No domingo (7), os candidatos fizeram a prova oral de Língua Portuguesa. Já nessa segunda-feira (8), foi a vez de os estudantes testarem conhecimentos em questões de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira ou Indígena, Biologia, Física, Geografia, História, Matemática e Química, na prova objetiva que teve duração de cinco horas.
Ricardo Aparecido Campos, membro da Cuia Estadual e vice-reitor da UENP, acompanhou o processo nos dois dias e manifestou sua satisfação em ter a Universidade como polo de aplicação e provas. “As provas orais e escrita foram executadas com êxito. Todos trabalharam muito bem na aplicação das provas.”, afirmou.
O resultado do teste seletivo será divulgado até dia 31 de maio, no site, da Instituição responsável (https://vestibular.unicentro.br/2023i/). Ao todo, 363 indígenas concorreram a 42 vagas ofertadas nas Universidades Estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Paraná (Unespar), do Norte do Paraná (UENP), do Centro-Oeste (Unicentro), além de mais 10 na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
As provas foram realizadas também nos polos de Mangueirinha, Manoel Ribas, Apucaraninha, Santa Helena, Nova Laranjeiras e Curitiba. Os candidatos que participaram do vestibular na UENP são das terras indígenas de São Jerônimo, Barão de Antonina, Ywe Porã, Pinhalzinho, Posto Velho e Laranjinha.
A coordenadora do processo seletivo na UENP, Rosiney Lopes do Vale, destacou que, desde o momento em que a Universidade soube que seria polo de aplicação de provas, preparou-se o mais possível para atender as especificidades do Vestibular indígena. “Foi um trabalho de equipe que envolveu vários servidores da universidade, para pensar a alimentação, o transporte e o atendimento às necessidades especiais de alguns candidatos. Tudo feito com profissionalismo e alegria”, disse.
Rosiney, que é membro da Cuia Estadual, avalia como positivo os dois dias de contato direto com os vestibulandos e lideranças indígenas. “Para além do trabalho, foram momentos de integração e boas trocas de energias. Vimos uma universidade integrada, colorida e que valoriza a diversidade, ratificando o que tem priorizado a nossa gestão”, finalizou.
De acordo com o agente da Unicentro, Anderson Silvério, que acompanhou o Vestibular Indígena na UENP, tudo ocorreu conforme se planejou. “Foi um vestibular tranquilo, sem intercorrências. A ausência na prova está dentro do padrão para esse público. Tudo ocorreu dentro do previsto”, acentuou.
Criado pela Unicentro, o slogan do XXII edição do Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná foi “Universidade também é território indígena”. “A Universidade é um território indígena. Antes de nós, ancestralmente, todo o território brasileiro era ocupado pelos povos indígenas. Então a Universidade também tem que ser território indígena. Eles têm que ocupar esse espaço que é deles também”, concluiu o vice-reitor.