Durante o evento, os estudantes desenvolveram ações lúdicas que agreguem ao dia a dia da comunidade. O curso de Pedagogia foi responsável por uma roda de leitura e atividades de raciocínio lógico que visam o despertar do interesse das crianças pela leitura. Os estudantes de Fisioterapia realizaram uma oficina de orientação postural com brincadeiras e atividades físicas. Já os alunos de Odontologia ficaram encarregados de promover atividade instrutiva sobre a saúde bucal e sua importância.

De acordo com a professora coordenadora da iniciativa, Sônia Regina Leite Merege, o projeto também valoriza a troca de conhecimento entre a Universidade e a comunidade, promovendo o aprendizado mútuo e a inclusão. “Essas atividades contribuem para a melhoria da qualidade de vida da comunidade atendida, fortalece os laços entre acadêmicos e sociedade, além de preparar nossos alunos para uma atuação profissional mais humanizada e multicultural. Foi uma experiência enriquecedora”, enfatiza.

Segundo o diretor do Centro de Ciências da Saúde da UENP, Fabrício José Jassi, a Universidade tem a missão de compartilhar o conhecimento e contribuir com o desenvolvimento da sociedade e a ação na Terra Tekoa foi uma oportunidade para exercer esse papel. “É com muita honra que a UENP pode estar aqui e contribuir com a Terra Indígena. É um prazer imenso estar na aldeia e ser recebido com todo esse carinho. Será uma troca de aprendizado de ambos os lados”, destacou.

O diretor do Colégio Estadual Indígena Yvy Porã, Jeferson Gabriel Domingues, agradeceu a presença dos alunos e professores da UENP. “Ter a Universidade aqui em nosso território é de grande relevância para nós, uma esperança a mais para o futuro dos nossos jovens. É um processo intercultural muito importante e valioso para nossa escola, para nossa educação e para nossa comunidade”, partilhou.

O aluno do segundo ano de Pedagogia, Janderson Aparecido Gabriel Maria, que faz parte da Terra Indígena Tekoa, destacou que a ação foi agregadora tanto para os alunos da Universidade quanto para os jovens da aldeia. “É um evento que serviu para comunidade em geral. Foi uma experiência maravilhosa, não somente para os alunos da escola, mas para os discentes da UENP também, que tiveram o privilégio de vivenciar um pouco da comunidade indígena”, ressaltou.

Aluna de Fisioterapia, Beatriz Storer Beltrame, partilhou sua experiência com o projeto. “A ação trouxe benefícios para ambos os lados. Pudemos promover saúde para eles de uma forma bem lúdica, com muitas brincadeiras e, para nós, alunos, tivemos a oportunidade de conhecer novas culturas e de aprender a levar a saúde coletiva de outras formas, sem ser em unidades básicas de saúde ou nas escolas tradicionais que a gente já conhece”, contou.

“O conhecimento deve ser compartilhado independente do lugar. Por mais que a aldeia indígena seja um lugar distante, ele deve chegar aqui também. Acredito que nossa interação e trazer esses saberes foi essencial. Trazer essa troca de cultura é enriquecedor”, comentou a aluna do segundo ano de Odontologia, Laura Beatriz Farto.

Após o término das oficinas, os alunos do Colégio Yvy Porã realizaram uma apresentação cultural com instrumentos típicos em forma de agradecimento ao projeto de extensão. Participaram também da ação as professoras Liliane Milanezi Silvia, de Pedagogia, e Veridiana Silva Campos, de Odontologia.