Durante a manhã, os convidados estrangeiros receberam as boas vindas da Coordenadora de Relações Internacionais da UENP, professora-doutora Eliane Segati Rios Registro e do Diretor de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, professor-doutor Marcos Augusto Alves da Silva. Depois, ambos os professores falaram sobre suas experiências nos estados de Nebraska e Mississippi, bem como descreveram as pesquisas realizadas em seus departamentos. Kruger e Reynolds também deram detalhes aos alunos do curso de Agronomia da UENP sobre as possibilidades de internacionalização em suas respectivas instituições.
Estavam presentes no auditório alunos da graduação e do Mestrado em Agronomia, em especial os acadêmicos envolvidos com o Núcleo de Investigação em Tecnologia de Aplicação de Agroquímicos e Máquinas Agrícolas (NITEC), objeto de pesquisa dos professores Rone Batista de Oliveira e Greg Kruger.
No momento seguinte, Kruger e Reynolds foram convidados ao Laboratório do NITEC para conhecer as instalações e pesquisas realizadas no local. Examinaram com atenção alguns dos aparelhos montados e desenvolvidas para simular, testar e examinar a aplicação de agroquímicos em plantações agrícolas. Os alunos do Núcleo também tiveram a oportunidade de expor em inglês as pesquisas aos pesquisadores americanos.
Para o diretor do NITEC, Rone Batista de Oliveira, a aproximação com pesquisadores dos EUA já está dando resultado. “Já estamos viabilizando duas bolsas para que nossos estudantes possam ir para os Estados Unidos em janeiro e ter a experiência de como é feita a pesquisa lá. Isso certamente mudará a concepção de mundo destes estudantes, tornando-as pessoas melhores. Temos desenvolvido pesquisas e elevando nossos padrões. Nosso interesse pelo conhecimento torna-se um atrativo para as instituições estrangeiras, e na área da Agronomia, as Universidades americanas têm tido grande interesse em pesquisas no Brasil”, relata.
O professor de Nebraska, Greg Kruger, reafirma a parceria com a UENP. “Acredito que esta não será a última vez que eu virei para cá”. E acrescenta: “há desafios e oportunidades. Vocês contam com uma grande equipe. O equipamento de pesquisa é diferente, mas é uma estrutura fantástica, com a qual pode ser feito muito no que diz respeito à tecnologia de aplicação. Este foi um contato de fluxo duplo de conhecimentos, nos quais também tomamos contato com experiências bem sucedidas da UENP que podem ser replicadas em nossos laboratórios. Creio que este tenha sido o primeiro passo de uma colaboração de longa data”, pontua.
Para o professor Daniel Reynolds, o intercâmbio com universidades brasileiras pode servir para aprimorar processos em ambos os locais. “Na experiência agrícola americana houve erros e acertos em relação ao controle de ervas daninhas e o uso de pesticidas com os quais nós pesquisadores aprendemos muito. Queremos promover os acertos evitar que os demais pesquisadores caiam nas mesmas falhas. Este intercâmbio facilita muito a troca de conhecimentos e experiências positivas e negativas”, comenta.
Um dos alunos que expôs sua pesquisa aos professores estadunidenses foi o mestrando João Victor Oliveira. “Não apenas em termos de cultura, mas também conhecimento e tecnologia, as características americanas são relacionadas às nossas, mas bastante diferentes. Durante esta manhã, eles nos deram dicas interessantes de ações que eles realizam por lá, mas nós também demos insights relevantes para que eles apliquem em suas pesquisas. Desse jeito, conseguimos promover um crescimento colaborativo dos dois lados”, afirma.