Os pesquisadores da UENP receberam o Troféu Prata do evento pelo projeto “Variações meteorológicas associadas à armadilha luminosa acionada por energia solar na captura de insetos”. Como explica o professor Hasegawa, o projeto utiliza um recipiente de prolipropileno e lâmpada fluorescente "black light" com emissão de raios ultravioletas, para atração e captura de insetos pragas das culturas de hábito noturno. “O sistema é composto por painel solar fotovoltaico, inversor DC/AC, controlador de carga e bateria estacionária”, acrescenta o professor.
O conjunto foi montado sobre um suporte e fica ao lado da armadilha. Durante o dia, há a captação da energia solar pelo painel fotovoltaico, que carrega a bateria e, com auxílio de um interruptor de tempo, liga e desliga a lâmpada no horário programado. A invenção, segundo os pesquisadores, não é inédita em sua totalidade, pois existem inúmeras armadilhas luminosas. A viabilidade do equipamento, denominado pelos autores como Armadilha Luminosa Tipo Luiz Meneghel, está na simplicidade de sua construção, geração própria, gratuita e renovável de energia elétrica, possibilitando ser instalada em qualquer local, que a torna acessível mesmo ao pequeno produtor rural.
“A praticabilidade da armadilha luminosa tipo Luiz Meneghel está no seu emprego em extensas áreas cultivadas longe da rede elétrica, principalmente naquelas com plantas de grande porte, como reflorestamento e na facilidade do seu transporte”, acentua o professor José Celso. Atualmente, o equipamento, que atrai e captura insetos com eficiência, consumindo energia elétrica gerada de modo alternativo,independente e limpa, encontra-se em fase de teste em campo, obtendo resultados positivos.
Para elaboração da pesquisa, contou-se com a colaboração de acadêmicos estagiários do Curso de Agronomia e Ciências da Computação. “Com esse equipamento, espera-se colaborar no controle de insetos pragas e minimizar os riscos com o constante uso dos agrotóxicos na agricultura”, ressalta o professor José Celso.
A Feira que premiou o trabalho realizado pelos pesquisadores da UENP foi promovida pela Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) em parceria com a ABIPIR (Associação Brasil Internacional de Inventores, Cientistas e Empreendedores Inovadores), e da International Federation of Inventors Associations (IFIA), e reuniu mais 42 instituições e organizações de ensino superior, pesquisa, inovação, empreendedorismo e fomento da região Oeste do Paraná.