DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

Ementa

O objetivo desta disciplina é abordar questões relacionadas à Teoria da Democracia, compreendida como procedimento e substância, as relações da democracia com constitucionalismo, discutindo as relações do direito com a política, e a separação de poderes no Estado contemporâneo. Pretende ainda, apresentar as teorias deliberativas e teorias agregativas, bem como as críticas que lhe são dirigidas, finalizando com questões do constitucionalismo popular e teoria dos direitos fundamentais, bem como com o problema da concretização dos direitos humanos e fundamentais.

Referências Bibliográficas

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JUSTIÇA E ALTERIDADE

Ementa

A disciplina pretende abordar as teorias da justiça a partir da ética da alteridade, como paradigma de uma eticidade pós-convencional crítica, como abertura para o cuidado do outro-que-si-mesmo, que rompe a obstinação do ser e se abre para a ordem do humano. Serão abordados temas relacionados à fenomenologia contemporânea do direito e a afirmação da alteridade como possibilidade de justiça.

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PROCESSO, DEMOCRACIA E CONSTITUCIONALISMO

Ementa

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DIREITO E IDEOLOGIA: CONTROLE E SUBJETIVIDADE

Ementa

Analisar o Direito como instrumento coercitivo de controle social, por meio da ideologia e da administração dos corpos; revelar os discursos da dogmática penal ao longo da história que legitimaram a sujeição dos corpos; avaliar as políticas públicas hodiernas no contexto da biopolítica e controle dos corpos e subjetivação.

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TEORIA CRÍTICA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Ementa

A partir de perspectivas teóricas do direito e da ciência política, a disciplina objetiva tratar do tema das políticas públicas, abordando o neo-marxismo, a teoria da escolha racional, o pluralismo e o elitismo, além das abordagens cognitivas, para consolidar um marco teórico para a teoria crítica das políticas públicas. Abordará ainda questões relacionadas à repartição das competências federativas, e estudos de caso, que possibilitem analisar comparativamente o desenvolvimento de políticas públicas setoriais.

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RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL DO ESTADO E DIREITOS HUMANOS

Ementa

A disciplina busca uma abordagem crítica sobre a responsabilidade internacional dos Estados-Nação nos meios jurisdicionais e não jurisdicionais, tanto em nível regional, como global. O processo de globalização é acelerado e o homem perdeu seu instinto espacializado e os Estados já não conduzem seus assuntos de modo privado-soberano, o que nos faz caminhar e depender cada vez mais de instrumentos de governança global para o incremento do âmbito de proteção dos direitos humanos. A fragmentação da sociedade em diferentes subsistemas sociais especializados faz crescer a importância do diálogo da constituição interna e as Cortes Internacionais. Os fenômenos como a constitucionalização do direito internacional dos direitos humanos e do direito comunitário permitem a reponsabilidade internacional do Estado pelas violações aos direitos humanos. A “international bill of rights” assume nitidamente um papel desempenhado pelas constituições internas na tutela de direitos fundamentais. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais externaram os direitos consagrados pelo constitucionalismo ocidental e os erigiram contra o estado, para tutela do novo. Em nível regional, a Comissão e a Corte Interamericana surgem com um papel importante. O artigo 103 da Carta da ONU firma, a primazia de suas obrigações sobre as demais obrigações internacionais, e constitui, para resguardo das disposições, um órgão jurisdicional internacional. O artigo 56, por sua vez, exige que os estados atuem, em conjunto ou separadamente, em cooperação com a ONU, para a promoção dos direitos humanos. Por isso é possível afirmar que os artigos 55 e 56 estabelecem autênticas obrigações jurídicas em relação aos direitos humanos tanto para a ONU como para os estados-membros. A Corte Internacional de Justiça em opinião consultiva sobre a administração da Namíbia pela África do Sul, afirmou que política do apartheid implantada pela África do Sul violava as obrigações assumidas em relação à Carta. A Declaração Universal dos Direitos Humanos marca o início do processo de redução progressiva do âmbito de reserva exclusiva de soberania do estado, porque coloca o ser humano como ente universal. Assim, a proteção e a promoção dos direitos humanos deixam de ser tarefa exclusiva do direito constitucional interno, havendo uma redefinição com a responsabilidade do Estado e das pessoas. Nos instrumentos normativos e nas decisões de órgãos de jurisdição internacional, como o Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, a Corte Europeia de Direitos Humanos e a Corte Africana de Direitos Humanos e dos Povos, e de órgãos internacionais quase jurisdicionais contribuem para delinear o âmbito de proteção dos direitos humanos. Os sistemas global e regional de direitos humanos surgem como novas opções.

Referências Bibliográficas

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEMOCRÁTICA E EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Ementa

A partir do postulado do Estado Democrático de Direito, essa disciplina busca enfrentar os fundamentos e as consequências da aplicação dos direitos fundamentais na Administração Pública bem como os mecanismos atuais de participação popular na função administrativa. Nesse contexto inclui-se a investigação em torno da releitura dos institutos próprios do direito administrativo à luz dos direitos fundamentais, o debate sobre a legalidade administrativa stricto sensu, a responsabilidade do descumprimento de tais normas pela Administração Pública e as interseções entre participação popular e controle social nessa área.

Referências Bibliográficas

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DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

Ementa

Em razão do fato de que a implementação dos direitos humanos não depende exclusivamente da atividade jurisdicional, essa disciplina busca investigar como a prática cotidiana de educadores nos diversos níveis de ensino pode colaborar com a incorporação de valores que norteiam uma sociedade mais justa e democrática. Nesse contexto, será abordado o papel da escola/universidade no processo educativo em direitos humanos bem como a definição de experiências pedagógicas potencializadoras dos direitos humanos em contextos plurais.

Referências Bibliográficas

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CANDAU, Vera Maria Ferrão ; LUCINDA, M. C. ; GUERSOLA, Marilena Varejão ; SACAVINO, Susana ; ANDRADE, Marcelo . Somos todos iguais? Escola, discriminação e educação em direitos humanos.

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MOREIRA, Antônio Flávio (Org.) ; CANDAU, Vera Maria Ferrão (Org.) . Multiculturalismo, Diferenças Culturais e Práticas Pedagógicas. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2012. 245p .

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DIREITO CONSTITUCIONAL COMPARADO

Ementa

Natureza interdisciplinar do direito constitucional comparado. Métodos e utilidades do direito constitucional comparado. Constitucionalismo Lusófono. Solidariedades horizontais e cultura Sul-Sul. Arquitetura institucional dos países de língua portuguesa (organização do estado e separação de poderes). Justiça e exclusão em países lusófonos. Ações afirmativas e a vida dos direitos. Tópicos de jurisdição constitucional comparada.

