O atlas será resultado da interligação de três projetos coordenados pelos professores: “Potencialidades de Fotografias Aéreas nas Avaliações de Riscos e Vulnerabilidades Socioambientais”, “Espacialização Geográfica da Fome e da Pobreza da Região Geográfica Imediata Cornélio Procópio-Bandeirantes por meio do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único” e “Violência nas pequenas cidades da Região Geográfica Imediata de Cornélio Procópio-Bandeirantes, Norte do Paraná”.
Com mais de cinquenta mapas, indicadores, dados e análises, imagens aéreas e imagens de solo, entre outras informações, a obra contemplará os 18 municípios da região, atingindo quase 175 mil moradores. O registro de imagens aéreas foi viabilizado por meio de um Drone DJI Mavic 3, equipamento adquirido com recursos da Unidade Gestora do Fundo Paraná.
Para o professor Paulo, a vulnerabilidade socioambiental pode ser compreendida como uma categoria que pode expressar os fenômenos acumulados de interação entre condições de risco, degradação ambiental e condições de pobreza e privação social. “As imagens aéreas e a publicação do atlas como um todo podem configurar uma importante ferramenta, seja na coleta de dados ou no monitoramento e análise temporal da paisagem da região”, frisa.
A professora Vanessa explica que a compreensão do conceito de vulnerabilidade social é amplo e envolve diversos cenários e contextos, mas pode ser resumido como a condição de exclusão ou de fragilidade imposta a grupos, ou indivíduos por meio de fatores socioeconômicos, ambientais, entre outros. “Os estudos da vulnerabilidade social pelo viés geográfico revelam como o espaço, o território e as interações entre o ambiente físico e as dinâmicas sociais podem influenciar e impactar a vida das pessoas. O atlas será uma importante ferramenta geográfica que mapeará as desigualdades sociais e ambientais e servirá de um importante instrumento para a criação de políticas públicas que minimizarão tais fragilidades”, completou Vanessa.
De acordo com o professor Pedro, o olhar para o espaço geográfico a partir da interconexão dos aspectos ambientais e sociais permite uma visão completa da vulnerabilidade socioambiental, inclusive, compreendendo-a em uma escala regional. “O material também servirá para professores e alunos usarem nos diferentes níveis de educação e, ao mesmo tempo, para uma melhor tomada de decisão dos gestores municipais acerca do planejamento”, partilhou.
A ideia inicial, segundo os professores, é publicar o atlas virtualmente. No entanto, os docentes esperam conseguir, nos próximos meses, apoio financeiro de instituições parceiras e/ou órgãos de fomento do Estado para a impressão dos atlas e distribuição gratuita nas escolas e bibliotecas das cidades da região.