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Primeiros intercambistas da UENP voltam para casa

Terça, 05 Março 2013 13:23
(Da esq. para a dir.) Ana Rita Levandovski, Eliane Segati e Hiudéa Boberg, durante reunião  (Da esq. para a dir.) Ana Rita Levandovski, Eliane Segati e Hiudéa Boberg, durante reunião Tiago Angelo

Os primeiros alunos da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) que participaram do programa Ciência Sem Fronteira do Governo Federal desembarcaram no Brasil em fevereiro. Joice de Matos Consani e Bruno, do curso de Enfermagem do Centro de Ciências Biológicas (CCB) do Campus Luiz Meneghel de Bandeirantes, que faziam intercâmbio em Portugal e Espanha, respectivamente, retornaram às atividades da UENP com muitas histórias para contar e com um novo jeito de encarar o mundo. Após a experiência internacional, os estudantes incentivam outros acadêmicos a participar do Programa por se tratar de uma experiência única, como relatam. Outros três alunos da UENP ainda estão em intercâmbio em Portugal, Austrália e Canadá.

Na quinta-feira (28/2), os alunos participaram de uma reunião com a coordenadora geral do programa na UENP, professora Eliane Segati Rios Registro, com a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPG), Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg, e com a pró-reitora de Graduação (PROGRAD), Ana Rita Levandovski, na reitoria da Universidade. Durante o encontro, falaram da chegada ao país de destino, recepção da universidade, os problemas enfrentados, as viagens culturais, a importância do apoio do consulado, as pesquisas que apresentaram, participação em eventos, contato com professores, dentre outros assuntos.


Bruno voltou com fluência linguística em Espanhol e Catalão e muitas curiosidades sobre sua passagem pela cidade de Barcelona e outros sete países que teve oportunidade de visitar. Ele atribui a perda significativa de peso ao ritmo de vida que levava. Morando em um ponto da cidade entre a Universidade de Barcelona em que estudava e o centro clínico onde realizava seus estágios, Bruno iniciava os seus dias acordando às 5h para chegar, via metro e ônibus, ao estágio que se iniciava às 7h. Suas atividades só terminavam à noite após as aulas na Universidade.


Pelo esforço e dedicação, Bruno foi convidado a cursar seu mestrado e doutorado na Universidade. Sobre a crise financeira vivida pelo país, ele comenta que era ainda mais perceptível com os atendimentos domiciliares que prestava à população, mas ressalta: "Eles são bem centrados na educação, as cidades são bem limpas, tudo muito organizado, com leis muito rígidas como multar um pedestre que atravessa rua com o sinal vermelho". Quanto a participação no Programa, acentua: "Foi um crescimento pessoal muito grande para mim. Não é nada fácil no começo, o psicológico é afetado de maneira significativa. Mas vale a pena! Agora eu sei que as pessoas tem um limite, mas que também é possível transpor essa barreira".


Joice também viveu dificuldades parecidas com as de Bruno, além de ter sentido de perto a crise financeira enfrentada por Portugal. "No hospital em que estagiei, mandaram muitos enfermeiros embora por causa da crise", disse. Ela relata que, além do contato com os portugueses, conheceu pessoas de várias regiões do Brasil que estão no país europeu. Sobre as diferenças culturais, pontua: "As coisas são semelhantes, mas, ao mesmo tempo, muito diferentes. A cultura, a alimentação, o sotaque, o jeito de falar. De início, foi um susto e, ao mesmo tempo, tudo muito lindo, tudo muito novo".


A acadêmica brinca que a Joice que foi não é a mesma que voltou. "Você cresce muito e assume outro plano de onde passa a ver a vida. As dificuldades e as coisas boas só acrescentam. Parece que agora os problemas não são problemas", pontifica. Resumindo seus meses na Europa onde teve oportunidade de conhecer também a Espanha e a Itália, disse que "Foi incrível, único e maravilhoso. A cada dia, uma coisa diferente, todos os dias aprendia algo novo".


A professora Eliane Segati acentua a relevância do programa para o currículo como também para a formação cultural do estudante. "É muito gratificante recebê-los numa perspectiva tão positiva quanto ao Programa", disse. Ela partilha que: "Estou muito feliz e espero que muitos outros alunos da UENP possam ter a oportunidade de participar". A professora pontua que fazer parte do Ciência Sem Fronteira contribui também para o crescimento da Universidade pelas parcerias realizadas que trazem a possibilidade de estreitar lanços nos campos da pesquisa, pós-graduação e outros, entre as instituições envolvidas.

 

Última modificação: Quarta, 11 Setembro 2019 10:56
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