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FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO

Ementa

Formação do pensamento social brasileiro. Formação das escolas de pensamento social e político. Século XIX e XX: Oliveira Vianna; Joaeuim Nabuco; Clássicos da Sociologia brasileira: Sergio Buarque de Holanda; Oliveira Viana; caio Prado Jr; Raymundo Faoro; Florestam Fernandes.

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VIANNA, Oliveira. Evolução do povo brasileiro. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1933.

  

SEMINÁRIOS DE PESQUISA ORIENTADA

Ementa

O discente deverá permanecer matriculado nos Seminários de Pesquisa Orientada desde o início do doutorado até a qualificação. Serão desenvolvidas atividades relacionadas à docência e a diversos exercícios científicos, como publicações, palestras, conferências, aulas especiais, dentre outras similares, e pesquisa orientada com relação à tese.

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TEMAS DIREITOS HUMANOS, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA NA AMERICA LATINA

Ementa

A disciplina é voltada para a discussão da integração latino-americana, serão enfocados aspectos do MERCOSUL e da UNASUL – União das Nações do Sul como mecanismos de integração regional, da integração dos mercados para a integração das Nações, através das relações de consumo, cidadania, preservação e exploração sustentável do meio ambiente. Estudo e desenvolvimento de fundamentos teóricos para o estabelecimento de instrumentos jurídicos de harmonização das legislações dos Países que a integram, com preponderância do interesse das Nações, atuando o Estado como instrumento de realização da felicidade do cidadão. Enfatiza a as estratégias de integração regional como mecanismo de aproximação dos povos, instrumento de enfrentamento do capital multinacional, defendendo os recursos naturais e a bioversidade como patrimônio intangível da humanidade e em especial interesse das nações. Estudo dos mecanismos de soluções dos litígios entres Estados, entre Estado e Nação, com a proposta de um Tribunal para a UNASUL voltado para as questões de Cidadania e Meio Ambiente. Do Direito da Integração Regional ao Direito Comunitário numa perspectiva de reinvenção do Estado plurinacional, diante da renovação da teoria crítica e o reinventar da emancipação social. Pensar o Estado e a sociedade diante dos desafios atuais, diante de uma epistemologia do Sul, com a reinvenção do conhecimento e da nova emancipação social. O Estado como instrumento a garantir os Direitos Humanos diante dos fenômenos da mundialização.

Referências Bibliográficas

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ARNAUD, André-Jean. O direito entre Modernidade e Globalização: Lições de Filosofia do Direito e do Estado. Trad. Patrice Charles Wuillaume. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.

BEDIN, Gilmar Antônio. O fenômeno da globalização do mundo e as possibilidades de realização da sociedade atual: é possível construir uma nova ordem mundial justa e solidária? Estudos Jurídicos. São Leopoldo: Unisinos, v. 36, n. 97, p. 5-34, 2003.

DELMAS-MARTY, Mirelle. Le Relatif et l’universel. Paris: Le Seuil, 2004.

DELMAS-MARTY, Mireille. Por um direito comum. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

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LEFORT, Claude. Direitos do homem e política. In: A invenção democrática. São Paulo: Brasiliense, 1983. MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Direito humanos e cidadania à luz do novo direito internacional. Campinas: Minelli, 2002.

________. Por um Tribunal de Justiça para a Unasul: a necessidade de uma corte de justiça para a

América do Sul sob os paradigmas do Tribunal de Justiça da União Europeia e da Corte

CentroAmericana de Justiça. Brasília: Senado Federal/Secretaria de Editoração e Publicações, 2014.

MAZZUOLI, Valerio de Oliveira (Org.) ; GOMES, Eduardo Biacchi (Org.) . Direito da integração regional: diálogo entre jurisdições na América Latina. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2015. v. 1. 589p

RABENHORST, Eduardo. Direitos humanos e globalização contra-hegemônica: notas para o debate. In: LYRA, Rubens Pinto (org.). Direitos humanos: os desafios do século XXI - uma abordagem interdisciplinar. Brasília: Brasília Jurídica, 2002

SANTOS, Boaventura Sousa. Para uma revolução democrática da justiça. São Paulo: Editora Cortez, 2007. ______. La globalización del derecho: los nuevos caminos de la regulación y la emancipación. Bogotá: ILSA, Ediciones Universidad Nacional de Colombia, 1998.

______. La caída del Angelus Novus: ensayos para una nueva teoría social y una nueva práctica política. Bogotá: Instituto Latinoamericano de Servicios Legales Alternativos: Universidad Nacional de Colombia, 2003.

______. Conocer desde el Sur. Para una cultura política emancipatória. Lima: Fondo Editorial de la Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad Mayor de San Marcos, 2006. Também publicado na Bolivia, por Plural Editores, 2008; Santiago de Chile: Editorial Universidad Bolivariana, 2008.

______. La reinvención del Estado y el Estado plurinacional. Santa Cruz de la Sierra: CENDA, CEJIS, CEDIB, Bolivia, 2007.

______. Pensar el Estado y la sociedad: desafíos actuales. La Paz: CLACSO, CIDES-UMSA, Muela del Diablo Editores, Comuna, 2008.

______. Sociología Jurídica Crítica. Para un nuevo sentido común en el derecho. Madrid: Editorial Trotta, 2009. Também publicado na Argentina por ILSA.

______. Una Epistemologia del Sur. La reinvención del Conocimiento y la Emancipación Social. Buenos Aires: Siglo XXI Editores, CLACSO, 2009.

  

TÓPICOS AVANÇADOS DE TEORIA DO DIREITO E FILOSOFIA DO DIREITO

Ementa

Disciplina oferecida em colaboração com professores da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tem como objetivo o estudo de questões avançadas de teoria do direito, especialmente relacionadas às problemáticas da teoria da argumentação, jurisprudencialismo, teoria da decisão judicial, teoria dos direitos humanos e fundamentais e teoria do direito comunitário, entre outras.

Referências Bibliográficas

GAUDENCIO, Ana Margarida Simões. Entre o centro e periferia: a perspectivação ideológico-política da dogmática jurídica e da decisão judicial no Critical Legal Studies Movement (Coimbra, 2004), Lumen Juris, Rio de Janeiro, 2013.

