Convidada pelo coreógrafo brasileiro Peterson da Cruz Hora, que a treinou quando morava no Guarujá, litoral de São Paulo, Ivlini explica que a oportunidade chegou até ela após a equipe da AT Gotzis Zurcaroh ser campeã mundial de ginástica acrobática na África do Sul em 2013 (Gym for life), e Peterson receber convite, de patrocinadores, para realizar quatro espetáculos em Gotziz. "Com o convite para montar espetáculo de uma hora e meia, Peterson pediu, no contrato, a participação de cinco brasileiros para o grupo. E por isso me convidou para compor a equipe, porque tenho como especialidade a execução da monjota (acrobacia aérea) e o tecido acrobático, além, é claro, de toda a parte coreográfica que realizo".
Emocionada e feliz pela oportunidade, Ivlini comenta que começou na ginástica artística aos 5 anos idade, o que proporcionou-lhe uma carreira vitoriosa dentro do esporte com a Zurcaroh. Dentre os prêmios, Ivlini destaca que, em 2006, foi Tetracampeã Paulista da Ginastrada, ano em que também participou, com o grupo, do quadro "Se vira nos trinta" do programa Domingão do Faustão da Rede Globo. Um ano depois, a atleta comemoraria a conquista da Ginastrada Mundial realizada na Áustria, evento que reuniu cerca de 20 mil atletas do mundo inteiro. Os espetáculos do grupo, explica Ivlini, são compostos sempre a partir de um tema que norteia as encenações e as coreografias realizadas por meio de exercícios estáticos (pirâmides) e exercícios dinâmicos (mortais) da ginástica acrobática.
A jovem universitária, hoje com 25 anos, 1,55 de altura e 46 kg, comenta que já seria uma "senhora" pendurando as sapatilhas se disputasse competições em algumas outras modalidades da ginástica. Segundo ela, a ginástica acrobática, embora exija muito fisicamente, permite que atletas de diversas idades participem. Ivlini revela que seus hábitos cotidianos, rotina de treinamentos para manter a boa forma e alimentação, são determinantes para sua participação em eventos dessa magnitude e seu alto rendimento. "Treino academia duas vezes por semana e faço exercícios aeróbicos de segunda a sábado. Todos esses trabalhos visam à flexibilidade e resistência muscular para que eu possa realizar a parada de mão e outras performances", comenta.
Além de atleta, Ivlini é pesquisadora e aproveitará sua estada na Áustria, entre ginastas de alto rendimento, para desenvolver uma pesquisa sobre estresse/recuperação e overtraining (problema, como salienta a professora da UENP, Carla Cristiane da Silva, orientadora de Ivlini, que ocorre quando o atleta, para tentar melhorar seu desempenho, faz mais exercícios do que seu corpo é capaz de se recuperar). Morando atualmente em Guapirama para concluir seus estudos na UENP, Ivlini partilha que "Essa é uma grande oportunidade para minha vida. É também uma enorme alegria poder voltar a trabalhar com meu coreógrafo Peterson e com outros atletas de ponta do mundo".