O Prêmio Educador Nota 10, criado em 1998, é o maior e mais importante prêmio da Educação Básica Brasileira, reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio, bem como coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas do todo o Brasil. O projeto do professor Marcelo foi desenvolvido com alunos do 2º ano do Ensino Médio.
Marcelo explicou que o projeto surgiu da vontade de inovar na prática esportiva, uma vez que ele sentia a desmotivação dos alunos. “O currículo de Educação Física era muito repetitivo. A partir do 6º ano, praticavam sempre os mesmos esportes”, relata o professor. Então ele propôs que os alunos se dividissem em grupos e identificassem espaços na escola onde seria possível praticar diferentes esportes e exercícios.
O projeto foi realizado com as cinco turmas do 2º ano. Assim, os alunos ganharam autonomia e se colocaram no lugar de professor, tiveram que pesquisar, desenhar esquemas, planejar, conseguir material e repassar o conhecimento para o restante da turma. Entre os “novos” esportes propostos estavam o futebol americano, slackline, badminton, atletismo, tênis e vôlei e tênis de praia. Segundo Marcelo, além dos alunos, os pais também se mobilizaram para a atividade, buscando soluções e emprestando equipamentos para a realização dos esportes.
O desenvolvimento do projeto também despertou o interesse de outras turmas, que viam os alunos praticando diferentes esportes e se interessavam. Com isso, os professores da área de Educação Física da escola revisaram o currículo para ampliar a oferta de práticas da cultura corporal de movimento. O professor ressalta que a iniciativa também auxiliou na compra de materiais diversificados para a prática esportiva.
Essa é a segunda indicação de Marcelo à finalista do Prêmio Educador Nota 10. A primeira foi em 2017, com um projeto de Educação Física aliado com o yoga. O professor relata que ficou muito feliz em ser finalista do prêmio mais uma vez, principalmente, pela resposta positiva que os alunos tiveram com o projeto. Ele comenta que a ação despertou o interesse dos alunos, que ficaram contentes com a autonomia em escolher as atividades. “Foi gratificante e mostrou que estamos no caminho correto”, concluiu.