LINHARES, José Manuel Aroso. Habermas e a universalidade do direito. A «reconstrução» de um modelo «estrutural»(1986)

______ A unidade dos problemas da jurisdição ou as exigências e limites de uma pragmática custo/benefício. Um diálogo com a Law & Economics Scholarship (2002)

______, O logos da juridicidade sob o fogo cruzado do ethos e do pathos. Da convergência com a literatura (law as literature, literature as law) à analogia com uma poiesis-technê de realização (law as musical and dramatic performance) (2003)

______, Autotranscendentalidade, desconstrução e responsabilidade infinita. Os enigmas de Force de loi (2004) ______, Dekonstruktion als philosophische (gegenphilosophische) Reflexion über das Recht. Betrachtungen zu Derrida (2005)

______, O dito do direito e o dizer da justiça. Diálogos com Levinas e Derrida (2006)

______, Humanitas, singularidade étnico-genealógica e universalidade cívico-territorial. O “pormenor” do Direito na “ideia” da Europa das nações: um diálogo com o narrativismo comunitarista» (2006)

______, Constelação de discursos ou sobreposição de comunidades interpretativas? A caixa negra do pensamento jurídico contemporâneo (2007)

______, A representação metanormativa do(s) discurso(s) do juiz : o “testemunho” crítico de um “diferendo”? (2007)

______, Jurisprudencialismo: uma resposta possível num tempo de pluralidade e de diferença?(20082010) ______, Os desafios-feridas da Allgemeine Rechtslehre. Um tempo de teoria do direito reconhecido (reencontrado?) pela perspectiva de outro tempo de teoria (2009)

______, Law in/asLiterature as an Alternative Humanistic Discourse: the Unavoidable Resistance to

Legal Scientific Pragmatism or The Fertile Promise of a Communitas Without Law?(2009)

______,Imaginação literária e “justiça poética”. Um discurso da “área aberta”?(2010).

MARQUES, Mario Reis. Os direitos humanos no pensamento de Norberto Bobbio. In NUNES, António José Avelãs ; CUNHA, Luís Pedro; MARTINS, Maria Inês de Oliveira, org. –Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor Aníbal de Almeida. Coimbra : Coimbra Editora, 2012. Publ. Janeiro, 2013.

______. A dignidade humana: minimum invulnerável ou simples cláusula de estilo?.In CORREIA, 

Fernando Alves ; MACHADO, Jónatas E.M. ; LOUREIRO, João Carlos, org. – Estudos em 

Homenagem ao Prof. Doutor José Joaquim Gomes Canotilho: Volume 2 : Constituição e Estado: Entre Teoria e Dogmática.Coimbra : Coimbra Editora, 2012.

______. A recepção das codificações civis europeias no direito Português do trânsito dos sécs. XVIII para XIX. SOUSA, Marcelo Rebelo de, et al., org. –Estudos de Homenagem ao Prof. Doutor Jorge Miranda : Volume 6. Lisboa : Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa ; Coimbra : Coimbra Editora, 2012

______. A justiça administrativa portuguesa nos inícios do século XX». In MIRANDA, Jorge, et al., org. - Estudos em Homenagem a Miguel Galvão Teles : Volume 1.Coimbra, Almedina, 2012.

______. A dignidade humana como prius axiomático». In ANDRADE, Manuel da Costa ; ANTUNES, Maria João ; SOUSA, Susana Aires de – Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor Jorge de Figueiredo Dias : Volume 4. Coimbra : Coimbra Editora, 2010.

______. Tempo, movimento, velocidade, aceleração: a caminho de um direito gestionário?. In DIAS, Augusto Silva, et al., org. - Liber Amicorum de José de Sousa Brito em comemoração do 70.º Aniversário: Estudos de Direito e Filosofia. Coimbra : Almedina, 2009.

______. Um olhar sobre a construção do «sujeito de direito». In, CAMPOS, Diogo Leite de – Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor Manuel Henrique Mesquita : Volume 2. Coimbra, Coimbra Editora, 2009.

  

TÓPICOS DE TEORIA CRÍTICA DO DIREITO

Ementa

Tem por objetivo o estudo da Teoria Crítica do Direito articulando temas da filosofia da práxis, relacionados com a problemática da teoria da cultura, da teoria das ciências sociais, das questões étnico raciais, das relações de gênero e das políticas públicas, bem como o seu papel no desenvolvimento da cidadania, da liberdade e da igualdade.

Referências Bibliográficas

ARNAUD, André-Jean. O Direito Traído pela Filosofia. Trad. port. de Wanda de Lemos Capeller e Luciano Oliveira. Porto Alegre: Safe, 1991.

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COELHO, Luiz Fernando. Teoria crítica do direito. 2.ed. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1991. DOUZINAS, Costas. O fim dos direitos humanos. Tradução Luzia Araújo. São Leopoldo: 

Unisinos, 2009. GRAMSCI, A. Cartas do cárcere. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1978.

______. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1978.

______. Escritos políticos, v. 1, 2, 3, 4. Lisboa: Editora Seara Nova, 1976.

______. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1978.

______. Maquiavel: a política e o Estado moderno. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1976.

HELLER, Agnes [et al.] A crise dos paradigmas em Ciências Sociais e os desafios para o século XXI. Rio de Janeiro: Contraponto, 1999.

HELLER, Agnes e FEHÉR, Ferenc. Políticas de la postmodernidad: ensayos de crítica cultural, tradução: Montserrat Gurguí, Barcelona: ediciones Península, 1989.

HELLER, Agnes. Teoria de los Sentimientos. México: Fontamara, 1987.

HELLER, Agnes. O Cotidiano e a História. Tradução de Carlos Nelson Coutinho e Leandro Konder. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

MARX, K. Crítica da Filosofia do Direito: Introdução. Temas de Ciências Humanas. São Paulo: Editorial Grijalbo, 1972.

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SANTOS, Boaventura Sousa. Renovar a teoria crítica e reinventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.

WARAT, Luis Alberto. Introdução geral ao direito – o direito não estudado pela teoria jurídica moderna. v. III. Porto Alegre: Safe, 1997.

WOLKMER, Antônio Carlos. Introdução ao Pensamento Jurídico Crítico. 5 ed. rev. São Paulo: Saraiva, 2006. ŽIŽEK, Slavoj. O sublime objeto da ideologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989.

