Nesta edição, o Vestibular foi organizado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pela Comissão Universidade para os Índios (Cuia). “Os dois dias ocorreram de forma tranquila. Não teve nenhuma ocorrência. Foi um sucesso mais uma vez esse processo seletivo”, destacou Elaine Oliveira de Jesus, representante da Coordenadoria de Processos Seletivos da UEL.
Além da UENP, as outras seis universidades estaduais e a Federal do Paraná realizaram o Vestibular. Os participantes concorrem a vagas nos oito polos em diversos cursos. No domingo, 24, os candidatos fizeram a prova oral de Língua Portuguesa. Já na segunda-feira, 25, foi a vez de os estudantes testarem conhecimentos em questões de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira ou Indígena, Biologia, Física, Geografia, História, Matemática e Química, na prova objetiva que teve duração de cinco horas.
A coordenadora do NAE, Rosiney Lopes do Vale, destacou que a Universidade se preparou da melhor forma para realizar o Vestibular Indígena no Campus de Cornélio Procópio. “Preparamos tudo desde a organização da equipe até a logística de alimentação, transporte e acolhimento dos candidatos. O processo, nesses dois dias, foi um sucesso. Tecnicamente, tudo ocorreu dentro do esperado”, afirmou.
Segundo Rosiney, embora a expectativa seja sempre receber o maior número de candidatos, assim como no ano anterior, o processo seletivo teve uma média de 36% de abstenção. “Esse é um dado que sinaliza para a necessidade de repensarmos, enquanto Cuia, estratégias para diminuir ao máximo esses índices. E esse é um trabalho do qual não vamos nos ocultar’, observou.
Para o vice-reitor da UENP e membro da Cuia, Ricardo Aparecido Campos, o vestibular indígena traz mudanças significativas para a Universidade. “É significativa a mudança que a presença indígena traz para a universidade, e o vestibular indígena nos proporciona isso. Conviver com as diferenças culturais e étnicas nos engrandece enquanto pesquisadores e seres humanos. Esse entrelaçar de culturas e etnias é fundamental para o processo de inclusão. E um dos compromissos da UENP é, certamente, com a inclusão”, conclui.
O resultado do teste seletivo será divulgado até dia 18 de abril. Ao todo, 628 indígenas concorreram a 52 vagas ofertadas nas Universidades Estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Paraná (Unespar), do Norte do Paraná (UENP), do Centro-Oeste (Unicentro). Para os cursos de graduação da Federal do Paraná serão ofertadas mais 10 vagas.