Durante a visitação, as estagiárias do Museu e acadêmicas de História da UENP, Ana Paula Oliveira e Monique Danny, acompanharam a contemplação dos visitantes, incentivando reflexões e diálogos sobre cada uma das obras selecionadas para esta edição do Salão, provocando reações de admiração, interesse, espanto, surpresa e perplexidade.
"Ao passo que contávamos as histórias dos quadros, interagindo com eles sobre o que era representado nas obras, dava para perceber o interesse em seus olhos. Os visitantes chegavam bem tímidos, mas não passava muito tempo até interagir, perguntar e falar suas opiniões sobre as obras", relata a estagiária Monique Danny, sobre o interesse dos visitantes, conforme as obras eram comentadas pela monitoria.
“Parece um pássaro, mas ao mesmo tempo tem asas muito curtas para voar. Isso pode significar algum tipo de dificuldade, de desafio para vencer. O elefante, por sua vez, parece carregar uma cidade nas costas. Deve ter a ver com o meio ambiente e a ação dos homens”, refletiu uma das assistidas pelo CAPS ao observar as esculturas da obra “Entre sonhos e quimeras”, de Jucelino Biagini, premiada pelo Salão.
Segundo a terapeuta ocupacional do CAPS II, Janaina Albuquerque, “eventos sociais e culturais estão intimamente ligados ao nosso objetivo principal que é a (re) inserção do indivíduo com transtorno mental na sociedade e a superação dos estigmas referentes a essa doença”, afirma. “Mais rico ainda com a oportunidade da exposição a Arte que traz significados tão particulares e até transformadores ao público, e especialmente aos nossos integrantes”, complementa Janaina.
A professora da escola especial Maria de Nazaré, da Apae, Priscila Goes, destaca a importância da proximidade entre os alunos e a arte. “O contato proporcionado pelo Salão é de grande importância porque conecta os nossos estudantes à arte e à cultura do nosso próprio município. Eles podem ver que a arte pode ser inclusiva na cidade, na escola e até mesmo em casa, com materiais acessíveis. Eles tomam contato com os sentimentos dos artistas e isso pode inspirá-los a também se expressar artisticamente”, comenta.
O diretor de cultura da UENP, James Rios, destaca que a Universidade tem um papel fundamental para democratização do acesso à arte e à cultura. “As visitas são muito importantes à medida que o acesso às manifestações culturais cheguem a toda a população. O papel da Universidade é a inclusão e a acessibilidade da arte e da cultura para todos. Por isso, não apenas realizamos o Salão, como disponibilizamos veículos da nossa frota para realizar o transporte dos alunos”, reitera.
O vice-reitor da UENP, professor Fabiano Gonçalves Costa, destaca que o Salão é uma iniciativa que corrobora com a intenção da Universidade em integrar cada vez mais a cultura à instituição, bem como incentivar as manifestações artísticas locais.
“Para nós é um prazer realizar o Salão de Artes Plásticas e contar também com a participação de entidades de atuação tão importante em nossa região. Com isso, a UENP estreita mais os seus laços com a comunidade artística local, além de incentivar a cultura regional e ampliar o acesso da arte para todos”, destaca.
Saiba mais sobre o 34º Salão de Artes Plásticas de Jacarezinho