______. Primeiro como tragédia, depois como farsa. São Paulo: Boitempo, 2011. ______. Em defesa das causas perdidas. São Paulo: Boitempo, 2011

  

TÓPICOS AVANÇADOS EM DIREITOS DA PERSONALIDADE

Ementa

Estudo crítico-reflexivo e interdisciplinar dos direitos da personalidade e de sua tutela na contemporaneidade, com análise das tendências suscitadas pelas novas tecnologias e avanços científicos e pelas reconfigurações da sociedade, desde os fenômenos da constitucionalização, da publicização da vida privada e da judicialização, tanto sob o prisma do direito brasileiro quanto do europeu e do internacional, sob o enfoque da liberdade, da diversidade e da tolerância.

Referências Bibliográficas

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua. trad. Henrique Burigo. 2. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2012

ALMEIDA, João Ferreira de. Desigualdades e perspetivas dos cidadãos. Portugal e a Europa. Lisboa: Mundos Sociais, 2013.

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999. BITTAR, Carlos Alberto.

BITTAR FILHO, Carlos Alberto. Os Direitos da Personalidade. 7 ed. São Paulo: Forense Universitária, 2008. BONILLA SÁNCHEZ, Juan José. Personas y derechos de la personalidad. Madrid: Reus, 2010.

CAMPOS SILVA, Nilson Tadeu Reis. Alteridade: a identificação da diferença. Direitos Culturais. Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito. v. 5. n. 8, Santo ngelo: EDIURI, 2010.

CAMPOS SILVA, Nilson Tadeu Reis. Da ressignificação da pessoa no ciberespaço: primeiras reflexões para uma revisão filosófico-dogmática dos direitos da personalidade. In CARDIN, Valéria Silva Galdino. Novos rumos dos direitos especiais da personalidade e seus aspectos controvertidos. Curitiba: Juruá, 2013.

CAMPOS SILVA, Nilson Tadeu Reis. Entre Hefesto e Procusto: a condição das pessoas com deficiência. In SIQUEIRA, Dirceu Pereira; ANSELMO, José Roberto (org.). Estudos sobre os direitos fundamentais e inclusão social: da falta de efetividade à necessária judicialização, um enfoque voltado à sociedade contemporânea. Birigui: Boreal, 2010.

CAMPOS SILVA, Nilson Tadeu Reis. FRANSCICHINI, Mônica Cameron Lavor. Direito à imagem e liberdade de expressão: a negativa ao acesso à Justiça. In SIQUEIRA, Dirceu Pereira; RUIZ, Ivan Aparecido (org.). Acesso à Justiça e os direitos da personalidade. Birigui: Boreal, 2015.

CAMPOS SILVA, Nilson Tadeu Reis; DOMINGO, Cíntia Oliveira. A velhice digna e os direitos da personalidade. In SIQUEIRA, Dirceu Pereira; KAZMIERCZAK, Luiz Fernando (org.). Estudos contemporâneos de direitos humanos. Birigui: Boreal, 2013.

CAMPOS SILVA, Nilson Tadeu Reis; SERRA, Márcia de Fátima. A tutela dos transplantes sob a ótica dos direitos da personalidade: a busca de legitimação. In SIQUEIRA, Dirceu Pereira; ATIQUE, Henry (org.). Ensaios sobre os direitos fundamentais e inclusão social. Birigui: Boreal, 2010.

CAMPOS, Diogo Leite de; CHINELATTO, Silmara Juny de Abreu (coord.) Pessoa humana e direito. Coimbra: Almedina, 2009.

CANTALI, Fernanda Borghetti. Direitos da personalidade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2009.

CASTÁN TOBEÑAS, José. Derecho civil español, común y foral. Tomo primeiro. 15 ed. Madrid: Reus, 2007. FOUCAULT, Michel. Problematização do sujeito: psicologia, psiquiatria e psicanálise. trad. Vera Lucia Avellar Ribeiro. 3 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.

HABERMAS, Jürgen. A Inclusão do Outro: estudos de teoria política. trad. George Sperber, Paulo Astor Soethe e Milton Camargo. São Paulo: Loyola, 2002.

HABERMAS, Jürgen. O futuro da natureza humana. A caminho de uma eugenia liberal? trad. Maria Benedita Bettencourt. Coimbra: Almedina, 2006.

JERÓNIMO, Patrícia. Os direitos do homem à escala das civilizações. Coimbra: Almedina, 2001.

JORDÁ CAPITÁN, Eva; PRIEGO FERNÁDEZ, Verónica de; LA CERDA BALLESTEROS, Jesús

Alberto Messía de; FLORES RODRÍGUEZ, Jesús. (coord.) Los derechos de la personalidade de los menores y las nuevas tecnologías. Madrid: El Derecho, 2012.

KYMLICKA, Will. Multiculturalismo liberal e direitos humanos. In SARMENTO, Daniel; IKAWA, Daniela; PIOVESAN, Flávia. (coord.). Igualdade, diferença e direitos humanos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. LEVINAS, Emmanuel. Totalidade e Infinito. Lisboa: edições70, 2011.

LOPES, José Eduardo Gonçalves. A execução das decisões do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem – o caso português. Lisboa: AADFL, 2009.

RUIZ-RICO RUIZ, Gerardo; MORENO-TORRES HERRERA, Maria Luisa; PÉREZ SOLA, Nicolás. 

(coord.) Principios y derechos constitucionales de la personalidade. Valencia: Tirant lo blanch, 2010.

SOUSA, Rabindranath V. A. Capelo de. O Direito Geral de Personalidade. Reimpressão. Coimbra: Coimbra, 2011.

 

EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS E AS TRANSFORMAÇÕES DO ESTADO

Ementa

Serviços públicos. Formas de prestação, eficácia e eficiência. Serviços públicos e direitos fundamentais . Formas de transferência do serviço público para a iniciativa privada. O Terceiro Setor. ONGs. OSCIPs. Responsabilidade do Estado pelo uso inadequado de recursos públicos e má prestação de serviços Públicos.

Bibliografia

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Direito dos serviços públicos. Rio de Janeiro: Forense, 2007. BACELLAR

FILHO, Romeu Felipe. O poder normativo dos entes reguladores e a participação dos cidadãos nesta atividade. Serviços públicos e direitos fundamentais: os desafios da regulação na experiência brasileira. Interesse Público.

