Iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UENP, a exposição integra um conjunto de ações da IX edição da Mostra de Arte e Cultura Afro-brasileira da Universidade, que ocorre entre 4 e 30 de novembro nos três campi. A Mostra, a exposição e os demais eventos promovidos pela PROEC fazem parte do Programa de Desenvolvimento da Cultura da Região do Norte do Paraná, rede de contato criada para benefício da comunicação do setor cultural do norte paranaense.
A exposição apresenta uma seleção dos trabalhos mais expressivos de CACosta. Além das 15 obras em tela e tridimensionais, a biografia do artista foi destacada nas paredes do espaço museológico para os visitantes conhecerem a trajetória do renomado artista. “É um prazer enorme estar aqui fazendo a abertura dessa exposição. A arte me deu a possibilidade de me realizar por inteiro. Hoje, me sinto inteiro graças a essa vocação”, destaca CACosta.
“Eu agradeço aos meus ancestrais por essa possibilidade, porque aqui estou para dividi-la com vocês. A arte não se faz se não for solidária. A arte se faz com os outros. Imagina eu fazendo tudo isso e deixar tudo fechado sem ninguém ver? A arte não se realizaria dessa forma, porque ela precisa de audiência e que os outros compartilhem. Compartilhando, o artista recebe o retorno. Olha a alegria que se realiza no encontro. Isso que é importante”, disse.
CACosta já doou para a PROEC uma obra chamada “Aqui Tudo Tem” e participou da Mostra Afro da UENP em outras edições. Segundo o diretor de Cultura da UENP, James Rios, CACosta é um artista que possui uma poética singular. “Ele é, sem sombra de dúvidas, um dos maiores expoentes da nossa cultura afro-brasileira. Receber essa exposição é, para a gente, motivo de orgulho e muita satisfação e também de gratidão pelo CACosta se colocar à disposição da coletividade. O trabalho dele tem muita profundidade e muito vigor”, observa.
James Rios enalteceu a presença do público que esteve na estreia da exposição. “É muito importante ter a presença de vocês aqui na abertura. Isso mostra a importância de se ter as questões étnico-raciais na Universidade, no sentido de provocar e ser um espaço de discussões para estas relações. Falar sobre identidade, ancestralidade, raça e sobre racismo é sempre uma questão urgente. Então, nós temos equipamentos culturais que estão abertos para esse tipo de discussão”, completa o diretor.
Artista plástico, músico autodidata e autor do livro “Contando a Arte de CACosta”, o ourinhense de 67 anos nasceu no Rio de Janeiro, mas Ourinhos, no interior de São Paulo, foi a cidade que o acolheu desde 1994. “CACosta sempre traz muita vida, cor, história e representações multidimensionais da população negra em seu trabalho. E, nesta exposição, que recebemos honrosamente em nosso Museu, é evidente a força de suas obras e o diálogo que elas instigam em torno da educação para as relações étnico-raciais. Esperamos que toda a nossa comunidade prestigie essa exposição, que está muito linda”, convida James.
Durante a semana, o Museu de Arte e Cultura Popular da UENP fica aberto ao público das 8h às 18h. O espaço está localizado na Avenida Marciano de Barros, 700, no bairro Estação, em Jacarezinho. Para saber mais sobre o Museu de Arte e Cultura Popular do Norte do Paraná, acesse o portal museu.uenp.edu.br.