Numape promove campanha pelo Fim da Violência Contra a Mulher

Quarta, 28 Novembro 2018 15:10 por Assessoria de Comunicação Social
Verônica Freire Smania e a filha Ana Beatriz participam da campanha promovida pelo Núcleo Maria da Penha da UENP Verônica Freire Smania e a filha Ana Beatriz participam da campanha promovida pelo Núcleo Maria da Penha da UENP

O Núcleo Maria da Penha (Numape) da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Campus de Jacarezinho, promove neste mês de novembro e início de dezembro diversas ações da campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”, envolvendo atos nas redes sociais e também eventos presenciais.

Mundialmente, a campanha foi concebida no ano de 1991 pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, em ações que hoje são realizadas em cerca de 150 países de todos os continentes. Realizada de 25 de novembro a 10 de dezembro, os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher buscam, além de lutar contra a violência de gênero, também chamar a atenção para a importância do pleno respeito aos Direitos Humanos. Por isso, a data final da campanha marca também o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

O Numape da UENP antecipou o início das atividades para o dia 20 de novembro, para marcar também o Dia da Consciência Negra. Assim, desenvolveu uma série de ações para tratar da campanha nos meios online e offline. No perfil do Instagram, o Núcleo postou nos “Stories” uma série de fotos interativas para explicar sobre o surgimento, as propostas e as características dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Publicou também vídeos de acadêmicas da UENP explicando sobre a campanha.

Promoveu também aula de Defesa Pessoal Feminina, com o professor de Karatê Paulo Alexandre Chrispim, de Jacarezinho. O evento arrecadou alimentos não perecíveis para serem doados à Comunidade Feminina de Assistência às Dependentes de Drogas (Cofadd).

Uma das ações mais marcantes da campanha foi realizada com a colaboração de mulheres da comunidade acadêmica da UENP, incluindo até mesmo a reitora da UENP, professora Fátima Aparecida da Cruz Padoan. Exposição fotográfica inspirada na obra “Nunca me calarei”, do fotógrafo Marcio Freire, exibe mulheres em preto e branco com marcas de mãos na boca, no pescoço e em outras partes do corpo, pintadas em vermelho, simbolizando a violência. As imagens são publicadas diariamente nas redes sociais do Numape e da UENP acompanhadas de textos informativos sobre diversos aspectos do movimento feminista no Brasil e no mundo.

A empresária Verônica Regina Carvalho Freire Smania, de 34 anos, foi uma das mulheres que emprestou seu rosto à campanha do Numape. Ela comenta sobre a importância da conscientização pelo ativismo da mulher. “É importante contar às mulheres que elas têm poder e devem ser envolver no ativismo. Quando eu era jovem, violência contra a mulher era tabú. Se acontecia, ficava entre quatro paredes. Temos que falar para as mulheres que elas devem sim denunciar o agressor”, relata.

A filha de Verônica, Ana Beatriz Freire Smania, de 18 anos, também participou da exibição fotográfica. Ela conta que nunca havia participado de campanhas feministas, e que sente a importância de ações como a promovida pelo Numape. “A violência contra a mulher é persistente e muitas ainda não se sentem bem para falar sobre, denunciar. Por isso, precisamos mostrar, conscientizar, que é possível sim lutar contra essa violência”, afirma.

Segundo a advogada do Numape, Brunna Rabelo Santiago, ações como esta trazem esclarecimento sobre o movimento feminista e promovem intercâmbios entre as mulheres. “As pessoas têm uma ideia errônea do que é o feminismo, por conta de uma distorção feita pela própria mídia. Não existe um padrão, lutamos contra o padrão, o foco é a liberdade na busca por uma igualdade. Esse intercâmbio é fundamental para que todas entendam que independentemente de posicionamentos específicos, estamos todas juntas”, afirma.

Bruna também destaca a boa recepção da comunidade de Jacarezinho, embora reconheça que ainda há muito o que avançar. “Jacarezinho abraça a causa e compreende a necessidade de se lutar por uma maior inserção da mulher na sociedade. Mas vejo também uma certa adaptação em relação ao ativismo em si. O significado de ativismo é uma luta engajada, ou seja, deve ser trabalhado diariamente. Sinto que essa consciência ainda está em processo de construção aqui”, acrescenta.

Agenda

Além das ações online e da aula de defesa pessoal, o Numape também promove eventos presenciais para lembrar os dias de ativismo. Em 22 de novembro aconteceu a palestra “Lei Maria da Penha”, na empresa AgroAlfa, de Jacarezinho. No dia 27 de novembro, o núcleo promoveu a roda de conversa “Constelações e Direito Sistêmico Aplicado nos Casos de Violência Doméstica”, na subsede da Ordem dos Advogados (OAB) em Jacarezinho.

Na tarde hoje, 28 de novembro, a escola Silvestre Marques recebe a tarde de contação de histórias infantis que trata de violência doméstica. Hoje também acontece na Acija a palestra motivacional para mulheres “Seja o seu melhor empreendimento”, em parceria com a Câmara da Mulher Empreendedora de Jacarezinho, ministrada por Mércia Miranda Vasconcellos Cunha, Sandra Gonçalves Daldegan França e Eurico Aparecido Rodrigues.

Amanhã, 29, a palestra “Precisamos falar sobre violência obstétrica” acontece nas Unidades Básicas de Saúde I e II (UBS) do Bairro Aeroporto. No dia 7 de dezembro, será realizada a Oficina Terapêutica para Mulheres, voltada a mulheres dependentes químicas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Jacarezinho.

 

Última modificação: Quarta, 28 Novembro 2018 15:19
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