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Administrativo. 8ª São Paulo: Saraiva, 2012. MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 29. ed. São Paulo: Malheiros, 2012. MORALES, Carlos Antonio. Provisão de serviços sociais através de organizações públicas não-estatais: aspectos gerais. In: PEREIRA, Luiz Carlos Bresser; GRAU, Nuria Cunill (Org.). O público não-estatal na reforma do estado. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas,

  1. MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo. 14ª ed. Rio de Janeiro: Forense,

2006 MOREIRA NETO, Diogo Figueiredo. Organizações Sociais de Colaboração (Descentralização Social e Administração Pública Não-Estatal. Revista de Direito Administrativo, v.210, out./dez., 199 RECK, Janriê

Rodrigues. Observação Pragmático-sistêmica do conceito de serviço público. Tese de Doutorado. Inédita. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2009. SOUTO, Marcos Juruena Vilela. Direito administrativo das parcerias. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2005.

 

 

SEMINÁRIOS DE PESQUISA ORIENTADA

Ementa

O discente deverá permanecer matriculado nos Seminários de Pesquisa Orientada desde o início do doutorado até a qualificação. Serão desenvolvidas atividades relacionadas à docência e a diversos exercícios científicos, como publicações, palestras, conferências, aulas especiais, dentre outras similares, e pesquisa orientada com relação à tese.

Bibliografia

ACKOFF, Russel: Planejamento de Pesquisa Social. São Paulo: Herder-EDUSP, 1967 BARROS, Aidil de Jesus: Projeto de Pesquisa - Propostas Metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1990. . BASTOS, Lília da Rocha,

PAIXÃO, Lyra e FERNANDES, Lucia Monteiro: Manual para a Elaboração de Projetos e Relatórios de

Pesquisa, Teses e Dissertações. Rio de Janeiro: Zahar Editores - UFRJ, 1982. CARRAHER, David: Senso Crítico do Dia-a-Dia das Ciências Humanas. São Paulo: Pioneira, 1983. DEMO, Pedro: Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 1981. ECO, Umberto: Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. Trad. Ana Falcão Bastos e Luís Leitão, prefácio de Hamilton Costa. Lisboa: Editorial Presença, 1977.

FERREIRA SOBRINHO, José Wilson: Metodologia do Ensino Jurídico e Avaliação em Direito. Porto Alegre:

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- Procedimentos Básicos de Pesquisa Bibliográfica, Projeto e Relatório. São Paulo: Atlas, 1983. LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Marina Andrade: Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1992. LEITE, José Alfredo: Metodologia de Elaboração de Teses. São Paulo: McGraw Hill do Brasil, 1978.

MACEDO, Neusa Dias de: Metodologia de Pesquisa Bibliográfica - Tendo em Vista o Trabalho de Pesquisa. São Paulo: EDUSP, 1987. MANN, Peter: Métodos de Investigação Sociológica. Trad. de Octávio Alves Velho.

Rio de Janeiro: Zahar, 1970. MANZO, Abelardo: Manual para la Preparación de Monografias - Una Guia para Presentar Informes y Tesis. Buenos Aires: Humanitas, 1974. MARCONI, Marina de Andrade: Técnicas de Pesquisa - Planejamento e Execução de Pesquisas. São Paulo: Atlas, 1982 MARTINS, Joel: Subsídio para Redação de Dissertação de Mestrado e Tese de Doutorado. São Paulo: Moraes, 1991. MORAES, Irany Novah: Elaboração da Pesquisa Científica. São Paulo: Atheneu, 1990. PHILLIPS, Estelle M. e PUGH, Derek S.: How to Get a PhD - A Handbook for Students and Their Supervisors. Buckingham - Philadelphia: Open University

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Dante Moreira Leite. São Paulo: Herder - EDUSP, 1967. VIEIRA, Sônia: Como Escrever uma Tese. São Paulo: Pioneira, 1991.

 

CRIMINALIDADE E ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA PENAL

Ementa

Analisar as diferentes teorias criminológicas relacionadas ao tema do controle social, do crime e dos mecanismos institucionais de controle penal. Analisar as novas formas de criminalidade e os possíveis mecanismos formais e informais da sua contenção. Estudar o funcionamento e os contornos da administração da justiça penal, enfatizando os aspectos relacionados ao sistema penitenciário.

Bibliografia

ABRAMOVAY, Pedro Vieira; BATISTA, Vera Malaguti. Depois do Grande Encarceramento. Rio de Janeiro: Renavan, 2010.

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ANIYAR DE CASTRO, Lola. Criminologia da reação social. Rio de Janeiro: Forense, 1981.

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BOLDT, Raphael. Criminologia Midiática – Do Discurso Punitivo à Corrosão Simbólica do Garantismo.

Curitiba: Juruá, 2013. CARVALHO, Salo. Anti-Manual de Criminologia. São Paulo: Saraiva, 2013

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DESAFIOS DO DIREITO: GÊNERO E SEXUALIDADES

Ementa

Compreender dinâmica familiar, jurídica e estatal no que tange as identidades de gênero e as sexualidades no processo de luta por reconhecimento e garantia de direitos. - Desvendar os conceitos de sexualidades e gênero em seus aspectos de construções sócio-histórico-cultural por intermédio da bioética; - Entender a diferença e semelhanças entre os discursos de gênero e sexualidades e as demandas sociais; - Compreender a teoria do reconhecimento de Hegel e Honneth como aporte teórico filosófico base na identificação dos fatores de demanda social no que tange o gênero e as sexualidades; - Vislumbrar as sexualidades e o gênero como parte da gramática social conflituosa no processo de garantia de direitos; - Averiguar os Direitos fundamentais e a proteção internacional acerca das sexualidades e das identidades de gênero; - Abarcar o Direito das famílias e os reflexos na sexualidade e no gênero; - Analisar os deveres do Estado frente as demandas de gênero e sexualidades; - Assimilar o processo de luta por reconhecimento como meio para concretização de direitos.

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O USO POLÍTICO E ESTRATÉGICO DO DIREITO PENAL. REFLEXÕES SOBRE O SISTEMA PUNITIVO E A EXCLUSÃO SOCIAL A ADMINISTRAÇÃO DOS CONFLITOS CRIMINAIS

Ementa

Punição e ideologia. Seletividade do sistema penal e a dignidade da pessoa humana. A preservação dos direitos e garantias fundamentais na administração dos conflitos criminais. Persecução penal e participação ativa dos envolvidos. A importância do protagonismo da vítima na construção da responsabilização criminal. O respeito aos direitos das vítimas e da comunidade. Segurança pública como fator de implemento da cidadania. Os motivos e as ações de exclusão social pelo envolvimento em práticas criminosas: a reprovação moral e política por meio do punitivismo. Lawfare: consequências geopolíticas e na vida pública. A busca de uma nova consciência coletiva. A justiça restaurativa. A necessidade de restauração do vínculo comunitário.

