O evento consiste em uma simulação de julgamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos, envolvendo, de um lado, os representantes do Estado e, de outro, os representantes das supostas vítimas. Há um sorteio prévio que atribui a função de cada faculdade participante no simulado, ou seja, defesa do Estado ou das supostas vítimas.
Conforme explica Rafael, a competição se dividiu em diversas etapas sucessivas. Em janeiro deste ano, a organização do evento divulgou um Caso Hipotético/Fictício (“Caso Camana Osório e Outros Vs. Estado de Santa Clara”), elencando os mais variados assuntos relacionados a direitos humanos. Nesta 21ª edição, o tema principal foi “Indústrias Extrativistas e Direitos Humanos”, por meio do qual se desenrolaram outros assuntos, como Direito de Família, Direito da Criança, Direito Indígena, Direito Ambiental, Propriedade, dentre outros.
A partir do Caso Hipotético, as equipes elaboraram uma defesa escrita (“memorial”) de acordo com o encargo atribuído, o qual deve ser entregue dentro de um prazo predeterminado. Esse ano, os alunos da UENP foram encarregados de defender o “Estado de Santa Clara”. Após a entrega do memorial, as faculdades participantes realizaram debate trilíngue (inglês, espanhol e português) em defesa do Estado ou das supostas vítimas, etapa que ocorreu na Washington College of Law.
Neste ano, mais de 100 Universidades de todos os continentes participaram da competição. Os alunos da UENP debateram, na primeira rodada, com a Universiteit Gent, da Bélgica, e, na segunda rodada, com o Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA).
Sobre a experiência, Tayla relata que foi uma grande oportunidade. “Sinto muito orgulho de ter representado a nossa UENP neste evento. Tudo o que aconteceu nos dias que passamos lá se tornou aprendizado para minha vida acadêmica, profissional e pessoal”, ressaltou. “Foi um encontro de países, continentes, etnias, culturas, conhecimento e diversidade sem fim! Muito respeito e torcida mútua entre as equipes. O que é intitulado de "Competição" é na verdade uma troca de experiências de todas as formas possíveis. Só tenho a agradecer pela oportunidade e pela confiança! Orgulho de ser UENP!”, finalizou
Pablo salienta a importância do evento na formação do estudante na área dos direitos humanos. "Os conhecimentos acerca de Direitos Humanos, Sistema Interamericano, oratória e postura que lá se aprendem não podem ser facilmente encontrados em qualquer outro lugar. Acima de tudo, destaca-se a oportunidade de intercâmbio cultural. É uma experiência da qual todo estudante de Direito deveria querer participar".
Já é o quinto ano consecutivo que a UENP encaminha representantes para o evento e a participação da Universidade na 21ª edição contou com apoio da Reitoria, bem como do Grupo de Estudos de Direito Internacional do CCSA, vinculado ao programa de mestrado do curso de Direito da UENP.