João Carlos Gomes destacou que a operação regional desenvolvida durante duas semanas no Norte Pioneiro (23 de julho a 5 de agosto) se constituiu num projeto piloto que, já no próximo ano, deverá se estender a novas regiões do Estado. “A partir da experiência da UEPG, que havia promovido duas operações nos Campos Gerais, lançamos esse desafio de levar essa ação extensionista a um número maior de cidades, escolhendo o Norte Pioneiro, pelas demandas que apresenta nas áreas da saúde, educação e assistência social”.
“Vou levar essa proposta ao governador Beto Richa, de institucionalizar a Operação Rondon Paraná, com realização duas vezes ao ano, em janeiro e julho, aos moldes do Projeto Rondon Nacional”, disse o secretário, diante de um auditório de mais de 300 pessoas, entre prefeitos da região, autoridades universitárias e os 240 rondonistas que atuaram na ação regional no Norte Pioneiro. João Carlos Gomes percorreu as 10 cidades envolvidas e afirma que constatou em cada uma delas a relação de carinho da população com os rondonistas, além do envolvimento direto das prefeituras, dando suporte às ações programadas.
O prefeito de Jacarezinho, Sérgio Eduardo Emygdio de Faria, disse que os governantes têm a ciência das dificuldades enfrentadas pela população e a responsabilidade de buscar soluções para essas questões. “Nesses 15 dias vocês puderam conhecer esses problemas e sentir essa responsabilidade de tentar mudar uma realidade”, disse o executivo municipal, enaltecendo o entusiasmo dos rondonistas, que, nesse período, fizeram a diferença na atenção às comunidades do Norte Pioneiro e deram sua contribuição para a melhoria das condições de vida de muitas pessoas.
Em duas semanas, a Operação Rondon 2017 realizou mais de 1,2 mil oficinas, atingindo aproximadamente 37 mil pessoas. Além de Jacarezinho, os rondonistas aturaram em Barra do Jacaré, Cambará, Carlópolis, Conselheiro Mairinck, Joaquim Távora, Ribeirão Claro, Santo Antônio da Platina, Siqueira Campos e Wenceslau Braz. A UEPG, UENP e Unioeste contaram também com as parcerias da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – campi de Campo Mourão, Cornélio Procópio, Londrina e Ponta Grossa, Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage), Universidade Positivo (UP), Faculdade Paranaense (Fapar) e União dos Escoteiros do Brasil (UEB-PR).
A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) financiou a ação, por meio do Fundo Paraná, contanto também com o suporte da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). O presidente da empresa estatal, Mounir Chaowiche, agradeceu ao secretário João Carlos Gomes, pela oportunidade da parceria na empreitada da Operação Rondon. Para ele, ações como esta buscam despertar um outro lado dos profissionais em formação na universidade. “Despertam a atitude e o espírito humanitário do profissional que aprende a cuidar das pessoas com carinho e amor”.
O reitor da UEPG, Carlos Luciano Sant’Ana Vargas, também observou a mudança de comportamento dos estudantes, após essa imersão nas comunidades do Note Pioneiro. Ressaltou que essa mudança se mostra e se repete nos diversos relatos dos rondonistas, pela experiência do contato com a realidade social brasileira. Ele enfatiza a responsabilidade das universidades, públicas e privadas, na formação profissional e ética da juventude, que dever ir além da sala de aula. “Esses jovens têm a missão de superar crises e resgatar a confiança da população nas instituições”.
Fátima da Cruz Padoan, reitora da UENP, disse que esses 15 dias da Operação Rondon não se apagarão da memória dos estudantes e da população do Norte Pioneiro. Ela destacou o trabalho dos rondonistas como uma nobre missão e agradeceu o empenho e a dedicação no cumprimento e superação das metas propostas. Observou que nesta relação com a comunidade se estabeleceu uma dupla troca, na qual os universitários além de levar seus conhecimentos à população, receberam ensinamentos que vão levar para o resto de suas vidas. “Essa semente lançada sobre essa terra fértil nos dará bons frutos”, afirma.
O coordenador geral da operação, professor Mario Cezar Lopes, da UEPG, afirma que o Rondon é uma oportunidade de o acadêmico deixar a zona de conforto da sala de aula. “A sua passagem pela universidade é temporária e, na sua atuação profissional, deverá estar preparado para enfrentar realidades que vão além da teoria”. Na Operação Rondon 2017, ele destaca a importante participação da União dos Escoteiros do Brasil, contribuindo para a integração das equipes de diferentes instituições, a partir da filosofia do escotismo de desenvolvimento dos jovens como cidadãos úteis à sociedade.
Após as manifestações das autoridades, a cerimônia de encerramento da Operação Rondon 2017 transcorreu com a entrega de troféus aos representantes dos municípios e das instituições envolvidas. Em seguida, as equipes de cada cidade fizeram uma apresentação, simbolizando os 15 dias de atuação junto às comunidades do Norte Pioneiro. O congraçamento se completou com a apresentação da Bateria Capiau, da atlética do curso de Direito da UENP. Para encerrar, os rondonistas assistiram ao vídeo-documentário produzido pela equipe de Comunicação da Operação Rondon, que percorreu os 10 municípios alcançados pelo projeto.
O vídeo da Operação Rondon 2017 está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=hx5IrX9TvTM&feature=youtu.be