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VIEGAS, Rafael Rodrigues; XAVIER, Lucas Busani. O uso político do Twitter pelo Ministério Público Federal no Brasil. Conferência: Congresso Mundial IAPSS: Democracia, Identidade e Poder Em: Virtual. Mai. 2021. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/351563884_The_Political_Use_of_Twitter_b y_the_Federal_Prosecution_Service_in_Brazil

WACQUANT, Loïc. As prisões da miséria. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. (Lê prisons de la misère, 1999).

YOUNG, Jock. A sociedade excludente: exclusão social, criminalidade e diferença na modernidade    recente. Rio de Janeiro: REVAN, 2002. (Social exclusion, crime and difference in late modernity).

ZAFFARONI, Eugenio Raúl A palavra dos mortos: conferências de criminologia cautelar. São Paulo: Saraiva, 2012.

_____. Em busca das penas perdidas: a perda de legitimidade do sistema penal. Rio de Janeiro: Revan, 1991.

ZEHR, Howard, Trocando as lentes: um novo foco sobre o crime e a justiça. Trad. de Tônia Van Acker. São Paulo: Palas Athena, 2ª ed., 2014.

ZIZEK, Slavoj. Eles não sabem o que fazem. Trad. de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 1990.

 

ico pdfhttps://uenp.edu.br/pos-direito-editais-documentos/ppgd-editais/pos-graduacao-em-ciencia-juridica-editais-2024/27897-dir-ppgd-edital-33-2024/file

 

 

5. DAS INSCRIÇÕES
5.1 Documentos obrigatórios para inscrição:
5.1.a. Formulário de inscrição, com indicação da Linha de Pesquisa para a qual está se
candidatando;
5.1.b. Cópia do documento de identidade;
5.1.c. Projeto de pesquisa fundamentado, com tema vinculado à Linha de Pesquisa do Programa,
indicada na ficha de inscrição;
5.1.d Comprovante de recolhimento do preço público de inscrição.
5.2 O candidato ao doutorado que ainda não tiver a dissertação defendida, deve apresentar a ata da
qualificação;
5.3 O candidato ao mestrado que ainda não tiver concluído a graduação, deve comprovar que
encontra-se matriculado no último semestre do curso constando a data provável da colação de grau,
devendo esta, ser até o mês de março do ano letivo de 2025.
5.4 Na falta de qualquer documento a inscrição será indeferida.


22. DA MATRÍCULA
22.1 A matrícula ocorrerá nas datas indicadas no cronograma anterior.
22.2 São documentos para matrícula:
a) Duas fotos 3x4, recentes;
b) Termo de aceitação das normas regimentais do Programa (disponível no Edital de resultado
final);
c) Autorização para publicação da dissertação ou tese no site do programa (disponível no Edital de
resultado final);
d) Cópia autenticada do diploma de graduação em Direito, ou, na falta deste, comprovante de
conclusão do curso de graduação em direito (colação de grau), devendo no entanto, neste caso
apresentar cópia autenticada do diploma registrado até o depósito para a qualificação; o candidato
que estiver cursando o último ano da graduação deverá entregar documento idôneo que comprove a
colação do grau de bacharel em direito até o dia 01 de março de 2025, sob pena de ter sua matrícula
indeferida.
e) Histórico escolar da graduação em direito;
f) Para os alunos do doutorado, cópia autenticada do diploma de mestrado em Direito, ou, na falta
deste, comprovante de conclusão do mestrado em direito (ata da defesa), devendo no entanto, neste
caso apresentar cópia autenticada do diploma registrado até o depósito para a qualificação, nos
termos do respectivo regulamento;
g) Para os alunos do doutorado, histórico escolar do mestrado em direito, nos termos do respectivo
regulamento;
h) Cópia autenticada da certidão de nascimento ou casamento;
i) Comprovante de situação cadastral do CPF (extraído do site da Receita Federal);
j) Certidão de quitação eleitoral;
k) Cópia autenticada do RG. 22.3
É vedada a matrícula do candidato que já estiver matriculado em outro programa de Mestrado e/ou
Doutorado. 

 

 

 

As linhas de pesquisa estão assim definidas: 

1 - JURISDIÇÃO, DIREITOS FUNDAMENTAIS E EFETIVIDADE DA JUSTIÇA 

O exercício da função jurisdicional encontra-se voltado à tutela e proteção das garantias constitucionais no Brasil. Esse caráter instrumental revela que os direitos humanos e fundamentais são fins que devem ser atingidos tanto na jurisdição civil como criminal. Ao elencar como pontos centrais a jurisdição, os direitos fundamentais e a efetividade da justiça essa linha de pesquisa pretende abranger investigações teóricas e empíricas que relacionem esses três elementos e os coloquem sob uma perspectiva contemporânea dos problemas relacionados ao exercício da função jurisdicional e aos envolvidos nessa relação. Direcionar a jurisdição em favor da efetividade das garantias constitucionais pode vir a representar um elemento para se enfrentar as diversas formas de exclusão que permeiam a realidade brasileira. 

 

2 - FUNÇÃO POLÍTICA DO DIREITO E TEORIAS DA CONSTITUIÇÃO 

A política como capacidade de ação coletiva no mundo e o direito como a construção de contornos e limites à ação humana são domínios interconectados, principalmente por meio do ponto de união contemporâneo representado pelo Estado Democrático de Direito. Por meio de condicionamentos recíprocos, direito e política representam, por vezes, pontos de acomodação teórica e prática e, em outros, tensões e paradoxos que abrem a oportunidade para a discussão sobre questões relacionadas à soberania; democracia, direitos humanos e constitucionalismo. Em razão disso, essa linha de pesquisa tem por objetivo albergar pesquisas que tenham por objeto a investigação de fundamentos teóricos e implicações práticas dos elementos principais que compõem os paradoxos e as tensões entre direito e política, com o objetivo de fornecer à comunidade científica um repertório analítico e conceitual para os dilemas do Estado Democrático de Direito. 

