O evento faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Para organizar o Conhecendo o Cérebro, mais de 40 estudantes dos cursos de Ciências Biológicas e Ciência da Computação atuaram como monitores e expositores nos estandes montados no Auditório e em um laboratório do setor de Ciências Biológicas do CLM.
As atrações eram variadas e chamaram a atenção dos visitantes. Estudantes de escolas de Bandeirantes, Japira, Andirá e Santa Mariana conheceram mais sobre o cérebro e o sistema nervoso, além de outros temas como agroecologia, os efeitos do álcool sobre o organismo, inteligência artificial, a biologia na cozinha e na vida cotidiana, sustentabilidade e reaproveitamento de alimentos, inovação e tecnologia.
Os estandes buscaram oferecer uma experiência multidisciplinar e imersiva aos estudantes, que além de receber instruções e panfletos sobre os temas apresentados, também puderam interagir diretamente com maquetes, produtos, partes do corpo e animais conservados, além de experimentar a sensação de dirigir embriagados com um óculos especial que simula os efeitos do álcool.
A coordenadora do GEN, professora-doutora Roberta Ekuni, destaca que o escopo do evento foi expandido ao longo das edições. “As duas primeiras edições do evento foram somente sobre o cérebro, mas depois decidimos abrir nossas portas para mais projetos de extensão da Universidade. Convidamos vários programas de acordo com a temática da Semana de Ciência e Tecnologia”, relata.
“O MEC já editou uma portaria que determina uma porcentagem mínima de ações extensionistas para todos os cursos de graduação. Isso mostra que as instâncias superiores percebem a relevância da extensão universitária. Ações como a que realizamos aqui são muito importante para a experiência acadêmica do aluno. O aluno não está apenas contribuindo com a comunidade, mas ele também está absorvendo saberes através destas ações”, complementa.
A estudante Mayla Nagai, do 3º ano de Ciência da Computação, destaca que a realidade tecnológica na qual vivemos exige uma aproximação entre a escola e a Universidade. “É muito importante que as crianças conheçam a tecnologia e as várias inteligências, tanto a natural como a artificial. Como pesquisadora, é uma ótima oportunidade poder contar mais aos alunos sobre a tecnologia. Isso contribui para a minha formação como cientista e também para a sociedade”, afirma.
No estande sobre Inteligência Artificial, a estudante do 3º ano de Ciências Biológicas, Millena Lana, abordou tecnologias sobre reconhecimento facial. “Este é um evento que supera expectativas. Muito da tecnologia da Inteligência Artificial é baseada no mundo biológico. Essa parceria interdisciplinar promove discussões que geram novos conhecimentos. A cada ano os estandes ficam mais criativos, atuando em sintonia com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia”, acrescenta.
A estudante Emily Martins ainda é caloura de Ciências Biológicas, mas já participou do evento como monitora. “Fui convidada a trabalhar no Conhecendo o Cérebro por atuar em um estágio de Química. Para nós, é muito interessante repassar esse conhecimento aos alunos do ensino médio, os incentivando a conhecer mais e quem sabe estudar aqui no futuro. Como universitários, certamente aprendemos muito com esta experiência”, finaliza.