Fábio Pires, aluno do 3º ano de Geografia do Campus de Cornélio Procópio, passou oito meses e 10 dias em Coimbra, Portugal, onde cumpriu quatro disciplinas das sete em que se inscreveu. "O maior desafio foi me adaptar a bibliografia que era em outro idioma, já que não domino o francês," pontua.

Daniela Licka, aluna do 3º ano de Fisioterapia do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Campus Jacarezinho, embarcou com destino a Adelaide, na Austrália, onde ficou um período de 10 meses. Daniela foi aprovada nas três disciplinas na qual se inscreveu: Nutrição e Metabolismo, Psicologia e Japonês. Antes de iniciar o curso, ela foi contemplada com um curso de inglês, por 15 semanas. "O curso me ajudou na ambientação em relação aos procedimentos da faculdade também", disse.

Dentre as políticas do programa, inclui a estada dos estudantes na casa de famílias ou, se a universidade possuir, em repúblicas estudantis. Daniela ganhou uma nova família. "Morei com uma senhora, um cachorro e um gato durante todo esse tempo". Já Fábio teve que se adaptar a uma república feminina. "Nessa república tinha um andar, em que só tinham estrangeiros. No fim, acabei me tornando representante da residência, algo inédito de estudantes de mobilidade internacional", destacou.

Daniela resume a experiência dela. "Voltei autoconfiante, mais independente. O intercâmbio contribuiu muito para minha vida pessoal e, com certeza, contribuirá com o lado profissional", comemora. Daniela aproveitou de todas as formas. "Ganhei um novo círculo de amigos. Viajei para cidades vizinhas, fui a praia, cinema, museu. Tudo marcou minha história", conclui.

Fábio declara que voltou mais brasileiro ainda. "Nada substitui o Brasil. Mas, a experiência foi enriquecedora. Aprendi muito e aproveitei para visitar vários pontos turísticos", salientou. Na oportunidade, ele foi conhecer a Itália. "Participei de uma audiência geral do Vaticano", diz.

Durante uma reunião para apresentar os resultados que os dois obtiveram e para avaliar a situação deles em relação aos respectivos cursos com o Parfor, o reitor da UENP, Eduardo Meneghel Rando, parabenizou os alunos pela confiança no Programa. "O Ciência Sem Fronteiras possibilita, além do conhecimento técnico, a oportunidade de conhecer novas culturas e aperfeiçoamento de outros idiomas", acentuou.

Ciências Sem Fronteiras

O programa Ciências Sem Fronteiras é uma parceria dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

William Bilches