Neste ano, a Operação Rondon Paraná foi realizada entre os dias 10 e 21 de julho, em 14 municípios do Norte Pioneiro, e impactou mais de 38 mil pessoas, por meio de cerca de 1.200 atividades de extensão, pesquisa e ensino. Ao todo, 329 rondonistas de sete universidades estaduais e de oito instituições de ensino superior parceiras protagonizaram as ações desenvolvidas nas áreas de saúde, esporte, trabalho, educação, meio ambiente e tecnologia. Estiveram na linha de frente das oficinas 42 professores, 11 técnicos e 276 estudantes voluntários.
O reitor da UENP, Fábio Antonio Néia Martini, parabenizou os professores e acadêmicos e enalteceu o trabalho realizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), responsável pela coordenação da operação. “Estamos muito orgulhosos. Os trabalhos foram conduzidos de maneira eficiente e levamos, juntos, atendimentos aos municípios que mais precisam em nossa região. Como agentes de transformação, vocês fizeram muita diferença nas comunidades em que atuaram. Espero que não se esqueçam de todo o conhecimento que adquiriram ao longo desses dias e, o mais importante, compartilhem com a sociedade”, destacou o reitor anfitrião.
De acordo com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, todos os participantes saíram da Operação Rondon de alguma maneira transformados. “Ninguém está aqui do mesmo modo que chegou no dia 10. Todo mundo está, de alguma forma, diferente em algum aspecto. Quero agradecê-los por, voluntariamente, terem participado deste projeto e ajudado o Rondon Paraná a ser o sucesso que é. Gostaria que vocês levassem para a vida as lições de humildade, de serviço e de simplicidade que aprenderam e ensinaram”, incentivou.
A equipe da UENP contou com a participação de 36 estudantes e três professores, que atuaram nos municípios de Nova América da Colina e Nova Fátima. Além dessas cidades, a Operação Rondon Paraná 2025 também levou atendimentos para Barra do Jacaré, Quatiguá, Nova Santa Bárbara, Congonhinhas, Santa Amélia, São Sebastião da Amoreira, Rancho Alegre, Cornélio Procópio, Leópolis, Joaquim Távora, Guapirama e Itambaracá.
Segundo o pró-reitor de Extensão e Cultura da UENP, Rui Gonçalves Marques Elias, a Operação Rondon foi um verdadeiro esforço coletivo, e a UENP esteve à frente, garantindo que cada detalhe acontecesse com sentido e compromisso. “Organizar uma operação como essa não é tarefa simples: são 14 cidades atendidas, com a participação de sete universidades estaduais e oito instituições parceiras, reunindo centenas de pessoas em campo. Tudo isso exige um trabalho cuidadoso de articulação — logística, alimentação, alojamento, planejamento das ações e, acima de tudo, escuta e acolhimento”, frisou.
“Nestes últimos dias, o Norte Pioneiro do Paraná foi palco de uma verdadeira integração entre universidade e comunidade. E que dias intensos e gratificantes vivemos! Da calorosa hospitalidade da população local ao próprio clima, que resolveu nos aquecer em pleno inverno, tudo contribuiu para que essa experiência fosse memorável. Os números, os mapas e os relatórios nos mostram os resultados concretos. Mas foi nos olhares e nas vozes da comunidade que enxergamos o verdadeiro sucesso dessa operação. As apresentações culturais, os gritos das equipes, a energia de cada grupo — tudo isso revelou o quanto vocês se envolveram, se doaram e se conectaram com os municípios onde atuaram”, enfatizou o pró-reitor.
Durante a solenidade de encerramento, o ex-jogador de vôlei Giba compartilhou sua história vitoriosa e exaltou o trabalho dos professores. “É lindo o amor e o respeito que os professores têm por vocês. Eles se dedicam e se entregam a cada um dos alunos como se fossem seus filhos. Eu agradeço muito a um professor que me ensinou, um dia, a ter respeito pela bandeira do Brasil”, finalizou, emocionado, durante o discurso.
Também participaram da cerimônia o vice-reitor da UENP, Ricardo Aparecido Campos; o proprietário do Morro dos Anjos, Rodrigo Ferro; prefeitos das cidades atendidas; a coordenadora estadual da Operação Rondon Paraná, Sandra Ferreira; reitores e pró-reitores de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Junto a elas, estiveram presentes representantes das universidades parceiras: Universidade Paranaense (Unipar), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Centro Universitário de Cascavel (Univel), Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Centro Universitário Ingá (Uningá), de Maringá, Instituto Superior do Litoral do Paraná (Isulpar), Centro Universitário Campo Real Guarapuava e Faculdade de Apucarana (FAP).
Delegação da UENP
A professora do curso de Medicina Veterinária, Marisa Fordellone Rosa Cruz, coordenou o grupo da UENP que atuou no município de Nova América da Colina. “As oficinas tiveram um impacto muito positivo, principalmente no Distrito do Cedro. Atuamos durante os 11 dias em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul e trabalhamos temas como aproveitamento de alimentos, noções de plantio de árvores, pintura facial com as crianças, o Hiperdia, aferição de pressão arterial e diabetes, danças como zumba e alongamento, saúde bucal, tecnologia e trabalho, panificação e bolo de pote, para que os moradores agregassem renda ao orçamento familiar”, explicou a docente.
A professora do curso de Agronomia, Laila Herta Mihsfeldt, participou pela primeira vez da Operação Rondon Paraná. “Foi bem diferente daquilo que eu imaginava. A interação com as pessoas e com os alunos é muito legal. É um aprendizado e uma lição de vida que a gente vai levar para a eternidade. Os alunos são muito criativos e colaborativos”, elogiou.
O grupo da UENP que atuou em Nova Fátima foi coordenado pela professora do curso de Enfermagem, Tatiane Angélica Phelipini. “Estávamos com alunos 100% UENP, uma equipe com 21 integrantes e diversos talentos. Temos músicos, pintores, cantores, criadores de conteúdo — verdadeiros artistas — justamente a essência do meu projeto Humanizart, que entrelaça arte e humanização. A experiência foi muito emocionante e agregadora”, salientou.
O acadêmico do curso de Enfermagem, Gabriel Bonacin, que participou pela primeira vez da Operação Rondon, destacou que levará uma bagagem cheia de boas experiências da ação em Nova Fátima. “A gente chega aqui muito inseguro, sem saber se vai conseguir realizar ou não as atividades propostas, mas ao final de cada dia a gente vê que tudo dá certo. Então, acho que vou acreditar um pouco mais em mim depois do Projeto Rondon Paraná”, disse o jovem.
A estudante do quarto ano de Enfermagem, Ellen, compartilhou que a Operação Rondon é uma grande realização e que, nos 11 dias de projeto, realizou oficinas de primeiros socorros, saúde da mulher, tecnologia do leite, queijos e coalhada. “A experiência foi muito legal. Sempre quis fazer trabalho voluntário. Foi bem diferente para mim, algo que eu sempre quis participar. Sempre foi o meu sonho, desde o primeiro ano da faculdade, e agora posso compartilhar essa história linda com mais pessoas”, relatou.
A Operação Rondon Paraná 2025 é um programa de ações multidisciplinares de ensino, pesquisa e extensão, realizadas de forma interinstitucional em municípios paranaenses que apresentam desafios. O evento é financiado pelo Governo do Estado e coordenado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti-PR).