O primeiro evento será realizado no dia 20 de novembro, a partir das 13h, no Parque Universitário de Ciência, Cultura e Inovação, em Jacarezinho. No dia 21, a palestra acontecerá no PDE e quadras esportivas do Campus de Cornélio Procópio, a partir das 19h30. O Campus Luiz Meneghel, em Bandeirantes, recebe a ação no dia 22, às 17h30, no auditório do curso de Medicina Veterinária.
As oficinas são abertas ao público e devem receber integrantes das baterias universitárias da UENP e escolas de samba da região. Para receber o certificado, os interessados devem se inscrever por meio do link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdfdGRZ4b1h5ZnDB8xEO4EvnZtc7u8EVDxLWxureF1WK0bLXg/viewform
Segundo o diretor de cultura da UENP, professor James Rios, as oficinas têm o objetivo de contribuir com a formação dos ritmistas da Universidade e das escolas de samba da região. “Tenho a plena certeza de que mestre Tadeu e sua equipe trarão muitas contribuições para os percussionistas da nossa região, seja do ponto de vista histórico - de conhecer o samba em sua raiz - seja do ponto de vista técnico, em que os participantes terão a oportunidade de conhecer novas técnicas. Mestre Tadeu é um dos pilares do samba brasileiro e vamos aprender muito com ele”, disse.
Ícone do samba paulistano
Antônio Carlos Tadeu, conhecido como mestre Tadeu, é considerado um patrimônio vivo do Carnaval de São Paulo. Sua trajetória começou na década de 1960, na histórica Escola de Samba Lavapés, localizada no bairro Liberdade. Em 1969, aos 18 anos, ingressou na bateria da Vai-Vai, no Bixiga, como tocador de surdo. Apenas cinco anos depois, em 1974, assumiu o comando da "Pegada de Macaco", a bateria da escola, consolidando-se como um dos mais jovens e talentosos mestres da época.
Ao longo de cinco décadas, Tadeu liderou a Vai-Vai em todos os seus 15 títulos no Grupo Especial do Carnaval de São Paulo e foi pentacampeão do Estandarte de Ouro. Reconhecido por sua liderança inspiradora e estilo único, ele é o mestre com mais tempo à frente de uma mesma bateria na história do samba brasileiro.
Mas em meio a tanta tradição ainda existe espaço para inovar. Em 2023, ele celebrou 50 anos à frente da bateria, destacando-se por incorporar novas influências musicais, como o hip-hop, nos desfiles. Ele define a Vai-Vai como um "quilombo moderno", um espaço de resistência e convivência multicultural, fiel à identidade da escola como "Escola do Povo".