A Mostra é promovida em parceria com o Cineurge, com produção da CNX Produções, e nasce como um espaço para celebrar e fomentar as diversas expressões artísticas e culturais da comunidade LGBT+ da região. A exposição “Cruzos do Amor” fala sobre desencontros e encontros, comuns à vida, e ficará disponível no Museu de Arte e Cultura Popular do Norte do Paraná até o dia 28 de fevereiro de 2025.
“Na exposição, compartilho desenhos e fotos minhas de diferentes etapas. Ela revela muito sobre meus processos criativos por meio da minha imagem, sentimentos, sensações e experiências. Agradeço a UENP pela oportunidade, estou muito feliz em participar dessa primeira edição da Mostra, pelo pioneirismo da Universidade em dar espaço para artistas LGBTs, e que venham mais edições”, destacou o artista Edson Godinho.
Durante a abertura, o pró-reitor da Proec, Rui Gonçalves Marques Elias, partilhou do entusiasmo com a realização do evento. “A Universidade é o espaço ideal para que a gente possa trabalhar com essas temáticas, fazendo uma discussão científica, respeitosa e que traga à luz o conhecimento produzido por professores e por artistas ligados ao tema. Essa é uma ação inédita na UENP e vocês têm o privilégio de fazer parte desse espaço diverso, respeitoso e com muita produção de conhecimento”, disse.
O diretor de Cultura da UENP, James Rios, agradeceu a todos que possibilitaram a realização do evento. “Produzir uma Mostra como essa só foi possível graças ao trabalho de toda nossa equipe e dos nossos parceiros. A Mostra de Arte e Cultura LGBT+ nos permite possibilitar o acesso a diversas expressões artísticas e culturais de uma comunidade específica, que nem sempre, no extrato da sociedade, consegue acessar para expressar”.
O chefe de Gabinete da Reitoria, Mateus Luiz Biancon, foi um dos idealizadores do evento. “Eu propus essa ideia e a Proec, através da Diretoria de Cultura, assumiu o compromisso de realizar a Mostra. Só tenho a agradecer, vejo que isso é fruto de muitos trabalhos que vocês estão desenvolvendo, quantos frutos lindos nós estamos vendo. Parabéns para toda a organização do evento”, comentou.
“Nós temos visto uma ação muito forte de nossas Pró-Reitorias e setores da UENP, que vem produzindo uma universidade muito diferente, que eu considero de vanguarda em relação as outras. Temos e tratamos temas que, de fato, são espinhosos em outros ambientes e instituições e fazemos isso com muita qualidade. A organização e a UENP estão de parabéns por esse evento, que, mais uma vez, sai na vanguarda da produção de algo que realmente contribui para o desenvolvimento regional e o crescimento da subjetividade, da individualidade no contexto coletivo por meio da arte, por meio da cultura”, frisou o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Jorge Sobral da Silva Maia.
Na abertura, o público também assistiu um fragmento do espetáculo “ATERRA”, que é uma produção da CNX com realização da Companhia Terra. Refletindo sobre como seria a vida de um homem gay no interior do Brasil cem anos atrás, a peça, inspirada pela cidade de Jacarezinho entre 1920 e 1950, narra a história de um homem simples, do campo, tendo como conflito os seus aterramentos, da infância à vida adulta.
Também participaram da abertura da exposição o pró-reitor de Administração e Finanças, Nilson César Bertoli; o agente universitário Mario Sérgio Silva, representando o Campus Jacarezinho; a equipe da Proec que auxiliou na organização do evento, professores e alunos da instituição, além de artistas da região.
Programação Mostra de Arte e Cultura LGBT+
A programação também trouxe, na tarde do dia 1º de novembro, a oficina “Desenho livre com foco na autoimagem”, promovida pelo artista Edson Godinho, no Parque Universitário. No dia 29 de outubro, em parceria com o Festival Cine Urge, o evento exibiu a Mostra Cinema e Diversidade, com a apresentação de quatro curtas-metragens.
Os filmes exibidos foram: “Expresso São Valentim”, “Valentina Versus”, “Pássaro Memória”, e “Sereia”. Após a exibição, foi realizado um bate-papo sobre os filmes com a representante do Festival Cine Urge, Carol Santos, o artista e realizador audiovisual, Juno Gasparoto, e o produtor cultural da CNX, Renan Bonito, ampliando a discussão sobre representatividade no audiovisual.