 

3 - DIREITOS E VULNERABILIDADES 

Essa linha de pesquisa parte do pressuposto do desequilíbrio entre a ordem normativa estabelecida e as desigualdades das situações fáticas sobre as quais essa ordem é direcionada, principalmente no Brasil. O desencontro entre pretensão normativa e realidade torna esta última o terreno propício para a proliferação de vulnerabilidades tanto políticas (em termos de dominação) quanto socioeconômicas (em termos de exploração). A partir desta constatação, abrem-se caminhos de investigação para identificar as diferentes formas de vulnerabilidades (em termos de raça, classe, gênero, diferença funcional, etc) nas quais o Direito posto opera. Com o objetivo de se repensar e refundar a dinâmica jurídica em direção a uma teoria da justiça consistente com a dignidade humana, essa linha encontra-se aberta a projetos de pesquisa, inclusive interdisciplinares, que busquem oferecer um conjunto de fundamentos teóricos e análises empíricas que ampliem a capacidade de fruição de direitos de grupos vulneráveis.

 

DISCIPLINAS EXCLUSIVAS DO DOUTORADO

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO 

Teorias da Justiça: Justiça e Exclusão

 

Linhas de Pesquisa 

L1. Jurisdição, Direitos Fundamentais e Efetividade da Justiça 

L2. Função Política do Direito e Teorias da Constituição 

L3. Direitos e Vulnerabilidades

Créditos

DISCIPLINAS EXCLUSIVAS DO DOUTORADO

 

Tópicos avançados em direitos da personalidade (L3) 

03

Temas direitos humanos, meio ambiente e cidadania na América Latina (L3) 

03

Democracia e direitos humanos (L2) 

04

Direito e ideologia: controle e subjetividade (L1) 

04

Justiça e alteridade (L1) 

04

Processo, democracia e constitucionalismo (L1) 

04

Teoria crítica das políticas públicas (L3) 

04

Administração pública democrática e efetivação dos direitos fundamentais (L2) 

04



DISCIPLINAS COMUNS DO MESTRADO E DOUTORADO 

Estado Democrático de Direito e sua responsabilidade (L3) 

03

Políticas Públicas e efetivação dos direitos sociais (L1) 

03

Direitos Humanos e Processo Penal (L1) 

03

O Processo e a Função Política (L1) 

03

Teorias da Constituição (L2) 

03

Tópicos Avançados em Direitos da Personalidade (L3) 

03

Tópicos Especiais (L2) 

03

Estudos Avançados em Teoria Geral do Direito (L2) 

03

Reflexos Jurídicos da Globalização (L3) 

03

Filosofia do Direito (L2) 

03

História Social e Política do Direito no Brasil (L2) 

03

Dilemas da democracia contemporânea (L2) 

03

História dos Direitos Humanos (L2) 

03

Bases Epistemológicas e o sistema político como fundamentos para a análise do direito (L3) 

03

Personalidade e responsabilidade (L1) 

03

Serviços Públicos: novos contornos (L3) 

03

Tributação e políticas públicas (L3) 

03

Sistemas internacionais de proteção dos Direitos Humanos (L2) 

03

O Processo e a Exclusão Social (L3) 

03

Teorias Políticas (L2) 

03

Sistema Penal e a Exclusão Social (L1) 

03

Teorias da Justiça (L1) 

03

Tutela dos Interesses Transindividuais (L3) 

03

Responsabilidade internacional do Estado e direitos humanos (L3) - 

04

Desafios contemporâneos da educação em direitos humanos (L3) 

03

Direito constitucional comparado (L2) 

03

Formação do pensamento social Brasileiro (L2) 

03

Topics Of Comparative Constitutional Law * 

03

Tópicos avançados de teoria do direito e filosofia do direito (L2) 

02

Tópicos de teoria crítica do direito (L3) 

03

Freedom of expression on the Internet and the protection of other fundamental rights * 

03

Institutions, Human Rights, And Democracy 

03

Direito e o Estado Brasileiro – Conservadorismo e Judicialidade 

02

Desafios do direito: gênero e sexualidades 

03

Criminalidade e administração da justiça penal 

03



* Disciplinas ofertadas por professores visitantes e por isso são comuns a todas as linhas

ATIVIDADES DE PESQUISA 

 

1 - ATIVIDADES NO CCSA/UENP 

VALOR  

INDIVIDUAL

COMPROVAÇÃO 

1.1 

Participação em grupos de pesquisa (por semestre) 

Declaração do líder do  GP

1.2 

Apresentação de trabalho em evento científico 

Certificado de  

apresentação 

1.3 

Oferecimento de mini-curso ou workshop para a  graduação e/ou comunidade em geral, sob  supervisão de um dos professores do Programa 

Declaração do professor  supervisor 

1.4

Participação em bancas de TCC 

Ata da banca 

1.5

Assistir banca de mestrado/doutorado/pós doutorado/concurso de professor

Relatório assinado pelo  Presidente da banca

1.6 

Participação na organização de eventos 

Declaração escrita do  organizador

1.7 

Auxílio na editoração da Revista Argumenta 

Declaração do  

responsável pela Revista

1.8 

Auxílio a docente na elaboração de projetos de  captação de recursos ou confecção de relatórios

Declaração do professor 

1.9 

Assistir palestra em evento científico 

0,5 

Declaração de presença

 

TOTAL NECESSÁRIO

   
 

MESTRADO 

8

 
 

DOUTORADO 

16

 



 

2 - ATIVIDADES FORA DO CCSA/UENP 

VALOR  

INDIVIDUAL

COMPROVAÇÃO 

2.1 

Realizar estágio de pesquisa fora do país (mínimo  20 dias)

Declaração da  

Instituição exterior

2.2 

Artigo publicado em qualificada Revista jurídica  no exterior

Cópia da Revista ou  

declaração de aprovação

2.3 

Realizar cursos de curta duração fora do país  (mínimo 15 horas)

Declaração da  

Instituição promotora 

2.4 

Capítulo de livro, com pertinência temática ao  PPGCJ publicado, no exterior

Cópia do livro 

2.5 

Apresentação de trabalho científico, com  pertinência temática ao PPGCJ publicado, fora do  país 

Declaração de  

apresentação

2.6 

Resumo de trabalho publicado em anais de evento  no exterior

Cópia dos anais

2.7 

Assistir palestras em eventos científicos fora do  país

Declaração de presença

2.8 

Artigo em Revista com Qualis superior a B1 que já não tenha sido computado no item III

Cópia da Revista ou  

declaração de  

aprovação. 

