Aberta no dia 5 de novembro no Campus Luiz Meneghel, de Bandeirantes, a IV Mostra de Arte Afro-Brasileira também foi realizada nos municípios de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Cornélio Procópio. Nas solenidades de abertura, apresentações culturais de música, teatro, dança e poesia movimentaram e convidaram o público a prestigiar o evento.
Foram expostas obras dos artistas Edmilson Donizetti do Nascimento, de Jacarezinho; Marina Moura, de Jacarezinho; Selma Fogiatto, de Jacarezinho, Jucelino Biaginni, de Jacarezinho; Joãozinho Caldeira, de Jacarezinho; Rodrigo Casteleira, de Maringá; Victor José Neli, de Londrina, Thiago Ezídio, de Cornélio Procópio, de Cornélio Procópio; e Clóvis Afonso Costa, (CACosta), da cidade de Ourinhos.
Escolas da rede pública e privada, além de outras instituições dos municípios da região Norte do Paraná visitaram os espaços da Mostra para visitas guiadas pelas estagiárias da Universidade. A professora Silvana Mara Francisquinho, do CEEBJA Profª Geni Sampaio Lemos, de Jacarezinho, comenta a experiência de levar a turma de estudantes para visitar à Mostra.
“Nos dias de hoje, é fundamental a exposição de arte afro-brasileira em espaços como este. Ainda existe preconceito, por isso é importante divulgar e conhecer para não discriminar. Para os alunos, este conhecimento é muito importante para desmistificar o racismo que existe. Ao visitar a mostra, eles têm a oportunidade de absorver este conhecimento de forma mais profunda”, afirma.
O estudante do CEEBJA, José Vinícius de Souza Oliveira, foi um dos estudantes a visitar à IV Mostra de Arte Afro-Brasileira UENP/Sesi. “São obras que representam a cultura indígena e afro-brasileira, que muitas pessoas julgam sem conhecer, sem saber da cultura do povo. São pinturas e esculturas que nos fazem pensar e mostrar que todas as pessoas devem ser tratadas por igual”, comenta.
A estagiária do Museu Sacro Histórico Dom Ernesto de Paula, de Jacarezinho, Ana Paula, guiou algumas das visitas realizadas à Mostra. Ela analisa as reações do público e o peso do evento para a comunidade. “Muitas pessoas chegam à mostra com receio, porque reconhecem as figuras do Candomblé, tão demonizadas pelo preconceito. Mas, após a explicação, quando saem, muda a expressão. O receio vira respeito. É fundamental que mais contatos como este continuem sendo promovidos para quebrar mitos e combater o racismo”, relata.
Para o diretor de cultura da UENP, James Rios, a Mostra cumpre com seu objetivo. “Conseguimos ampliar os esforços já realizados nos primeiros anos deste evento. Ela cumpre com o objetivo de ser um espaço de resistência e oportunidade para a comunidade negra apresentar seus trabalhos. Ela também faz com que a população e a comunidade acadêmica reflitam sobre as relações étnico-raciais por meio da arte”, finaliza.