A amostra foi feita com 3304 universitários, sendo 1959 mulheres e 1345 homens, dos três campi da UENP, que responderam a um formulário (Youth Risk Behavior Surveillance College - YRBS- C), traduzido e adaptado para o idioma português. Esse instrumento, como explica o professor, foi criado para ser aplicado em populações universitárias e oferece uma gama variada de informações que permite dados sobre condutas de risco para a saúde dominante entre universitários. O questionário dividiu 90 questões em blocos e contemplou temas como segurança pessoal, uso do tabaco, consumo de álcool, atividade física e sexual, alimentação e violência.
Segundo o professor Rinaldo, observou-se por meio das respostas um grande número de tentativas de suicídio, um grande número de pessoas que comem mal, que não praticam nenhuma atividade física, que consomem álcool e drogas, além do preocupante número de universitários que não usam preservativos e nem realizam exames de HIV.
Através das informações levantadas, foram indicadas algumas iniciativas para serem levadas ao contexto universitário, como a implantação de programa institucional de conscientização e orientação ligada ao consumo de drogas e atividade sexual segura, implantação de serviços com assistência psicológica e de amparo aos estudantes, implantação de programas que estimulem e orientem a prática de atividade física, que auxiliarão na diminuição de comportamentos de risco, bem como a adoção de um estilo de vida mais saudável e ativo.
“Eu espero que esse trabalho alerte as pessoas, que gere universidades nesse país a partir da necessidade de assistência ao estudante. Eu espero que a universidade fortaleça ainda mais esse trabalho e dê assistência devida aos nossos alunos. Esse trabalho deve contribuir para a melhoria da vida dos nossos universitários, que precisam de um amparo psicológico”, ressalta o professor. Por conta dos resultados obtidos com a pesquisa, foi criado o projeto “Ser Saúde”, que informa, via rede social, sobre assuntos relacionados à saúde e ao bem-estar.