A tese, "Segmentação do Conteúdo e Estimativa do Fundo por Morfologia Matemática em Cor da Primeira Bíblia de Gutenberg", buscou restaurar as páginas da Bíblia de Gutenberg deterioradas com o tempo e segmentar o conteúdo importante das páginas através do uso da Morfologia Matemática em Cor, sendo esse processo realizado de forma computacional automática.
Sgarbi explica que para a realização do trabalho, a Base de Dados, composta de 1282 imagens digitalizadas, foi adquirida do Museu de Mainz, da Alemanha. "Até o presente momento, não há registros de trabalhos que manipularam as imagens da Bíblia de Gutenberg, sendo este o primeiro a processar as imagens, restaurando as páginas deterioradas com o tempo, retirando o fundo amarelado do papel de forma automática", explica Sgarbi.
O professor destaca ainda que a inovação do trabalho consiste também em empregar a Morfologia Matemática em Cor, utilizando os vários espaços de cor e suas ordenações, pois, segundo ele, não há um consenso no uso da Morfologia em Cor, mas somente para Morfologia em Níveis de Cinza e Binária, que são outros tipos operações morfológicas com enfoque diferenciado sobre o objeto.
De acordo com professor, atualmente só há 48 exemplares da Bíblia impressa por Gutenberg, todas em Museus. "A Bíblia de Gutenberg tem um valor histórico muito grande por ser uma obra que revolucionou a Imprensa", lembra. Sgarbi ressalta que, com os estudos, "Foram obtidos ótimos resultados no âmbito de segmentação do conteúdo das páginas da Bíblia, mostrando a viabilidade de trabalhar com documentos antigos e a inovação de geração de imagens ideais para quantificação dos resultados através de imagens sintéticas, reproduzindo as imagens ideais da Bíblia de Gutenberg". Sgarbi teve como orientador o professor-doutor Jacques Facon da PUCPR.