A pesquisa “Aplicação de dejeto animal em área de semeadura direta: riscos ambientais devido a perda de solo, água e nutrientes por erosão” avaliou as perdas de água, solo e nutrientes no escoamento superficial (enxurrada) e os riscos ambientais recorrentes dessas perdas em Latossolo Vermelho Distroférrico, solo dominante em algumas regiões e predominante no Norte do Paraná, cultivado no sistema Plantio Direto e submetido a adubações orgânicas com dejeto líquido suíno, cama de aviário e adubação mineral.
A professora destaca que o aumento da produção de suínos e aves no Brasil na última década culminou no acréscimo significativo do volume de dejeto gerado e, sua utilização como fertilizante do solo, tornou-se uma alternativa de adubação das culturas. “Os resíduos de animais constituem uma excelente fonte de nutrientes, especialmente nitrogênio e fósforo. Por outro lado, aplicações em quantidades elevadas de dejetos podem extrapolar os benefícios do fertilizante e aumentar os riscos ambientais, implicando em altas cargas de nutrientes, metais e patógenos no ambiente”, ressalta a professora.
As avaliações foram realizadas na área experimental do IAPAR, em Londrina, sob a coordenação da doutora Graziela Moraes de Cesare Barbosa, através de chuva simulada em dois períodos (junho/2010 e setembro/2012). Os tratamentos para realização da pesquisa constituíram de Controle (sem adubação); adubação mineral; doses de Dejeto Líquido Suíno e doses de Cama de Aviário. A obtenção do título de doutora, bem como a defesa da tese ocorreu no dia 28 de maio.