2.9 

Capítulo de livro publicado no Brasil 

Cópia do livro

2.10 

Apresentação de trabalho em evento científico 

Certificado de  

apresentação 

2.11 

Realização de palestra em evento científico 

Certificado de  

apresentação 

2.12 

Resumo de trabalho publicado em anais no Brasil 

Cópia dos anais

2.13 

Assistir banca de mestrado/doutorado/pós- 

Relatório assinado pelo 



 

doutorado/concurso de professor na área de Direito 

 

Presidente da banca

2.14 

Participação em bancas de TCC 

Ata da banca 

2.15 

Assistir palestras de eventos científicos 

Certificado de presença

 

TOTAL NECESSÁRIO

   
 

MESTRADO 

4

 
 

DOUTORADO 

8

 



 

3 - ATIVIDADES DE PUBLICAÇÃO 

NECESSÁRIO 

COMPROVAÇÃO 

3.1 

Artigo em período nacional com, no mínimo,  Qualis B1

MESTRADO:  1 artigo

Até o depósito para  

defesa

DOUTORAD O: 2 artigos

1 artigo deve ser  

comprovado até o  

depósito para  

qualificação

3.2 

Artigo publicados em eventos nacionais ou  internacionais organizados por associações  científicas

MESTRADO:  1 artigo

Até o depósito para  

qualificação

DOUTORAD O: 2 artigos 

Ambos devem ser  

comprovados até o  

depósito para  

qualificação 



TOTAL NECESSÁRIO

   

MESTRADO 

8 + 4 = 12 

+ 2 ARTIGOS DO  

ITEM 3

DOUTORADO 

16 + 8 = 24 

+ 4 ARTIGOS DO  

ITEM 3

     



ESTRUTURA CURRICULAR DO DOUTORADO 

O currículo do doutorado integra:  

  1. disciplinas exclusivas; 
  2. disciplinas comuns; 

III. atividades de pesquisa; 

  1. seminário de pesquisa; 
  2. exame de qualificação; 
  3. defesa da tese; 

O doutorando bolsista deverá desenvolver estágio docência, conforme atividades programadas pelo  Coordenador do Programa, com carga horária mínima de 60h/a, por semestre. 

O Doutorando concluirá o Programa com o mínimo de 50 (cinquenta) créditos, totalizando 750 h/a, assim distribuídos:  

  1. disciplinas exclusivas: 9 (nove) créditos; 
  2. disciplinas comuns: 12 (doze) créditos;  

III. atividades de pesquisa: 12 (doze) créditos; 

  1. seminários de pesquisa: 4 (quatro) créditos; 
  2. exame de qualificação de tese: 5 (cinco) créditos; 
  3. defesa de tese: 8 (oito) créditos 

Cada crédito corresponde a 15 (quinze) horas de atividade. 

Para concluir o plano individual de estudos, o doutorando deverá, no prazo mínimo de 4 (quatro) semestres e no máximo 8 (oito):  

  1. I. cumprir os créditos exigidos neste Regulamento; 
  2. II. ter a Tese aprovada em Sessão Pública pela maioria dos membros da Comissão Examinadora. 

 

 

 

O Projeto de Doutorado é apresentado na mesma área de concentração e linhas de pesquisa do Programa de Mestrado em Ciência Jurídica já instalado na Universidade Estadual do Norte do Paraná. Essa opção foi resultado de uma profunda e madura reflexão do colegiado do curso, e está relacionada ao fato de que tanto a área de concentração quanto as linhas de pesquisa encontram-se validadas pelas últimas avaliações do curso, que indicou serem consistentes e bem definidas. 

Isso não significa que os cursos sejam os mesmos. São as principais diferenças: (1) o conjunto de disciplinas e (2) as exigências específicas relacionadas ao projeto de tese. O conjunto de disciplinas ofertadas no doutorado são planejadas objetivando enfatizar a pesquisa interdisciplinar em temas de direito público que abordem a temática da justiça e da exclusão. Além disso, o projeto de tese inclui, como requisito obrigatório, uma contribuição significativa, inédita e original para a área do direito, de modo que o desenvolvimento da pesquisa e a metodologia selecionada estejam cuidadosamente articulados com a discussão e conduzam a conclusões consistentes. 

Dessa forma, apesar da descrição apresentar pontos de convergência com o programa de mestrado, essa proposta de doutorado se distancia nos aspectos epistemológicos, metodológicos e formativos que a orientam. Especificamente, o Programa elege uma única Área de Concentração: Teorias da Justiça: Justiça e

Exclusão. A Área de Concentração propicia vínculo temático amplo para a pesquisa, por sua característica de articulação interdisciplinar. 

A vocação histórica do programa, por essa razão, está profundamente vinculada com o seu contexto regional. Os temas que envolvem a pesquisa sobre Teorias da Justiça: Justiça e Exclusão possibilitam o desenvolvimento de projetos que podem colaborar com uma compreensão mais profunda e integrada das mazelas regionais, e ainda contribuir para a articulação de ações capazes de interferir positivamente nas suas dinâmicas sociais. 

Isso não significa que a Área de concentração esteja estritamente vinculada com a elaboração de microanálises. Na verdade o modelo social que motivou a eleição desta área de concentração se repete em muitos outros rincões do país, principalmente nas regiões distantes dos grandes centros urbanos, ou nas suas periferias, de modo que as temáticas de pesquisa propiciadas pelas Teorias da Justiça: Justiça e Exclusão transcendem absolutamente o interesse mesorregional. 

Por fim, os temas compreendidos pela área de concentração, por estarem voltados invariavelmente para as questões da inclusão social, possibilitam uma articulação da pesquisa com a ação. Nesse contexto, pretende se abordar as teorias da justiça para além da perspectiva semântica, para ler o conceito a partir de uma perspectiva histórico crítica, e reconstruí-lo da antiguidade à contemporaneidade a partir da sua encarnação histórica, de suas intencionalidades e interfaces políticas. 

As abordagens alcançarão o utilitarismo (funcionalismo) e as concepções liberais, mas serão enfocados prioritariamente aspectos relacionados ao comunitarismo e às críticas à concepção liberal, bem como, a Teoria Crítica da Justiça, especialmente aos temas da deliberação e do reconhecimento. Embora as teorias da justiça serão consideradas a partir da suas sistematicidades específicas, são enfocadas as relações da justiça e da exclusão, de forma a possibilitar uma compreensão integrada da contemporaneidade, capaz de compreender criticamente o direito, mas sem descuidar das potencialidades emancipatórias da pesquisa engajada. 

As linhas de pesquisa são complementares e estão articuladas a partir de eixos temáticos que agregam os grupos de pesquisa e os projetos de pesquisa (atualmente de dissertação e, no futuro, de dissertação e tese), como será oportunamente apresentado.