A professora Glaís Sales Cordeiro tem doutorado em Linguística Aplicada aos Estudos da Linguagem e Mestrado em Distúrbios da Comunicação (PUC-SP). Pós-doutorado em Didática do Francês L1, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra-Suíca (UNIGE). Atualmente é Professora de Didática de Línguas na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra (UNIGE). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Análise do Ensino de Francês (GRAFE) e coordenadora do Réseu Maison des Petits. Atua na área da didática de línguas. Desenvolve pesquisas sobre letramento e ensino-aprendizagem da produção e compreensão de gêneros orais e escritos em contexto escolar a partir de uma perspectiva sócio-histórica, subsidiada pelos estudos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), conhecido no Brasil como Grupo de Genebra.
De acordo com a coordenadora do Profletras/UENP, professora-doutora Marilúcia dos Santos Domingos Striquer, a contribuição que a professora Glaís trouxe para a formação dos mestrandos do Programa é muito significativa: "primeiro, pela importância que os estudos desenvolvidos pela professora visitante e demais integrantes do Grupo GRAFE, filiados ao ISD, têm no contexto do ensino da Língua Portuguesa no Brasil. Essa influência é possível detectar, inclusive, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, que desde 1998 trazem referências a pesquisadores filiados ao ISD, aderindo a vários princípios da metodologia das sequências didáticas de gêneros criada por tais estudiosos; pelo fato de a metodologia das sequências didáticas de gêneros ser utilizada, atualmente, como ferramenta de formação de professores e de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa", afirma.
Um exemplo disso são os materiais didáticos produzidos para a “Olimpíada de Língua Portuguesa”, um Programa subsidiado pelo Ministério da Educação (MEC), que se orienta por tal metodologia. A apresentação dos materiais (cadernos do Professor) é feita, inclusive, por um texto de Joaquim Doz, um dos pesquisadores mais influentes do ISD no Brasil; bem como pela vasta experiência que a professora tem na formação de docentes no trabalho realizado no Réseau Maison de Petits.
Importante ainda destacar, segundo a coordenadora do Profletras, que a vinda da professora Glaís pode abrir caminhos para a realização de parcerias institucionais, entre a UENP e a Universidade de Genebra.
A participação da professora visitante foi subsidiada financeiramente pela Fundação Araucária do Paraná, por meio do Programa de Verticalização do Ensino Superior Estadual – no Projeto UENP/UNESPAR, modalidade C- Internalização (UENP). E, além de participar na docência da disciplina de Gêneros discursivos/textuais e ensino no Profletras, a visitante também participou de reunião com os integrantes do Grupo de Pesquisa “Diálogos linguísticos e ensino: saberes e práticas” (DIALE) (CNPQ/UENP); de um encontro com os docentes do Profletras, para debates sobre programas de formação docente no Brasil e na Suíça; situação da educação básica nos dois países e desenvolvimento de pesquisas; ministrou palestra no II Congresso Internacional de Ensino – CONIEN.