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Segunda, 24 Julho 2017 18:33

A CUIA - Comissão Universidade para os Índios - aprovou edital do XVII Vestibular dos Povo Indígenas de 2017 que será organizado pela Comissão do Vestibular dos Povos Indígenas da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O período de inscrições segue até o próximo dia 31 de julho. As datas de realização das provas estão previstas para o mês de outubro deste ano, no município de Faxinal do Céu (Centro-sul). As Universidades Estaduais do Norte do Paraná (UENP) e de Londrina (UEL) estão realizando, de maneira conjunta, a divulgação do Vestibular nas aldeias do norte do Paraná.

O vestibular será aplicado em dois dias. No primeiro, programado para 1 de outubro (domingo), será reservado para a prova oral, quando o candidato é entrevistado por uma banca formada por dois profissionais voltados ao trabalho com a temática indígena e à diversidade étnica. No dia 2 de outubro (segunda-feira) será a vez da prova de redação e conhecimentos gerais.

Serão ofertadas seis vagas para cada universidade estadual do Paraná (UEM, UEL, UENP, UNESPAR, UNIOESTE, UNICENTRO e UEPG) e dez disponíveis na Universidade Federal do Paraná (UFPR), totalizando 52 vagas. A inscrição é gratuita, e deve ser realizada entre os dias 30 de junho a 31 de julho de 2017. A estimativa é que tenham em torno de 900 inscritos para esta edição.

Em última reunião, ocorrida em11 de maio, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), membros da Comissão Universidade para os Índios (CUIA) - com representantes das sete instituições estaduais e da UFPR - discutiram as políticas atuais de acesso e permanência dos povos indígenas nas instituições de Ensino Superior.

De acordo com o membro da Cuia UENP, Mateus Luiz Biancon, o grande desafio neste processo é manter as políticas públicas de inclusão e o processo de permanência dos povos indígenas nas instituições de ensino superior, pois "os alunos e alunas dos povos indígenas, no processo atual de relações sociais em que estão inseridos, entorno do modo em que produzimos a vida, apresentam cultura e linguagem diferentes entre etnias indígenas e não indígenas”, acentua. Ele acrescenta que “Nesse sentido, diante do modelo hegemônico atual, encontram dificuldades de qualificarem sua própria prática educativa e avançar na qualidade do seu processo formativo."

Ainda segundo o professor, é importante que os professores e professoras estejam atentos com o processo formativo desses estudantes indígenas, “oportunizando a socialização do conhecimento científico, filosófico e artístico, de modo a torná-las (os) críticas (os) ao compreenderem o processo em sua realidade e qualificarem sua prática social", concluiu.

Para mais informações, acesse www.vestibular.uem.br/indigena
Última modificação: Quarta, 02 Agosto 2017 09:09
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