Formado em Direito pela Universidad Católica Redemptoris Mater, de Manágua, capital da Nicarágua, Ernesto destaca que “Escolhi a UENP por ser uma Universidade que tem muito prestígio, por ser conhecida em âmbito latino-americano e uma instituição de referência nos estudos do Direito. Além disso, os brasileiros são muito prestativos, sinto que são pessoas boas, sinceras”, disse.
A pesquisa de Ernesto é voltada para o comércio internacional e como ele pode contribuir para o desenvolvimento dos países. “Minha pesquisa discorre sobre a exportação do abacate brasileiro no mercado estadunidense, ou seja, busca facilitar o comércio entre os mercados”, explica. Ernesto comenta que o Paraná é o segundo maior produtor de abacate do Brasil.
Ele explica que, em geral, as pessoas envolvidas com a produção não têm a possibilidade de analisar o comércio do seu posto de trabalho, por que, sendo produtores, têm poucas oportunidades. “Se facilitamos o comércio, podemos dar continuidade a este trabalho, melhorando as políticas públicas, por exemplo. Trata-se de fazer um investimento na política para facilitar o comércio do abacate”, destacou.
O discente também expressou suas expectativas em relação a pós-graduação e a sua estada no Brasil. “Aqui quero aprender muitas coisas, quero aprender sobre o direito brasileiro, quero conhecer melhor a cultura. Isso me ajudará com a tese que servirá ao meu país e ao Brasil. Minha expectativa é estudar, aprender para assim, fazer uma dissertação de qualidade”, destacou Ernesto
O coordenador da pós-graduação em Ciência Jurídica da UENP, Fernando de Brito Alves, frisa que o programa de Mestrado e Doutorado desenvolve várias ações estruturadas para receber alunos e realizar parcerias estrangeiras. “São vários eventos internacionais que o PPGCJ realizou ao longo de sua história. Já titulamos mestres e doutores de vários países da América Latina e da África. A gente vem desenvolvendo ações para manter isso. Atualmente, temos o Ernesto no mestrado e um outro aluno, o Jordy Trejo, do Peru, no doutorado, além de uma aluna fazendo cotutela na Universidade de Navarro, na Espanha”, disse.
O Mestrado e Doutorado em Ciência Jurídica já recebeu seis alunos estrangeiros. O primeiro foi Aristóteles Massaque, de Andola; depois Yuliana Herrera Miranda, da Colômbia; Willy Rodrigues Ndougou Adda, de Camarões, e Filomeno Espírito Santo Gomes Vareda, de Cabo Verde. Atualmente, estão no Brasil, Jordy Ramírez Trejo, do Peru, cursando o doutorado, e Ernerto Valdivia Romero, da Nicarágua, no mestrado.