A menção honrosa foi feita à professora durante a 45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia, em Belo Horizonte/MG, pelo trabalho intitulado “Efeitos do Enriquecimento Ambiental e das reexposições a situação de lembrança na sensibilização comportamental em um modelo animal de Transtorno de Estresse Pós-Traumático”, que apresenta resultados parciais de sua tese de doutorado.
A professora explica que o enriquecimento ambiental, que consiste na exposição dos animais a ambiente ricos em estimulação física, sensorial e social, é um procedimento não farmacológico que têm-se mostrado eficaz em alguns modelos animais de TEPT. “O estudo realizado avaliou os efeitos do enriquecimento ambiental na sensibilização comportamental em camundongos submetidos a um modelo de TEPT, com diferentes reexposições à Situação de Lembrança (SL)”, relata a professora.
“O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) pode aparecer após a vivência de uma situação estressora e se caracteriza por evitação de situações que lembrem o trauma e sensibilização comportamental, indicada por um responder intenso frente a estímulos estressores moderados não relacionados ao trauma, assim como aumento da ansiedade”, destaca Marília.
Os resultados da pesquisa demonstraram que nos animais não enriquecidos, a estimulação aversiva com SL de um minuto aumentou os parâmetros de ansiedade no LCE e a estimulação aversiva com SL de 10 minutos diminuiu esses parâmetros. Ainda, o enriquecimento ambiental reverteu os efeitos induzidos pela estimulação aversiva com SL de um minuto, reduzindo a ansiedade e a sensibilização comportamental. De acordo com a professora, estudos como esse podem auxiliar no entendimento do transtorno, assim como no desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.