A produção de Donizetti apresenta, em grande profundidade, a angustia universal do homem, ainda que suas temáticas utilizem, às vezes, de símbolos locais de sua terra natal, conforme explica o curador da exposição, Marlon Silva. “Sua pintura de geometria informe e de colorido ácida, às vezes apresenta fortes grafismos, às vezes busca o equilíbrio. Mas o que sobressai são os contrastes, catástrofes e perversidades: sexual, religiosa, ecológica – problemas da atualidade”, salienta Marlon.
A pró-reitora de Extensão e Cultura, Simone Sabaini de Melo, ressaltou a ação da PROEC e o apoio da Reitoria na realização das atividades. “Com esta exposição, demos o primeiro passo rumo à construção de uma Universidade que tenha acesso as tendências culturais que se manifestam nas mais variadas expressões da Arte em nossa região”, ressaltou. O diretor de cultura da UENP, James Rios, salienta a importância da exposição para o desenvolvimento artístico do Norte Pioneiro. “Sabemos da necessidade de se promover ações como esta, que tem por finalidade contribuir para a dinamização do patrimônio cultural do Norte Pioneiro, garantindo à comunidade acadêmica e à comunidade externa, o acesso democrático aos bens culturais”, disse.
Sobre o artista
Nascido em Jacarezinho em 1959, Donizetti – como é conhecido por muitos, é graduado em Letras pela extinta Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, de Jacarezinho - hoje UENP. Na condição de artista, é de formação autodidata e, por isso, recebeu influência de diversos escultores, artesãos, pintores de cunho popular e acadêmico de sua cidade natal. Contudo, foi com o Salão de Artes Plásticas de Jacarezinho que o expositor iniciou a constituição de sua linguagem artística, uma vez que esse contato o introduziu, imediatamente, no universo da linguagem contemporânea do circuito de Artes Plásticas. Desse modo, o seu trabalho expõe com profundidade a vida e a angústia universal, ainda que suas temáticas fazem uso de símbolos locais.