Os alunos José Roberto Crepaldi e Márcia Puzreza, com o apoio dos graduandos do 4° ano B, trouxeram a enfermeira Carolina Bittencourt para ministrar a palestra sobre o diagnóstico do câncer de mama e de próstata. Num segundo momento, a senhora Silvana aparecida Pedroso de Moura, que foi diagnosticada com a doença, compartilhou com os presentes o processo de tratamento, em que teve de fazer a retirada completa de uma das mamas.
As campanhas
A campanha "Outubro Rosa" é um movimento popular internacionalmente realizado no mundo todo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama, com a finalidade de estimular a participação da população, empresas e entidades.
Já o "Novembro Azul" é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês novembro, dirigida à sociedade, mais especificamente ao público masculino, enfatizando a importância da prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata e outras doenças que atingem a saúde do homem.
Dados
Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo. A doença é a mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticada e tratada oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Ainda segundo o INCA, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.
Segundo o Ministério da Saúde, a realização do autoexame é uma ferramenta muito importante para diagnosticar possíveis nódulos e, na maioria das vezes, identificar casos iniciais de câncer. No Brasil, a doença é a principal causa de morte por câncer em mulheres desde a década de 1980. Índice este que atualmente continua elevado, devido ao fato da doença ser diagnosticada já em estágio avançado.