O encontro é o primeiro envolvendo o tema no Estado e reúne organizações não governamentais e governamentais que atuam diretamente nas demandas e políticas referentes aos povos indígenas do Paraná, das etnias Kaingang, Guarani, Xetá e demais comunidades indígenas. Durante três dias, representantes da sociedade civil, do poder público e órgãos ligados às questões indígenas dialogaram e discutiram ações que fortaleçam a causa indígena, respeitando a diversidade étnica e cultural paranaense.
Para Ricardo Campos, a UENP estar representada na conferência é muito importante por conta de seu papel na formação profissional de indígenas. “No território abrangido pela UENP, temos seis terras indígenas, e a maior parte dessas terras têm, hoje, professores e diretores das escolas indígenas oriundos da nossa Universidade através da Comissão Universidade para Índios”, explica.
O vice-reitor comenta, ainda, que a CUIA que tem trabalhado com a inclusão indígena e tem formado profissionais indígenas, entre eles, os professores que atuam nessas escolas. “A UENP é muito forte na parte da licenciatura aqui na nossa região em relação à formação destes professores. Dessa forma, ela tem a sua contribuição para o desenvolvimento povos. Hoje, as escolas indígenas são geridas por indígenas da própria terra, há mais professores indígenas atuando do que professores não indígenas”, finaliza.
A I Conferência Estadual dos Povos Indígenas do Paraná seguiu até domingo, dia 3 de dezembro, quando ocorreu a eleição dos primeiros conselheiros indígenas da história do Paraná. Ao todo, 26 conselheiros foram eleitos representando a sociedade civil e poder público, dos quais 11 são obrigatoriamente indígenas.