A professora Daniela de Freitas Guilhermino Trindade, do curso de Ciência da Computação da UENP, comenta que a ideia surgiu a partir do desejo do professor Luiz Renato Martins Rocha e do aluno Danley Greg Bezerra da Silva, do curso Ciências Biológicas (UENP/CLM), de desenvolverem um projeto relacionado com a Língua Brasileira de Sinais na Universidade, e pela constatação do pouco material disponível na Web, envolvendo sexualidade humana e a Libras. “A partir disso, originou-se a ideia de se fazer um aplicativo com caráter aglutinativo que possuísse sinais, definições e contextualizações voltado à comunidade surda, respeitando assim sua característica linguística”, acentua a professora.

Ela comenta ainda que a ideia originou dois projetos de Iniciação Científica, que foram desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar envolvendo pesquisadores da área de Ciências Biológicas, Sistemas de informação, Educação Especial, Educação Sexual e Letras. Além da equipe acadêmica o projeto contou também com membros da comunidade surda (intérpretes e surdos) e colaboradores externos”, disse a professora.

DiSLibras

DiSLibras é um dicionário sobre sexualidade, disponibilizado em Libras, que tem como intuito proporcionar recursos que possam ajudar alunos, professores, pais, e demais interessados em aprender, na língua de sinais – Libras, verbetes relacionados à sexualidade. O aplicativo é colaborativo, portanto, permite que as pessoas contribuam enviando vídeos de sinais que não constam no dicionário.

O DiSLibras permite a busca de verbetes de três formas diferentes. 1) Por meio da opção "Alfabeto", é possível realizar uma busca, escolhendo-se a letra inicial de um verbete. 2) Por meio da opção "Digitar Palavra", é possível realizar uma busca, digitando-se o nome (ou parte do nome) de um verbete. 3) Por meio da opção "Categorias", é possível realizar uma busca, escolhendo-se uma determinada categoria de verbetes.

“Por se tratar de um aplicativo que apresenta recursos visuais como vídeo e imagens, a aprendizagem tende a ser significativa, buscando influenciar positivamente a construção dos sentidos das pessoas surdas. Espera-se ainda que o aplicativo possa ser utilizado não apenas por indivíduos surdos, mas, também, por outras pessoas que se beneficiam diretamente pelo uso da linguagem visual”, disse a professora Daniela de Freitas.

A equipe do projeto é formada por Danley Greg Bezerra da Silva, Breno Augusto Guerra Zancan, Luiz Renato Martins da Rocha, Daniela de Freitas Guilhermino Trindade, Ederson Marcos Sgarbi, e pelos Colaboradores Fabíola Alves de Oliveira, Rodrigo Rizzi, Débora Gonçalves Ribeiro Dias, Amanda Martins de Alencar, Priscila Caroza Frasson Costa, Bruna Larissa Ramalho Diniz, Mateus Luiz Biancon, Fernando Moreno da Silva, Tercio Wesley Sant'Ana de Paula Lima, Edivaldo da Silva Ferreira e Márcio Jacometti. “Uma equipe multidisciplinar como esta, permite colaborar com a ideia de que o conhecimento é construído de maneira coletiva”, disse Danley Greg.