O AMOVE realiza atendimentos, avaliação física, exame físico geral, exame oftalmológico e, até mesmo, cirurgias para diversos animais. Segundo o coordenador do projeto, professor-doutor Ademir Zacarias Júnior, caninos, felinos, bovinos, equinos, aves, animais silvestres e exóticos são atendidos pelo ambulatório.
“Para o nosso curso, a existência do projeto possibilita instituir a rotina. Os estudantes passam a ter contato com a oftalmologia e a acompanhar os casos que, em sua maioria, são encaminhados para o HVE por outros colegas da profissão ou porque as pessoas acabam sabendo sobre o projeto e, quando vêm aqui, recebem um atendimento de qualidade. Além disso, tanto os nossos alunos quanto os residentes do hospital acabam participando do projeto de extensão, conhecendo a temática e se desenvolvendo de maneira geral dentro da profissão de medicina veterinária” reconhece o professor.
Igor Felipe Santos, bolsista do projeto, explica que os alunos participam da maior parte do atendimento. “Nós fazemos o pré-atendimento, recebemos o tutor e fazemos as perguntas referentes à anamnese. Então, examinamos o olho do animal, se preciso, o fundo de olho, fazemos o teste de fluoresceína, teste de Schirmer, usamos a lupa de pala e, em seguida, chamamos o professor coordenador, que é quem dá o diagnóstico final”, relata. “Algumas oftalmopatias não são tratadas pelo projeto, por falta de equipamentos, aí nós encaminhamos para outras clínicas. Apesar disso, algumas cirurgias podem ser feitas aqui mesmo”, conclui o acadêmico.
Ademir diz que um dos objetivos futuros do projeto é conseguir ampliar os trabalhos e cirurgias realizadas pelo AMOVE. “Realizamos uma série de procedimentos. Então, temos a intenção de, no futuro, adquirir mais equipamentos. Nosso projeto já é bem equipado, temos equipamentos para realização de diagnóstico, atendimentos e cirurgias. Ou seja, uma gama muito grande de atividades dentro do projeto. Mas queremos expandir cada vez mais e atender de forma especializada os pacientes com seus tutores que nos procuram aqui no Hospital Veterinário da UENP. Apenas em 2021, foram realizados 238 atendimentos e 33 cirurgias pelo projeto de extensão. Acreditamos que 2022 seja ainda maior”, pressupõe Ademir.
Um dos animais atendidos pelo projeto é a Zara, uma pastora do cáucaso, tutorada por Sandra Gongora, moradora de Santa Mariana. Sandra conta que é o terceiro de seus animais levados para realizar atendimento oftalmológico, além de já ter levado seus animais para outros atendimentos no HVE. “O atendimento foi perfeito, atendeu as expectativas. É primordial ter esse projeto por um preço acessível. Como eu tenho muitos cachorros, o preço daqui mais o excelente atendimento ajuda muito a gente. Sempre gostei daqui e trago meus animais aqui sempre que possível”, afirma Sandra.
Beatriz Lara Beretta, que também é bolsista do projeto, conta que é muito gratificante ter a oportunidade de participar da ação de extensão. “Por estarmos no projeto, acabamos acompanhando uma área específica em desenvolvimento atualmente. Quando eu comecei a fazer parte do AMOVE, não imaginei que fosse gostar tanto da parte de oftalmologia quanto gosto agora. É importante para a nossa formação estarmos aqui, em contato com o proprietário, e o professor nos oportunizar ter essa responsabilidade”, destaca Beatriz.
O projeto de extensão é desenvolvido junto ao projeto de iniciação científica “Estudos de membranas biológicas para reparo de lesões corneanas em cães e gatos”, da acadêmica Helloaine Ueda. Os casos estudados na pesquisa são todos provenientes do AMOVE.
A equipe do Ambulatório de Oftalmologia Veterinária é formada, além dos integrantes já citados, pelas acadêmicas voluntárias, Mariana Sartori, Gianinne Machizucki e Thais Ruy, e pelas residentes Debora Sant’Anna e Marcela Moretti.
Os atendimentos de oftalmologia são realizados no Hospital Veterinário da UENP em Bandeirantes todas as sextas, das 13h30 às 17h.É possível agendar através do telefone (43) 3542-8036 ou pelo WhatsApp (43) 99115-8308. O valor da consulta é de R$ 60 e alunos, professores e membros da comunidade interna da UENP pagam apenas metade do valor.