e essa casa que tem sido nossa Universidade”, partilhou Meline.
Segundo a organização, o Festival alcançou o objetivo de gerar conteúdos virtuais de qualidade e fomentar a arte em um momento de dificuldades impostas pelo isolamento social. O diretor de Cultura da UENP, James Rios, avalia positivamente a experiência do Festival Arte em Casa.
“O Festival foi um sucesso. Foi uma experiência muito interessante agregadora para nós, da organização e, sem dúvidas, para os artistas, que tiveram que adaptar a linguagem de suas apresentações ao formato do evento virtual. Para além disso, estou muito feliz pelos artistas, que engajaram muitos seguidores em suas páginas e hoje poderão, com maior amplitude, divulgar sua produção. Por tudo isso, quero aqui externar a minha gratidão a todos os artistas, público e à equipe da administração da Universidade, que acreditou nesse projeto que deu muito certo”, disse o diretor de cultura.