Durante a visita, todos puderam conhecer um pouco dos trabalhos que são desenvolvidos pela instituição que atende a crianças de 0 a 12 anos incompletos. A presidente da Abrinja acentua que a entidade, fundada em 1997, recebe subvenção da Prefeitura de Jacarezinho, mas que somente esse recurso não basta para os trabalhos. “O que recebemos não é o suficiente para manter a casa e os funcionários. A gente precisa de outras coisas. Crianças gostam também do supérfluo: bolacha, doce, brinquedos. Isso é sempre bem vindo, como também material de limpeza e fraldas”. De acordo com a presidente, a entidade de acolhimento realiza acompanhamento psicológico e atendimento nas áreas de alimentação, saúde, educação, esportes, artes, lazer e profissionalização, visando a reintegração ao convívio familiar e social.
O professor Giberto Giacoia, após conhecer as atividades da Abrinja, lembrou que o momento do Natal inspira reflexões da sociedade sobre o humano. “Nós todos somos responsáveis pela construção de uma sociedade melhor, mais justa. É preciso que tenhamos uma visão holística dessa aventura humana”. Ele acentua ainda que, com as conquistas tecnológicas, o homem chegou a um notável avanço do saber, mas que isso muitas vezes impossibilita dirigir um olhar para a marginalidade, para a periferia, para o abandono, para infelicidade de tantas pessoas e, notadamente, para a população infanto-juvenil. “É obrigação, é dever cívico, é exercício de cidadania, a prática inclusiva, o engajamento, a responsabilidade social de buscarmos o bem desses nossos iguais, de todos de maneira geral, mas principalmente daqueles que são mais vulneráveis, as crianças e os adolescentes”.
Lembrando que o gesto partiu dos próprios alunos do mestrado que se organizaram para a visita, Giacoia disse: “Quando escrevemos o programa de mestrado em 1999, trabalhando a temática da inclusão social, do processo como instrumento de inclusão social, tinha verdadeiramente o propósito de sensibilizar, de tocar as pessoas para esse problema. Parece-me que isso está produzindo resultados. É um momento de felicidade, especialmente, para mim que fiz a proposta de um mestrado que tivesse essa preocupação”.
Para visitas ou doações, entrar em contato pelo telefone (43) 3525-1454. A casa-lar fica na rua Dois de Abril, nº 735, Centro, ao lado da Biblioteca Cidadã do município.