A visita foi conduzida pelo professor de História do Centro de Ciências Humanas e da Educação (CCHE), Luís Ernesto Barnabé, que também coordena o projeto “PROPET Laboratório de Estudos do Império Romano: ensino, pesquisa, extensão”. “A equipe PROPET – LEIR participou de uma programação extensa estabelecida pelo Laboratório de Estudos do Império Romano (LARP) durante os dois dias de visita”, destacou o coordenador.
Na USP, o grupo foi recebido pela coordenadora do Serviço Educativo do MAE Maria Isabel D'Agostino Fleming. Na segunda-feira, os discentes participaram de uma oficina com o tema “Laboratório: introdução aos estudos de cultura material. Exercício com o acervo de lamparinas gregas, helenísticas e romanas”. Além disso, puderam acompanhar uma dinâmica com artefatos de até 2,5 mil anos de idade dispostos em uma bancada.
Após a análise do desenvolvimento das técnicas e estilos em trabalhos cerâmicos foi possível fazer um ordenamento cronológico das peças. Para o estudante Nicolas, a experiência foi marcante. “Poder tocar nas lamparinas foi incrivelmente didático, aprendemos tantos detalhes sobre elas de maneira tão cativante”, observou.
Outra oficina, conduzida pelo integrante do Serviço Educativo MAE, Maurício André da Silva, discutiu o campo da educação museal para futuros profissionais. Os visitantes também conheceram o setor de reserva técnica do museu e a exposição “Resistência já! Fortalecimento e união das culturas indígenas Kaingang, Guarani Nhandewa e Terena”, um trabalho colaborativo entre o MAE e os grupos indígenas. No final, foi apresentado o kit educativo de arqueologia do mediterrâneo aos participantes.
Na terça-feira, 29, o LARP apresentou atividades e pesquisas no âmbito técnico-educativo. Matheus Morais Cruz tratou do escaneamento de artefatos e impressões 3D, e de jogos virtuais, como “O último banquete em Herculano” e “Domus”, sendo este último uma experiência em realidade virtual, com óculos 3D. Segundo a discente Beatriz Seletti, o contato com os jogos virtuais demonstrou um enorme leque de possibilidades. “Além de conectar diferentes áreas que convergem para o objetivo final em sala de aula, com certeza expandiu nossa criatividade” disse.
A última atividade foi conduzida por Júlia Anversa. A especialista abordou enfoque na cultura material em práticas educativas com os materiais produzidos: Maquetes táteis de arqueologia brasileira, kit educativo de arqueologia e etnologia, e kit educativo africano e afro-brasileiro. Para a estudante Maria Eduarda Santos, foi uma experiência enriquecedora. “Essas atividades me fizeram repensar formas mais criativas e acessíveis de ensinar em sala de aula”, avaliou.
O coordenador Luís Ernesto Barnabé agradeceu aos colaboradores e apoiadores que tornaram possível a visita. “Obrigado ao Programa de Apoio à Educação Tutorial Pesquisa – Ensino - Extensão (PRÓ-PET) da Fundação Araucária, pela oportunidade de desenvolver o projeto, à PROGRAD e PROAF pelo empenho em viabilizar a visita técnica e especialmente ao MAE pelas atividades”, concluiu.