“Essa banca de número 200 é o coroamento de uma história de 17 anos de sucesso. Durante esse tempo, o Programa formou mestres para o País todo. Pessoas do Mato Grosso, de todo o Paraná, de São Paulo, Minas Gerais, dentre outros Estados que vieram estudar aqui”, acentua Fernando Brito. O mestrado e o doutorado, explica o coordenador do programa, apresenta como proposta a investigação crítica da problemática social da exclusão e persegue a compreensão dos mecanismos de alargamento do acesso popular ao judiciário. “Os cursos estão preocupados em resgatar uma interpretação de cunha mais social que formal, de modo a criar no pesquisador a consciência de seu papel político, de condutor da cidadania e de afirmação do Estado das leis e não do Estado dos governos”, destaca.
Fernando Brito ressalta ainda que o Programa está bem consolidado e maduro, com destaque cada vez maior no cenário nacional e internacional. “Neste mês, recebemos dois professores estrangeiros, um da Universidade de Gasglow da Escócia e outro da Espanha, que lecionam, participam das aulas, conversam com os alunos e debatem os projetos de monografia ou tese”, disse Fernando. Ele recorda que há três anos a Instituição aprovou o doutorado que irá iniciar no próximo ano a terceira turma. “A aprovação do nosso doutorado foi uma grande conquista que engrandeceu a UENP e o Estado do Paraná, recordando que se trata do primeiro doutorado em Direito do Sistema Estadual de Ensino Superior e o primeiro doutorado da UENP”, disse.
Sobre a reconhecida excelência do programa, o mestre João Éder acentua que isso se deve ao incentivo à produção científica de qualidade, com políticas de internacionalização, investimento no contato com pesquisadores de ponta nas diversas áreas do conhecimento e organização de diversos eventos de tradição e relevância internacional. “O programa prioriza a formação de mestres e doutores que não se limitem à titulação como um fim, contribuindo para o desenvolvimento científico e a formação de uma consciência política e cidadã, tão necessária em tempos de crise no País”, argumenta.
História
O Programa de Mestrado em Ciência Jurídica do Centro de Ciências Socias Aplicadas da UENP, Campus de Jacarezinho, teve início ainda com a extinta FUNDINOPI, através da resolução n° 68, de 26 de novembro de 1999 e obteve a sua primeira recomendação pela CAPES através da portaria n° 2.151, de 8 de agosto de 2003. O Programa de Mestrado foi criado na gestão do então diretor professor Nassif Miguel, tendo como primeiro coordenador o professor-doutor Gilberto Giacoia. O mestrado atualmente conta com cerca de vinte professores, sendo quinze docentes permanentes e cinco docentes colaboradores.
O programa publica semestralmente a revista “Argumenta”, que já está em sua 26° edição, e possui Qualis (B1). O periódico traz artigos de alunos da graduação, mestrandos, professores e pesquisadores externos de renome nacional e também de vários outros países sobre assuntos voltados aos direitos humanos e sociais.