O Simpósio foi organizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), através da Pró-Reitoria de Ensino (PEN), Núcleo de Educação a Distância (NEAD) e Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Educação do Futuro, com o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Universidade Virtual do Paraná (UVPR), Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) e Rede Estadual Docência no Ensino Superior (Redes). Além da UENP, as outras seis universidades estaduais receberam palestras e oficinas sobre a relevância e a utilização das Inteligências Artificiais no campo educacional.
Na UENP, a atividade aconteceu no Miniauditório da Pós-Graduação do Campus Cornélio Procópio e contou com a palestra de abertura do professor da Universidade Aberta de Portugal, José António Moreira. Na sequência, foram oferecidas três oficinas sobre Inteligência Artificial na Pesquisa e Extensão, no Ensino e na Gestão. “É um imenso prazer estar aqui pela primeira vez na UENP. A transformação digital está acontecendo e precisamos refletir sobre suas consequências do ponto de vista educativo. Considero esse Simpósio extremamente importante, porque tenta estabelecer aquilo que é relação entre a Pedagogia e a Tecnologia para construir uma educação de qualidade”, destacou o palestrante.
Segundo a pró-reitora de Graduação da UENP, Juliana Telles Faria Suzuki, o evento foi uma atividade de formação dos professores em continuidade às discussões iniciadas na Semana Pedagógica sobre Inteligência Artificial. “A proposta do Grupo Redes traz para as universidades formação sobre temas que vão surgindo na área de ensino como a inteligência artificial que nos assusta e nos atrai e a gente precisa compreendê-la e fazer o bom uso disso. Os jovens já fazem o uso dessas inteligências artificiais há algum tempo e nós estamos nesse momento dando início a essa discussão de forma institucional na Universidade”, explicou Juliana Suzuki.
O chefe de Gabinete, Mateus Luiz Biancon, destacou que a iniciativa foi uma oportunidade dos participantes se reunirem, trocarem experiências sobre as inovações tecnológicas no ambiente educacional e desejou boas-vindas aos participantes. “Sejam bem-vindos a nossa Universidade. Tenho certeza que esse curso será produtivo e também quero parabenizar a todos que estão envolvidos na programação desse evento, nossas pró-reitorias, os participantes, palestrantes e o grupo da SETI, nosso agradecimento especial”, enfatizou.
A diretora do Campus Cornélio Procópio, Vanderléia da Silva Oliveira, partilhou a alegria de sediar o evento. “Agradeço a toda equipe que organizou esse evento e fico feliz em rever colegas da nossa Universidade e dos outros Campi, o que é muito importante porque demonstra que o tema não é relevante apenas para quem está lidando com a vida acadêmica, no ensino, pesquisa e extensão, mas sobretudo para quem lida com a gestão”, enfatizou.
Também participaram do Simpósio a assessora da Diretoria de Ensino Superior da Seti, Paola Andressa Scortegagna, os professores Albino Szesz Junior, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Pedro Paulo Ayrosa, da Universidade de Londrina (UEL), Flávio Rodrigues de Oliveira, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e Marta Clediane Rodrigues Anciutti, da UVPR.
Novas Tecnologias na UENP
Durante o Simpósio, o professor do CLM, Thiago Colleti, anunciou a nova plataforma gratuita de cursos que será disponibilizada pela Google aos docentes e discentes da UENP. “A partir da semana que vem, vamos iniciar a inscrição de todos professores e alunos da Universidade. A parceria entre a empresa e a instituição oferece com a plataforma Google Cybersecurity cursos voltados à segurança em nuvem, segurança em IA, a como utilizar recursos do Google para garantir a segurança”, explicou.
Durante a palestra, José António Moreira incentivou ainda que os professores percebam a tecnologia não apenas como um instrumento ou como uma ferramenta, mas sobretudo com a sua potência e sua força ambiental. “Nós temos que de certa forma também perceber que hoje, com a transformação social, com aquilo que acontece na própria sociedade, nós não habitamos apenas na zona da biosfera, mas nos espaços virtuais, nas redes sociais digitais e construímos conhecimento e os estudantes também constroem esse mesmo conhecimento nessa área”, observou.
“Por isso, temos que perceber como que, pedagogicamente, nós conseguimos integrar os ambientes físicos, com os ambientes analógicos, com os ambientes virtuais, ambientes digitais e, inclusive, os ambientes metaverso que acabam sendo fundamentais para engajar mais os próprios alunos. Portanto nessa perspectiva, nós temos também que para além de pensar nessa construção desse ecossistema digital, temos que sobretudo dar competência pedagógica digital tanto aos professores quanto aos nossos alunos”, concluiu.