O reitor da UENP, Fábio Antonio Néia Martini, comemora o aniversário do núcleo. “Quando planejamos o NAE, nós buscávamos proporcionar condições de permanência a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, tanto da graduação quanto da pós-graduação. A nossa Universidade é pública e recebe diversos alunos da região. Sabemos que não basta oferecer o curso gratuito se não há como assegurar a permanência. A criação do NAE, que é a nossa menina dos olhos, foi o primeiro passo para garantir melhor acesso dos estudantes à Universidade, mas ainda há metas que queremos alcançar”, ressalta.
Criado em 21 de julho do ano passado, o núcleo atua com apoio psicológico, pedagógico e assistência estudantil, e é responsável pelas ações relacionadas à Comissão Universidade para Indígenas (CUIA). Atualmente, conta com 12 profissionais, entre psicólogos, pedagogos e assistente social. “Para dinamizar o contato com todos os setores da Universidade, o órgão está constituído por uma Coordenadoria Geral e por três Chefias de Divisão, uma para cada campus da UENP”, acentua a coordenadora geral do NAE, Rosiney Lopes do Vale.
“Atualmente, a UENP custeia a moradia, alimentação, água, luz, gás e internet para 28 estudantes nos três campi. O aluno da moradia tem todo esse respaldo da Universidade”, destaca Rosiney. Mas o órgão vai muito além disso. Segundo a professora, “O estudante é o nosso foco. É a partir dele que nós realizamos o ensino, a pesquisa e a extensão. Em que pese a essencialidade de cada ator, no cenário acadêmico, para o NAE, o estudante é o ator principal”, completa.
Para a Rosiney, criar um setor dessa envergadura dentro da Universidade foi um desafio. “Criar um Núcleo voltado para o atendimento de estudantes foi um desafio e ainda está sendo, porque nós precisamos cada vez mais de recursos para atender as demandas que chegam. A gestão tem um olhar muito atencioso para as questões estudantis, tem nos atendido em tudo e isso tem incentivado o trabalho do Núcleo”, enfatiza.
O atendimento psicológico de alunos, servidores e docentes são realizados de forma online diariamente pela equipe. Somente neste ano, até junho, a equipe realizou 382 atendimentos. O psicólogo William Kenji Maruyama faz em média 20 atendimentos semanais no Campus de Jacarezinho, mas outros profissionais atendem nos outros campi. “As sessões são realizadas após o aluno entrar em contato pelo e-mail do Apoio Psicológico do NAE (APSI) e, a partir disso, os atendimentos são feitos por chamada de vídeo, o que ocorre também no Campus de Bandeirantes. No Campus de Cornélio Procópio existe atendimento presencial, só que é um número restrito de vagas”, observa Kenji.
Desde o dia 4 de setembro, os atendimentos são realizados também presencialmente no Campus de Jacarezinho e Campus Luiz Meneghel, de Bandeirantes, durante os Plantões de Acolhimento Psicológico. A nova iniciativa do NAE ocorre por conta do Setembro Amarelo, campanha de combate ao suicídio, depressão e ansiedade. “Os psicólogos do NAE vão se espalhar pelos centros durante um dia. No pronto atendimento, a pessoa será atendida de imediato, tanto alunos, como funcionários e docentes”, afirma Kenji.
Assim como os plantões, o Cinema e Saúde começou neste semestre para propiciar aos estudantes um momento de socialização e conscientização sobre diversos temas. “É fundamental esse espaço de acolhimento e de cuidado com a saúde mental, pensando principalmente na manutenção da permanência estudantil, porque é fato que um desiquilíbrio na saúde mental pode, sim, agravar e levar a evasão acadêmica,” completa o psicólogo.
Além dos projetos que estão em andamento, o próximo passo será a ampliação de vagas nas moradias estudantis. Fora dos muros da UENP, o Núcleo também atende crianças e adolescentes do Colégio Estadual Luiz Setti, em Jacarezinho, com orientação profissional e autoconhecimento do aluno para sua profissão futura. “Esse trabalho visa a contribuir com os estudantes para o ingresso e permanência no ensino superior, além de ofertar a possibilidade de autoconhecimento que faz com que eles se sintam pertencentes à sociedade”, acentua a psicóloga residente do NAE, Tatiane Barbosa.
Segundo a assistente social, Ana Beatriz Baggio, o Apoio Social (APSO) do NAE tem papel estratégico na viabilização dos direitos sociais dos estudantes e contribui para o processo contínuo de qualificação da permanência através de análise, intervenção em processos sociais referentes às necessidades e experiências estudantis na UENP. “Em seu cotidiano, o APSO busca viabilizar os direitos de assistência estudantil, realiza articulações intersetoriais para aprimoramento das condições de permanência estudantil e orienta os acadêmicos em assuntos relacionadas aos demais direitos sociais”, finaliza.
O Núcleo de Apoio ao Estudante da UENP é lotado na Reitoria da UENP, localizada na Avenida Getúlio Vargas, 850, no centro de Jacarezinho-PR. Entre em contato com o NAE pelos e-mails e ou pelo telefone (43) 3511-3200 – ramal 226.