Japira, Ribeirão do Pinhal, Guapirama e Sertaneja receberam cerca de 70 rondonistas e 15 professores de quatro instituições de ensino superior: UENP, Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR - Campus Cornélio Procópio), Universidade Positivo, de Curitiba, e Faculdades Dom Bosco, de Cornélio Procópio. A operação foi iniciada em 22 de julho.
Durante as duas semanas, os estudantes realizaram oficinas nas áreas de Saúde, Educação, Cultura, Meio Ambiente, Direitos Humanos e Justiça, Comunicação, Trabalho, Tecnologia e Produção.
O coordenador geral da operação na região do Norte Pioneiro, professor Rui Gonçalves Marques Elias, destacou o êxito das ações extensionistas. “A Operação Rondon Paraná no Norte Pioneiro foi um sucesso. Mais de 150 oficinas foram realizadas nos quatro municípios atendendo a uma população de mais de 10 mil pessoas. Além disso, destaco a aprendizagem dos estudantes e a integração entre as equipes. Vivências que certamente eles levarão para vida toda”, ressalta.
Acadêmicos e professores das instituições de ensino superior envolvidas com o projeto puderam vivenciar o dia a dia e a realidade das comunidades locais do norte do Estado, aprendendo e levando conhecimento.
Formada em Ciências Biológicas pela UENP, Jamille Marques comenta a experiência da Operação Rondon nas duas semanas em que permaneceu no município. “Ser rondonista é se virar com o que tem, dormir no horário que der e ficar feliz com cada brilho no olhar das pessoas. Uma pintura no rosto de uma criança já é um gesto de atenção e carinho que pode fazer a diferença para ela, que nos recompensa com abraço, com afeto”, afirma a rondonista que esteve no município de Ribeirão do Pinhal.
Katherine Chao, estudante de Medicina da Universidade Positivo e rondonista em Japira, teve uma experiência inesquecível com uma idosa da cidade. “Atendi àquela mulher na praça e percebi que não seria suficiente. Então, fizemos exercícios na academia aberta da terceira idade e ela me convidou para conhecer sua casa. Conversei com ela, com seus filhos, soube de sua realidade, revisei seus remédios e escrevi uma carta para os médicos dela. Eu nunca vou me esquecer desse contato tão próximo”, relata.
A estudante de Fisioterapia da Faculdade Dom Bosco, Isabelli Caroline Pires, acredita que a vivência rondonista melhorou suas aptidões profissionais e sociais. “Eu, que nunca fui muito habilidosa em me relacionar com pessoas, estou percebendo a evolução que a operação me proporcionou, tanto no contato com os colegas de minha faculdade e da UTFPR, como a comunidade”, comenta a acadêmica que atuou em Sertaneja.
Gabriel Bobato é estudante de Medicina da Universidade Positivo e vê o contexto de sua formação se cruzar com a vivência do Rondon. “Nós viemos de uma realidade privilegiada. Por isso, viver o Rondon nos ajuda a ter mais empatia com o próximo, o que é fundamental para qualquer profissional. Quando as crianças vêm nos perguntar ‘como faz para virar rondonista?’, eu tenho certeza de que estamos fazendo um bom trabalho. Elas querem ser como a gente”, afirma após viver o Rondon em Guapirama.
Durante o encerramento da Operação, no PDE do Campus de Jacarezinho, os participantes se emocionaram ao assistir o vídeo institucional da Operação Rondon, produzido pela equipe Assessoria de Comunicação da UENP, que visitou os municípios. Também dançaram e cantaram ao som da Bateria Capiau do curso de Direito, que se apresentou no Auditório.
Para finalizar a solenidade, cada equipe teve alguns minutos para subir ao palco e realizar apresentações culturais que traduzissem a experiência vivida no Rondon. Os rondonistas compuseram paródias, poesias, danças e outras manifestações espontâneas por meio das quais puderam expressar a felicidade pela participação na Operação e saudade dos município que deixaram.
Estiveram no evento de encerramento a Pró-Reitora de Extensão e Cultura da UENP, professora Simone Castanho, também representando a reitora e o vice-reitor da universidade; o diretor de assuntos empresariais e comunitários da UTFPR-CP, professor, Felipe Haddad Manfio; o diretor de cultura da UENP, James Rios; o coordenador do Rondon da UTFPR-CP, professor Paulo César Paulino, e a coordenadora do colegiado de Odontologia da UENP, professora Sonia Merege.