Com o tema “Gênero, sexualidades e luta de classes: questões contemporâneas e as mazelas sociais”, o evento promoveu um espaço de debate que priorizou as questões dos corpos, gêneros e as sexualidades no contexto educacional e sociopolítico brasileiro a partir da realidade histórica e objetiva, considerando as contradições na construção da humanidade a fim de contribuir com a produção e a socialização do conhecimento científico, filosófico e artístico.

O coordenador do evento, Mateus Luiz Biancon, destacou que os resultados foram muito além do esperado. “A sétima edição da Joresp superou todas as expectativas. Com mais de 600 inscritos, reunimos estudantes, professores, profissionais da área da Saúde e Educação e demais interessados. A programação promoveu debates riquíssimos, com importantes reflexões sobre direitos das pessoas em relação aos seus corpos, às questões de gênero e à diversidade sexual, que contribuíram muito para a socialização dos conhecimentos sistematizados sobre a temática”, comentou.

Para o reitor da UENP, Fábio Antonio Néia Martini, a contribuição desse evento é enorme para a UENP e para toda a comunidade externa. “A UENP, com a Joresp, garante a promoção do debate sobre os direitos das pessoas e sobre a produção do conhecimento científico e o processo de humanização e transformação social. A Universidade deve ser um espaço de diversidade e inclusão, e este evento ressalta esse compromisso”, disse.

A conferência de abertura do evento “Gênero, Sexualidades e Direitos Humanos” aconteceu no dia 20 de setembro, no Conjunto Amadores de Teatro de Jacarezinho, e trouxe os professores Renan Quinalha, da Universidade Federal de São Paulo, e Claudia Ramos de Souza Bonfim, da Faculdade Dom Bosco, e o vice-presidente da Comissão de Diversidade da OAB de Maringá, Nathan Cavalheiros. Além disso, o público assistiu às apresentações culturais do Coral Popular da UENP, com a participação de Bru Barboza e Koutney Klose; do Grupo Cesarião; e dos dançarinos Eder de Brito, Ayana Lucas, Brenno Alexsander e Micahel dos Santos.

No sábado, 21, como parte da programação do evento, foi realizada a palestra e oficina de “Dança em sua vulnerabilidade”, com o professor Eder de Brito. A atividade aconteceu no Galpão Cultural Romano Nunes “Cabelo”, no Parque Universitário de Ciência, Cultura e Inovação da UENP. Já no domingo, 22, o Joresp apoiou a realização da Sexta Marcha Cultural da Diversidade ALGBTI+ de Jacarezinho, promovida pela ONG Núbia Rafaela Nogueira.

No quarto dia de palestra, dia 23 de setembro, além de apresentações de trabalhos, exposições de pôsteres e comunicações orais, os participantes acompanharam as palestras “LGBT o quê? Conhecendo a sigla LGBTQIAPN+”, de Adriane Morais, especialista em Comunicação, Diversidade e Inclusão nas organizações, e “Reflexos da Luta Antimanicomial na proposta do PET-Saúde 2024: inclusão e equidade”, com Adriano José Lopes, psicólogo e residente do PET-Saúde Equidade.

Além disso, foram realizadas as mesas redondas “Proteção Penas das Famílias Homoafetivas e das Pessoas LGBTQIAPN+: enfrentamento da discriminação e judicialização dos Crimes Homotransfóbicos”, com o delegado chefe da Polícia Civil, Emanuel Fernandes Monteiro de Almeira, o promotor de Justiça Titular, Bruno Fernandes Ferreira, a delegada chefe da Delegacia da Mulher, Caroline dos Santos Fernandes, e o advogado Luan Antunes, bem como a “Conversa sobre Arte, Filosofia e Ciência: a importância das ações da Universidade para com as pessoas LGBTQIAPN+”, com o diretor de Cultura da UENP, James Rios, o artista e ilustrador Édson Godinho; o presidente da ONG Núbia Rafaela Nogueira, Diego Babinski; e a representante do Grupo Mães pela Diversidade, Miriam Regina Marques de Sá Souza.

No último dia do Joresp, no período da tarde, aconteceram oficinas online e a mesa redonda “Reflexão sobre políticas de equidade de gênero, raça, etnia, saúde mental e inclusão de pessoas com deficiência – Projeto PET-Saúde”, com a professora Michelle Moreira Abujamra Fillis, que coordena o PET-Saúde na UENP, a professora Jéssica Kirsch Micheletti e o fisioterapeuta residente Gabriel Henrique Costa da Silva.

O encerramento do evento trouxe as palestras “Gênero, sexualidades e as pessoas autistas”, com o professor Pierpaolo Negri, da Universidade Estadual de Maringá, e “Direitos Intersexo: a importância do conhecimento”, com a fundadora e presidente da Associação Brasileira de Intersexos, Thais Emilia de Santos dos Campos. Também foi realizada a premiação dos trabalhos apresentados no evento e a apresentação cultural da Escola de Samba Acadêmicos do Capiau.