Durante a crise sanitária, os atendimentos psicológicos do NASP, que antes eram realizados presencialmente, passaram a ocorrer de forma online. De acordo com a coordenadora do projeto, a pró-reitora de Extensão e Cultura, Simone Castanho Sabaini de Melo, no período de outubro de 2020 a outubro de 2021, o NASP realizou cerca de 1900 atendimentos, oferecendo apoio psicológico a 158 pessoas. Em relação aos dados anteriores à pandemia, foi constatado um aumento de 11,42% no número de atendimentos.
Simone comenta que o aumento nos atendimentos durante a pandemia se deu pela propagação de conteúdos sobre saúde mental nas redes sociais, o que tem rendido um bom acolhimento do público da Universidade e da comunidade externa. “Na mesma esteira, os atendimentos online também passaram a ser uma realidade: preocupados com distanciamento social, os atendimentos remotos, salvo as limitações interpostas pela própria condição, permitiram que o público assistido tivesse a oportunidade de continuar sendo atendido em um momento tão delicado”, acrescenta.
A psicóloga do projeto de extensão, Paula Welter, destaca a importância do NASP no meio acadêmico. Segundo a profissional de saúde, há muitas demandas que, frequentemente, podem gerar angústias e ansiedade em seus integrantes, as quais podem contribuir para o acometimento de diferentes transtornos psicológicos. “Ter um projeto como o NASP na Universidade é fundamental para possibilitar o cuidado com saúde mental no meio acadêmico a muitas pessoas que, de outras formas, não teriam acesso a este tipo de serviço, contribuindo, assim, para a manutenção da qualidade de vida de seus integrantes”, comenta.
Além da propagação de conteúdos nas redes, o aumento dos atendimentos, segundo a integrante do projeto, também foi impactado pelas mudanças nas relações pessoais por conta do atual contexto. “Seria equivocado não levar em consideração o contexto atual da sociedade no que diz respeito aos transtornos mentais, uma vez que houve uma mudança muito drástica nas relações interpessoais e nas formas de ensino-aprendizagem. Há muitas queixas em relação a como o ensino a distância foi imposto tanto para docentes quanto para discentes e isso gera muitas angústias e ansiedade”, destaca Paula.
Outro ponto importante para a psicóloga foi a divulgação dos serviços do NASP por parte dos próprios usuários, que comentavam com os colegas da Universidade a respeito dos atendimentos gratuitos, resultando no aumento da demanda do projeto. Para solicitar atendimento, os membros da comunidade acadêmica devem enviar um e-mail para o endereço , contendo nome completo, comprovante de vínculo com a UENP e os horários de disponibilidade.
Sobre o NASP
Criado em 2018 pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) da UENP, visando a melhoria da qualidade de vida da comunidade acadêmica e a proteção à saúde, o NASP é um importante projeto de extensão que visa a construção da saúde mental no cotidiano, destaca a coordenadora Simone Castanho. “Além de atendimentos psicológicos, a iniciativa promove ações psicoeducativas nas escolas públicas de ensino médio e a disseminação de conteúdos sobre saúde mental nas redes sociais”, finaliza.
O projeto é aprovado pelo programa Universidade Sem Fronteiras (USF) e conta com a participação de duas psicólogas, Paula Welter e Natália Sanches, e um psicólogo residente, William Kenji Maruyama, que são responsáveis pelos atendimentos, além da bolsista graduanda Carla Costa, responsável pela divulgação do projeto nas redes sociais, informativos e desenvolvimento do trabalho com a comunidade externa através de oficinas para estudantes de ensino médio nas três cidades dos campi da UENP.