Alta tecnologia de nova casa de vegetação da Agronomia aumentará qualidade de experimentos

Quarta, 24 Mai 2023 09:36 por Editor da Comunicação Social
Permitindo o controle de temperatura, umidade e irrigação, a casa de vegetação amplia as possibilidades de pesquisa e aumenta a qualidade dos experimentos Permitindo o controle de temperatura, umidade e irrigação, a casa de vegetação amplia as possibilidades de pesquisa e aumenta a qualidade dos experimentos

O Programa de Mestrado em Agronomia (PPAGRO) da Universidade Estadual do Norte do Paraná passou a contar, há pouco mais de um mês, com um espaço de pesquisa e desenvolvimento de projetos: uma casa de vegetação climatizada. O novo espaço, de alta tecnologia, ampliará as possibilidades na realização de experimentos, pois permite o controle de temperatura, umidade e irrigação.

O coordenador do PPAGRO, professor Oriel Tiago Kölln, explica que há diferentes modelos de locais para o crescimento de plantas e que a casa de vegetação é mais um desses. “A principal diferença é o controle de temperatura e de umidade que esse modelo proporciona. Aqui, ficamos com a temperatura entre 25º C a 32º C e a umidade fica em torno de 50% a 70%. Isso é possível graças a um sistema PAD-FAN, sistema de resfriamento evaporativo do ar, tipo painel-exaustor, baseia-se em um processo de umidificação que consiste em forçar, por meio de exaustores, a passagem do ar externo através de um painel de material poroso umedecido com água. Essa é uma das grandes vantagens desse tipo de estrutura, ter esses controles. A qualidade dos experimentos aumenta muito”, frisa.

Na estrutura, há uma antecâmara utilizada para isolar a área principal da entrada de insetos ou doenças. O local serve também para realizar algum tipo de preparo anterior ao deslocamento do experimento para a casa de vegetação. O painel de controle permite a regulagem da temperatura, da umidade e da irrigação, que é realizada de forma automática, programada para horários específicos. Na área principal, uma das paredes é composta por uma espécie de colmeia, utilizada como uma das formas de controle de umidade; as demais são paredes de dupla cortina, que ficam cheias de ar para não ocorrer a entrada de temperatura ou excesso de calor pelas paredes. Além disso, na casa de vegetação também há cortinas no teto, que são utilizadas em épocas de muita radiação e insolação.

“Esse modelo de casa de vegetação vai contribuir significativamente para as pesquisas. A prioridade de utilização é para o Mestrado em Agronomia, mas, quando tivermos espaços ociosos, vamos colocar experimentos da graduação também, de trabalhos de conclusão de curso e de iniciação científica, tanto do curso de Agronomia quanto dos demais, de medicina veterinária, ciências biológicas”, destacou.

Na área principal, estão dispostas 12 mesas para experimentos. Atualmente, duas estão em uso com um experimento do Mestrado em Agronomia, realizado pela discente Amanda Lídia com diferentes espécies de sorgo granífero, sob orientação da professora Flávia Debiagi e coorientação do professor Oriel. “Esse projeto está em fase inicial, mas, sem essa casa de vegetação, não seria possível realizá-lo nessa época do ano por conta das condições climáticas”, comenta o professor. Segundo Oriel, nos próximos dias o espaço deve receber mais um experimento do mestrado e alguns trabalhos da graduação.

Para a construção da casa de vegetação, foram investidos R$205.900,00 por meio do Fundo Paraná. “Temos que agradecer e dar mérito aos envolvidos nesse projeto. Primeiramente a SETI, por meio do Fundo Paraná, que nos proporcionou os recursos, a equipe da PROPAV e a UENP. Aqui, faço um agradecimento especial ao professor Bruno Galindo, pró-reitor na época, que mediou e nos orientou na elaboração desse projeto, e a equipe da PROPAV pelo auxílio na aquisição desse bem para a pesquisa aqui do Campus Luiz Meneghel. Esse espaço vai trazer muitos frutos para os nossos mestrandos, professores e pesquisadores deste Campus”, destacou Oriel.

Última modificação: Quinta, 25 Mai 2023 08:52
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