Segundo os apontamentos da pesquisa, na maioria dos municípios de pequeno porte, não há estruturação dos serviços para o atendimento do homem. No município de Bandeirantes (PR), por exemplo, a pesquisadora constatou que 75% dos homens com alteração da pressão arterial não haviam sido diagnosticados, previamente, com hipertensão. No mesmo estudo, Natália concluiu que 7% dos homens, acima de 40 anos, estavam com alteração na próstata.

Natália comentou sobre o resultado de sua pesquisa e problematizou sobre as políticas de atendimento. “O atendimento ao homem ainda é desarticulado nos postos de saúde e os atendimentos se caracterizam pelos serviços assistenciais. Diante desse fato, é preciso estruturar os atendimentos em rede, capacitar os profissionais de saúde e promover atendimento em horários alternativos para conseguir promover a atenção básica e prevenir complicações de saúde”, avaliou.

A saúde do homem no Brasil

A pesquisadora apontou ainda que, no Brasil, não há ações de políticas continuadas voltadas à população masculina na faixa etária dos 20 aos 59 anos. As atividades direcionadas aos homens, nesse caso, são pontuais, com pouca articulação com as diretrizes propostas pela Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH), do Ministério da Saúde. Mais informações sobre a pesquisa podem ser acessadas no Museu Dinâmico Interdisciplinar da UEM.