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A exposição “Submundo Carlão Grafiti” abrirá a programação do aniversário de um ano do Parque Universitário de Ciência, Cultura e Inovação da UENP, nesta terça-feira, 13 de junho, a partir das 9h30. O trabalho do artista cambaraense, Carlos Henrique Floriano, mais conhecido como Carlão, ficará em cartaz na sala expositiva do Museu de Arte e Cultura Popular do Norte do Paraná, que está instalado no Parque, até o mês de agosto em comemoração à data festiva. A visitação é gratuita.

Registros fotográficos dos carnavais de Jacarezinho, alegorias e fantasias carnavalescas, além da famosa guerra de confetes, são algumas das atrações da exposição “Minha terra que delícia, quantos carnavais”, em cartaz no Museu de Arte e Cultura Popular do Norte do Paraná, que completa, em julho, um ano de existência. Neste 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, o Museu da UENP celebra a data se consolidando como um dos principais equipamentos culturais de Jacarezinho e região. O espaço museológico está instalado no Parque Universitário de Ciência, Cultura e Inovação da UENP.

O Museu Dom Ernesto de Paula, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), irá expor, de 27 de maio a 7 de junho, um acervo de fotografias que registra o processo de colonização e povoamento da região norte do Paraná, sob a perspectiva do engenheiro George Craig Smith. O Museu está localizado no Centro de Jacarezinho.

Uma reunião realizada na quarta-feira, 7, discutiu, inicialmente, uma parceria entre a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Prefeitura de Jacarezinho, com a Fazenda Califórnia, situada no município. A iniciativa busca a realização de um projeto conjunto para viabilizar a organização de um museu na fazenda, além de uma rota turística, para visitação de grupos escolares e universitários.

O curso de Geografia do Centro de Ciências Humanas e da Educação (CCHE), da UENP, Campus de Cornélio Procópio (CCP), desenvolve projeto de catalogação e documentação dos artefatos existentes no acervo que pertenceu ao Museu Arqueológico da Faficop. O trabalho de recuperação e catalogação está sendo feito pelos acadêmicos Fábio José Pires e João Paulo Pucca, com supervisão e orientação do professor-mestre Ricardo Aparecido Campos, do Laboratório de Geografia Física.

Até o momento, foram identificados e catalogados 64 artefatos que apresentaram semelhança com imagens encontradas em levantamentos bibliográficos. Dentre os objetos estão: cinco pilões "pedra martelo", quatro raspadores, seis machados, um instrumento de sopro, feito com fragmento de osso polido, sete colares de dentes de animais e dez de vértebras de peixe, sete fragmentos de cerâmica tupiguarani, com tratamento corrugado, e outros dois com pintura vermelha e preta sobre engobo branco, além de outras cinco com decoração típica da tradição neo-brasileira, com inciso.

O maior objetivo do grupo é a criação do Museu de Geociências da UENP, que possibilitará a manutenção adequada dos artefatos e intercâmbio com outras instituições, enriquecendo o conhecimento dos artefatos e propiciando o desenvolvimento de estudos e pesquisas no campo da ciência arqueológica. O professor Ricardo Aparecido acentua que "Trata-se de uma tarefa hercúlea, considerando a grande quantidade de peças, mas o registro do acervo permitirá a execução de novas análises e de possíveis correlações com outros materiais".

Ricardo informa que há também no acervo alguns crânios incompletos, mas que a grande maioria das peças é constituída de artefatos de pequeno porte - fragmentos de ossos, de cerâmicas e material lítico. O professor comenta que as condições de acesso e armazenamento do acervo eram muito precárias e que, com a execução do projeto, o material será disponibilizado para pesquisas e para toda a comunidade.
O registro de todos os artefatos será feito em três passos: primeiro, a identificação de cada peça; em seguida, será procedido à catalogação, com limpeza, registro escrito, digital e fotográfico, e, finalmente, as peças e os dados coletados serão acondicionados em arquivo físico. O professor ressalta que a identificação parcial está sendo realizada com muita dedicação e esforço por meio de literatura especializada, trabalho de campo em sítios arqueológicos e visitas a museus de arqueologia e de história natural. "Mesmo artefatos que não apresentarem sinais evidentes e característicos de trabalho humano ou que, inicialmente, não puderem ser identificados, serão submetidos ao processo de registro", explica Ricardo.

Museu 

A quase totalidade do material em recuperação pertenceu ao extinto Museu de Arqueologia da Faficop, instalado em 1976 pelo professor Darci Ribeiro da Silva, diretor da instituição na ocasião, que tinha um acervo de mais de seis mil peças, a maioria oriunda de sambaquis do litoral paranaense pesquisados pelo professor José Wilson Rauth, um dos maiores expoentes da arqueologia paranaense. Nomeado coordenador do recém-criado Gabinete Arqueológico da escola, ao professor Rauth competia catalogar o material, realizar pesquisas nos diversos sítios arqueológicos da região (projeto com duração prevista de três anos), manter correspondência científica com universidade brasileiras e estrangeiras e publicar semestralmente uma revista especializada. Porém, dois anos depois, a saúde do professor debilitou-se e ele se afastou para tratamento em Curitiba, não mais retornando.

O museu ocupava uma sala de aulas da Unidade Centro - na época, carente de espaço - e, com a ausência do professor Rauth, não tendo outro profissional para pesquisar e coordenar as atividades, foi transferido para um depósito e, com isso, parcialmente destruído pela infiltração de águas de chuva, perdendo-se os registros catalográficos e grande parte do material bibliográfico.

Por conta disso, existe grande quantidade de artefatos no Laboratório de Geografia Física, relata Ricardo, sem condições de catalogação completa, pois não trazem identificação do local de coleta. "É praticamente impossível determinar onde foram encontrados alguns artefatos, apenas sabendo-se, com certeza, em alguns casos, que são do litoral do Paraná".