O arte-educador Gabriel Monteiro comenta ainda a profundidade alcançada por meio das reflexões realizadas. “Tem uma frase bem conhecida que diz ‘Deus é um geômetra’, e hoje a gente conseguiu ter esse contato muito profundo, que não é só cognitivo, não só racional e intelectual, mas sensitivo também”, disse. Gabriel ressaltou também a importância da Mandala como nova linguagem de conhecimento. “A Mandala representa uma nova linguagem, um novo conhecimento focado na força do pensamento, no poder da nossa mente.” completou.
Durante o dia todo, 20 pessoas participaram da oficina que contou com parte teórica, relatos de experiências, exercícios de meditação e dinâmicas que favorecem a autodescoberta. Bhaktiananda Das explica que a essência da Mandala está no circulo, na forma circular e que isso está presente na nossa vida o tempo todo. Ele cita como exemplo os olhos, o sol e a lua. “Os círculos possuem uma ação muito grande na nossa vida, tanto internamente como externamente. Por isso o trabalho com as Mandalas não é somente estética”.
Bhaktiananda Das, que mora há três anos no Templo Vrinda, de Florianópolis, comenta que a experiência em Jacarezinho foi muito satisfatória. “Eu sinto essa região do Norte Pioneiro como uma região de solo fértil, com muito potencial cultural e criativo, e, acima de tudo, um potencial de consciência, com jovens querendo algo substancial”, pontua. O trabalho realizado pelo artista há quase quatro anos se fundamenta na experiência que ele tem com a Mandala, com a filosofia Védica e com psicologia Youguiana.
Lucas Rodrigo de Mello, 23, estudante de Artes, ficou surpreso com a proposta que superou expectativas. “Eu achei que a gente iria apenas conhecer a Mandala, mas na verdade aprendemos mais sobre o nosso espírito, o não palpável”. Ele comenta que já fazia mandalas, mas que se sentia um pouco perdido. “Agora tenho um caminho, um rumo melhor. As técnicas, a marcação. É um macete bem mais fácil para se começar a produzir”.
Para Amanda Pereira Duarte, 21, foi muito positivo todo o processo de descoberta das Mandalas. “A oficina de hoje abriu minha mente. Foi muito bom. Senti uma elevação intelectual. Foi a primeira vez que fiz uma Mandala e vou continuar fazendo”. Marina da Silva de Moura, 62, disse que não esperava viver o que viveu durante a oficina. Ela participou de um exercício por meio do qual foi suspensa por quatro pessoas que usavam apenas um dedo de cada mão. “Eu sou tão pesada e eles conseguiram me levantar. Isso para mim foi inédito e mostrou o quanto o pensamento tem força”. O exercício é conduzido por Bhaktiananda Das que se fundamenta na perspectiva da concentração e do pensamento positivo para realização.