Inicialmente, o objetivo do projeto era conscientizar sobre doenças respiratórias na infância, além de promover ações preventivas e fornecer orientações para o manejo adequado das doenças agudas e crônicas, por meio de palestras e divulgações via redes sociais, no Instagram @happylungs.uenp. A coordenadora do projeto, Rafaela Maria de Souza, explica que, conforme foram trabalhando para fornecer as informações para a população, perceberam grande demanda para realizar a fisioterapia respiratória nas crianças.
“Nós começamos atendendo crianças que estavam internadas na Santa Casa de Jacarezinho. Em alguns casos, mesmo após as altas, elas ainda precisavam continuar com o tratamento de fisioterapia respiratória. Então, passamos a realizar consultas na Clínica da UENP”, informou a professora. O projeto atende tanto casos agudos, que possuem início rápido e duram cerca de três meses, como a pneumonia e bronquiolite, quanto casos crônicos, que têm início e evolução gradativa, duram mais de três meses e precisam de tratamento longo, como a asma.
O atendimento é realizado em bebês e crianças até 13 anos. A equipe do projeto faz a avaliação do paciente e desenvolve um tratamento específico de acordo com cada caso. “Nós fazemos uma avaliação completa de todo o sistema cardiorrespiratório, aplicamos testes e temos exames específicos para a função pulmonar. Com essas informações, montamos um plano de tratamento de acordo com a individualidade da criança”, destaca a professora.
A fisioterapeuta bolsista do projeto, Júlia Carvalho de Oliveira, comenta que as doenças se comportam de maneira diferente em cada paciente e que, por isso, no início de cada sessão, avaliam como está a criança. “Conversamos com os responsáveis para saber se teve alguma crise ou sentiu algum sintoma diferente, para saber quais condutas utilizar. Atuamos com técnicas de remoção de secreção, de expansão pulmonar, de desobstrução, dependendo do que o paciente apresenta”, relata.
“Por serem crianças, precisamos atender de forma mais lúdica. Então utilizamos treinos funcionais, com brincadeiras, bolas, cones, cama elástica, cordas, diferentes brinquedos, para que elas se distraiam durante os procedimentos e para deixar o tratamento mais atrativo”, conta Júlia.
Uma das crianças que recebe a fisioterapia respiratória no projeto é o Lucas, de 8 anos, que tem bronquite asmática. “Faz um mês que ele está recebendo o atendimento e tem sido muito bom. No começo, ficava tímido, precisava ficar o tempo todo do lado dele. Agora, já está mais solto, se diverte nas sessões, fica empolgado para vir. Todos são muito atenciosos e diversificam o atendimento. Apesar de ainda ter crises, já deu para notar uma boa melhora no quadro dele desde quando começou a participar do projeto”, relatou o pai de Lucas, Luiz Fernando de Farias.
De acordo com a acadêmica do quarto ano de Fisioterapia da UENP, Geovana Fonteque Cirelli, é possível notar a melhora do paciente durante o atendimento. “Nós tentamos progredir para dar um melhor conforto para a criança, respeitando as necessidades de cada uma. Os atendimentos cardiorrespiratórios têm uma característica de se observar a melhora já no atendimento. Nós avaliamos os pacientes no decorrer da consulta e vamos observando a evolução”, acentuou.
O pequeno Vicente, de 11 meses, começou a receber atendimento no projeto após ser diagnosticado com bronquiolite. “Está sendo muito bom para ele receber o tratamento aqui. Ele estava com dificuldade para respirar, mas com as massagens e inalação que fizeram nele, já melhorou bastante”, contou a babá Bibiana Cristina de Brito Oliveira.
Para agendar uma avaliação para participar do projeto Happy lungs, é necessário preencher o formulário online, disponível AQUI. O atendimento é realizado às segundas e quartas-feiras, às 16h e às 17h, na Clínica de Fisioterapia da UENP, localizada na Alameda Padre Magno, nº 841, Nova Jacarezinho.